Promover a dignidade da pessoa com doença de Alzheimer é um dos fatores essenciais à manutenção de sua qualidade de vida.
Nesse sentido, a inclusão da pessoa com demência em situações sociais e o incentivo às interações são também fundamentais.
Sabemos que o isolamento e o afastamento, sobretudo das pessoas que costumavam ser próximas, podem ter um efeito devastador na vida do indivíduo, afetando sua autoestima, seu humor e entusiasmo para lidar com as dificuldades impostas pela doença.
É por isso que a rede de apoio da pessoa com Alzheimer deve, além de incentivar, zelar por momentos agradáveis e saudáveis em que esta possa socializar, experienciar bons sentimentos e participar ativamente dessas situações.
No final do ano, é comum que estas oportunidades de interação e convívio aumentem, uma vez que há as festividades natalinas, o réveillon e atividades de férias, como viagens e passeios.
Pode-se imaginar que, devido à “efusividade” destas ocasiões, o ideal seja afastar a pessoa com demência destas reuniões. Porém, isso não é necessário: o que precisamos é criar um ambiente seguro para todos.
De uma forma geral, é preferível optar por encontros ou eventos reduzidos, com pessoas em que há o vínculo afetivo e o entendimento da doença de Alzheimer. Nas festas de Natal e Ano Novo, por exemplo, a comemoração familiar é uma ocasião que pode ser muito proveitosa para demonstrar a importância da pessoa com Alzheimer àquele núcleo de pessoas.
Evitar ruídos excessivos, música alta e agitação, como um todo, é também muito importante para não gerar possíveis estresses e alterações de humor.
Considerar os gostos e preferências da pessoa com Alzheimer é também um sinal de afeto muito interessante. Preparar seu prato favorito, colocar uma música que ela aprecia e assistir a um filme que ela gosta com toda a família são alguns exemplos de atitudes simples, mas que fortalecem a conexão da pessoa com os demais.
Já que o assunto é inclusão, é preciso que a pessoa com demência participe ativamente – dentro de suas habilidades e vontades – das comemorações. Incentive que ela faça parte de coisas como a decoração, o preparo dos alimentos e a compra de presentes, por exemplo.
Assim como todos que compõem a sua família ou grupo de amigos, a pessoa com Alzheimer não deve ser apenas uma convidada daquela ocasião. Ela deve ser uma participante do evento, respeitando sempre, é claro, as suas próprias decisões.
Isso significa também que, além da inclusão, é necessário priorizar a autonomia do indivíduo. Permita que ele faça suas escolhas alimentares, de como se vestir, onde se sentar e com quem conversar, por exemplo. Limitar a liberdade da pessoa com Alzheimer é o oposto do que queremos promover.
Tanto em eventos, como em viagens e passeios, devemos ter em mente que é ideal evitar fatores estressantes, conforme dissemos anteriormente. Grandes trajetos de carro, exposição ao calor excessivo, longas caminhadas e muitas pessoas falando ao mesmo tempo, por exemplo, são pontos que devem ser evitados.
Além disso, é essencial que tenhamos a paciência de explicar e reiterar os acontecimentos. Sobretudo em viagens, é possível que a pessoa com Alzheimer sinta-se confusa, afinal, há uma grande mudança na rotina. Por isso, explique o que está sendo feito (para onde se está indo, por qual motivo etc.) sempre que necessário.
É a paciência com algumas limitações e, principalmente, o respeito pelas capacidades da pessoa com demência que devem nos nortear nesses momentos. Lembre-se que, com o seu apoio, ela pode viver excelentes experiências e ter ganhos em todas as áreas da vida.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://blog.naomeesquecas.org.br/
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