- Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 17/03/2015 - Data de atualização: 15/09/2020
A cirurgia é o principal tratamento para o câncer de cólon em estágio inicial. O tipo de procedimento a ser usado depende do estadiamento da doença, da localização do tumor e do objetivo da cirurgia.
- Polipectomia e excisão local
Alguns cânceres de cólon iniciais (estágio 0 e alguns tumores estágio I) ou pólipos podem ser removidos durante uma colonoscopia. Quando isso é feito, não é necessária nenhuma incisão no abdome do paciente.
Na polipectomia, o tumor é removido como parte do pólipo, geralmente passando um loop de fio através do colonoscópio para cortar o pólipo da parede do cólon com uma corrente elétrica. Na excisão local o procedimento é um pouco mais extenso e pode remover tumores superficiais e uma pequena quantidade de tecido próximo da parede do cólon.
- Colectomia
A colectomia é a cirurgia para remover parte ou todo cólon e os gânglios linfáticos próximos. Se parte do cólon é removido, denomina-se hemicolectomia, colectomia parcial ou ressecção segmentar. Se todo o cólon é retirado, denomina-se colectomia total. Muitas vezes, não é necessária a colectomia total para tratar o câncer de cólon. Geralmente é realizada apenas se existe doença na parte do cólon sem o câncer, como centenas de pólipos ou, às vezes, com doença inflamatória do intestino.
A colectomia pode ser feita de duas maneiras:
- Colectomia aberta. É realizada através de uma única incisão no abdome.
- Colectomia laparoscópica assistida. Neste procedimento, ao contrário da colectomia aberta, são feitas diversas incisões menores por onde serão removidos, com auxílio de instrumentos guiados por um laparoscópio, a parte do cólon afetada e os linfonodos. No momento em que a parte comprometida do cólon é liberada do sistema digestivo, uma das incisões é aumentada para permitir sua remoção. Este tipo de cirurgia também requer que o paciente faça, na véspera, a preparação do intestino, com laxantes e enemas. Como as incisões são menores do que na colectomia aberta, os pacientes podem se recuperar um pouco mais rápido e sentir menos dores do que na colectomia aberta.
Se o tumor está obstruindo o cólon, pode ser necessária a colocação de um stent no seu interior para mantê-lo aberto durante a cirurgia. Se não for possível a inserção do stent ou se o tumor causou lesões no cólon, a cirurgia pode ser necessária imediatamente. Neste caso, o procedimento é normalmente o mesmo realizado para a remoção do tumor, só que em vez de serem refeitos os segmentos do cólon, a extremidade superior do cólon é ligada a uma abertura externa (estoma) no abdome para permitir a eliminação dos resíduos corporais. Isto é conhecido como colostomia e geralmente é temporária. Quando o intestino delgado é ligado ao estorna é denominado ileostomia. Uma bolsinha coletora é conectada ao estorna para armazenar os resíduos eliminados. Após a total recuperação do paciente, uma nova cirurgia é realizada para reverter a colostomia ou ileostomia.
Cirurgia para doença disseminada
Alguns pacientes têm câncer de colón disseminado, mas também têm tumores que bloqueiam o cólon. Para esses pacientes, às vezes, a cirurgia é realizada para aliviar a obstrução sem remover a parte do cólon que contém o tumor. Em vez disso, o cólon é seccionado acima do tumor e colocado um estoma para permitir a eliminação das fezes. Isso é conhecido como derivação de colostomia. Muitas vezes, esse procedimento ajuda o paciente a se recuperar o suficiente para iniciar outros tratamentos, como a quimioterapia.
Se a disseminação da doença implica em presença de lesões nos pulmões ou fígado, é realizada uma cirurgia para removê-las. Isso é feito geralmente se o tumor do cólon foi ou será removido. Decidir se a cirurgia é uma opção para remover áreas de disseminação da doença depende da quantidade, tamanho e localização do tumor.
Efeitos colaterais
Os possíveis efeitos colaterais da cirurgia dependem de vários fatores, como extensão da cirurgia e do estado geral de saúde do paciente antes da cirurgia. Algumas alterações podem incluir sangramento pós-cirúrgico, infecções e coágulos sanguíneos nas pernas.
Após a cirurgia, podem apresentar-se aderências em órgãos ou tecidos, que às vezes chegam a bloquear o intestino, o que requer uma cirurgia adicional.
Colostomia. Alguns pacientes podem necessitar uma colostomia (ou ileostomia) temporária ou permanente após a cirurgia, o que pode levar algum tempo para se acostumar e necessita de alguns ajustes no estilo de vida
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 29/06/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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Carla
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