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quinta-feira, 10 de março de 2022

Câncer de Rim > Tratamentos: Imunoterapia para

 

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 20/11/2014 - Data de atualização: 01/06/2020

 

 

A imunoterapia usa medicamentos para estimular o sistema imunológico do paciente a reconhecer e destruir as células cancerígenas de forma mais eficaz. Vários tipos de imunoterapia podem ser utilizados no tratamento do câncer de rim.

Inibidores do controle imunológico

Uma função importante do sistema imunológico consiste em sua capacidade de atacar as células normais e anormais do corpo. Para fazer isso, ele usa pontos de verificação, - as chamadas moléculas de controle imunológico em células imunológicas que precisam ser ativadas (ou desativadas) para iniciar uma resposta imunológica. As células cancerígenas, às vezes, usam esses pontos de controle para evitar serem atacadas pelo sistema imunológico. Esses medicamentos têm como alvo as proteínas do ponto de controle restabelecendo a resposta imunológica contra as células cancerígenas.

Inibidores de PD-1

O pembrolizumabe e o nivolumabe têm como alvo a PD-1, uma proteína do ponto de verificação nas células do sistema imunológico denominadas células T, que normalmente impede que essas células ataquem outras células do corpo. Ao bloquear a PD-1, esses medicamentos aumentam a resposta imunológica contra as células cancerígenas nos rins. Isso pode reduzir o tamanho de alguns tumores ou retardar seu crescimento.

  • O pembrolizumab pode ser usado associado a axitinibe como primeiro tratamento para pacientes com câncer de rim avançado.
  • O nivolumab pode ser usado para pacientes com doença avançada recidivado após uso de terapia alvo e tem mostrado aumento na sobrevida do paciente.
  • Em pacientes com câncer de rim avançado de risco intermediário ou baixo risco que não fizeram nenhum tratamento, o nivolumabe pode ser administrado junto com ipilimumabe (inibidor de CTLA-4) por 4 doses seguidas apenas de nivolumabe. Essa combinação mostrou aumentar a sobrevida dos pacientes.

O nivolumabe é administrado por infusão intravenosa, a cada 2, 3 ou 4 semanas. O pembrolizumab é administrado a cada 3 semanas por infusão intravenosa.

Possíveis efeitos colaterais dos inibidores de PD-1. Os efeitos colaterais dos inibidores de PD-1 podem incluir fadiga, tosse, náusea, coceira, erupção cutânea, perda de apetite, constipação, dor nas articulações e diarreia.

Inibidores de PD-L1

O avelumab tem como alvo o PD-L1, uma proteína relacionada ao PD-1 que é encontrada em algumas células tumorais e imunológicas. Ao bloquear a proteína PD-L1 aumentam a resposta imunológica contra as células cancerígenas. Isso pode reduzir o tamanho de alguns tumores ou retardar seu crescimento.

O avelumab pode ser usado junto com o axitinibe, como primeiro tratamento para pacientes com doença avançada. É administrado por infusão intravenosa, a cada 2 semanas.

Possíveis efeitos colaterais do PD-L1. Os efeitos colaterais mais comuns da combinação avelumab com axitinibe incluem fadiga, diarreia, aumento da pressão arterial, erupção cutânea, tosse, falta de ar ou dor abdominal.

Inibidores de CTLA-4

O ipilimumab é outro medicamento que aumenta a resposta imunológica, mas com um alvo diferente. Ele bloqueia a CTLA-4, outra proteína nas células T que atua como um tipo de interruptor desligado para manter o sistema imunológico sob controle.

Para pacientes com doença avançada de risco intermediário ou baixo que não fizeram nenhum tratamento, o ipilimumabe pode ser administrado junto com nivolumabe (inibidor da PD-1) por 4 doses, seguido apenas de nivolumabe.

O ipilimumab é administrado por infusão intravenosa, geralmente uma vez a cada 3 semanas por 4 ciclos.

Possíveis efeitos colaterais dos inibidores de CTLA-4. Os efeitos colaterais mais comuns do ipilimumab incluem fadiga, diarreia, erupção cutânea e coceira.

Possíveis efeitos colaterais de todos os inibidores do ponto de controle. Efeitos colaterais mais graves ocorrem com menos frequência, mas são possíveis. Esses medicamentos agem basicamente removendo os freios do sistema imunológico do corpo. Às vezes, o sistema imunológico ataca outras partes do corpo, o que pode provocar problemas importantes nos pulmões, intestinos, fígado, glândulas hormonais, rins ou outros órgãos.

É importante comunicar imediatamente ao seu médico qualquer efeito colateral que você apresentar. Se ocorrerem efeitos colaterais importantes, o tratamento pode precisar ser interrompido e você, dependendo do caso, poderá ser medicado com altas doses de corticosteroides para suprimir o sistema imunológico.

Citocinas

As citocinas são versões artificiais de proteínas naturais que ativam o sistema imunológico. As citocinas utilizadas com mais frequência no tratamento do câncer de rim são a interleucina-2 e o interferon-alfa. Ambas as citocinas podem reduzir o tumor em uma pequena porcentagem de pacientes.

Interleucina-2 (IL-2)

Antigamente a IL-2 era utilizada como terapia de primeira linha para o tratamento do câncer de rim avançado, e ainda pode ser útil para alguns pacientes. Mas, por ser difícil de ser administrada e pela possibilidade de causar efeitos colaterais importantes, é indicada apenas para pacientes com boas condições gerais de saúde que possam tolerar os efeitos colaterais ou para tumores que não estão respondendo à terapia alvo ou outros tipos de imunoterapia.

A administração de altas doses de IL-2 pode reduzir o tamanho do tumor, mas isso pode provocar efeitos colaterais importantes, por isso não é usada em pacientes com outros problemas de saúde. São necessários cuidados especiais para reconhecer e tratar esses efeitos colaterais. Em função disso, altas doses de IL-2 são administradas apenas em hospitais com experiência nesse tipo de tratamento. A IL-2 é administrada por via intravenosa.

Os possíveis efeitos colaterais da interleucina-2 incluem:

  • Fadiga extrema.
  • Diminuição da pressão arterial.
  • Derrame pleural (Acúmulo de líquido nos pulmões).
  • Dificuldade respiratória.
  • Danos nos rins.
  • Infarto.
  • Sangramento intestinal.
  • Diarreia ou dor abdominal.
  • Febre alta e calafrios.
  • Taquicardia (aumento da frequência cardíaca).
  • Alterações mentais.

Estes efeitos são frequentemente graves e, raramente, podem ser fatais. Apenas médicos com experiência no uso desses medicamentos devem administrar esses tratamentos.

Interferon-alfa

O interferon tem menos efeitos colaterais importantes do que a IL-2, mas não parece ser tão eficaz quando utilizado isoladamente. Ele é usado em combinação com bevacizumab. É administrado por injeção subcutânea, geralmente 3 vezes por semana.

Os efeitos colaterais comuns do interferon incluem sintomas similares aos da gripe, fadiga e náuseas.

Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Imunoterapia.

Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.

Para saber mais sobre alguns dos efeitos colaterais listados aqui e como gerenciá-los, consulte nosso conteúdo Efeitos Colaterais do Tratamento.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/02/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

 

 


 


 obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla 

http://www.oncoguia.org.br/conteudo/guia-detalhado/2936/153/

 

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