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terça-feira, 29 de março de 2022

Câncer de Colo do Útero > Tratamentos : Radioterapia para

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 31/10/2014 - Data de atualização: 11/02/2020

 




A radioterapia usa radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor. A radioterapia pode ser utilizada para o câncer de colo do útero como:

  • Tratamento principal. Para alguns estágios do câncer de colo do útero, o tratamento principal é a radioterapia isolada ou cirurgia seguida de radioterapia. Para outros estágios, o tratamento preferido é a quimioirradiação (radioterapia e a quimioterapia administradas em conjunto). A quimioterapia potencializa a radioterapia.
     
  • Tratamento da recidiva ou de metástases. A radioterapia pode ser usada para tratar cânceres que se disseminaram para outros órgãos.

Os dois tipos de radioterapia frequentemente utilizados para tratar o câncer de colo do útero são:

Radioterapia externa

A radioterapia por feixe externo usa raios X, com uma energia mais alta que a usada para diagnóstico. Cada tratamento de radioterapia dura apenas alguns minutos, mais o tempo de posicionamento da paciente. O procedimento em si é indolor.

Quando a radioterapia é usada como tratamento principal para o câncer de colo do útero, a radioterapia de feixes externos é geralmente combinada com quimioterapia (quimiorradiação). Muitas vezes, a radioterapia é frequentemente administrada junto com baixas doses do quimioterápico cisplatina. Os tratamentos são administrados 5 dias por semana durante cerca de 5 semanas. A quimioterapia é administrada em horários programados durante a radioterapia. O esquema é determinado pelo medicamento utilizado.

A radioterapia também pode ser administrada como tratamento principal do câncer de colo do útero em pacientes que não toleram a quimiorradiação, que não podem realizar cirurgia ou optam por não fazer a cirurgia. Também pode ser administrada isoladamente para tratar áreas de disseminação da doença.

Possíveis efeitos colaterais da radioterapia de feixes externos. Os efeitos colaterais de curto prazo da radioterapia de feixe externo podem incluir:

  • Fadiga.
  • Problemas digestivos.
  • Diarreia.
  • Náuseas e vômitos.
  • Alterações na pele (na região irradiada).
  • Cistite por radiação.
  • Dor vaginal.
  • Alterações menstruais.
  • Diminuição das taxas sanguíneas.

Quando a quimioterapia é administrada junto com a radioterapia, as taxas sanguíneas tendem a serem mais baixas e a fadiga e as náuseas tendem a serem piores. Estes efeitos colaterais normalmente melhoram com o término do tratamento.

Braquiterapia (Radioterapia interna)

A braquiterapia é um tipo de radioterapia interna na qual um material radioativo é inserido dentro ou próximo ao órgão a ser tratado. Para isso são utilizados fontes radioativas específicas, pequenas e de diferentes formas por meio de guias denominadas cateteres ou sondas. A braquiterapia é usada principalmente em adição a radioterapia de feixes externos como parte do principal tratamento para o câncer de colo do útero. Raramente pode ser usada isoladamente em casos específicos de câncer de colo do útero.

Existem dois tipos de braquiterapia:

  • Braquiterapia de baixa taxa de dose (LDR). Neste procedimento a paciente permanece deitada com os instrumentos que contem o material radioativo no lugar. Enquanto a radioterapia está sendo administrada, a equipe hospitalar cuida da paciente, tomando as devidas precauções para diminuir sua própria exposição às radiações.
     
  • Braquiterapia de alta taxa de dose (HDR). Envolve a inserção de fontes radioativas de alta dose próximas ao tumor durante alguns minutos e depois removidas. A vantagem do tratamento HDR é que a paciente não precisa ficar internada ou ficar parada por um longo período de tempo.

Possíveis efeitos colaterais da braquiterapia. Os principais efeitos ocorrem no colo do útero e nas paredes da vagina. O efeito colateral mais comum é a irritação da vagina, que pode se tornar vermelha e dolorida. A vulva também pode ficar inflamada. A braquiterapia também pode provocar efeitos colaterais similares a radioterapia de feixes externos, como fadiga, diarreia, náuseas, irritação da bexiga e diminuição das taxas sanguíneas. Muitas vezes braquiterapia é administrada logo após a radioterapia de feixes externos (antes que os efeitos colaterais tenham desaparecido), por isso pode ser difícil saber qual tipo de tratamento está causando o efeito colateral.

Possíveis efeitos colaterais a longo prazo

  • Estenose vaginal. Tanto a radioterapia de feixes externos como a braquiterapia podem provocar a formação de tecido cicatricial na vagina. O tecido cicatricial pode tornar a vagina mais estreita (estenose vaginal), ou seja, menos capaz de esticar, ou mesmo menor, o que pode tornar o sexo vaginal doloroso. Uma mulher pode ajudar a evitar esse problema esticando as paredes de sua vagina várias vezes por semana, seja fazendo sexo ou usando um dilatador vaginal.
     
  • Secura vaginal. Os estrogênios usados ​​localmente podem ajudar a combater a secura vaginal e as alterações no revestimento vaginal, especialmente se a radioterapia na região pélvica danificou os ovários, levando à menopausa precoce. Esses hormônios são normalmente aplicados na vagina e absorvidos na área genital. Eles são administrados na forma de gel, creme, anel e via oral.
     
  • Hemorragia pelo reto e estenose retal. A radioterapia da parede retal pode provocar inflamação crônica da área, levando a hemorragia e algumas vezes a estenose (estreitamento) do reto, o que pode ser doloroso. Uma abertura anormal (fístula) pode ser formada entre o reto e a vagina, fazendo com que as fezes saiam da vagina. Esses problemas geralmente ocorrem durante os primeiros 3 anos após o tratamento com radioterapia. Às vezes, podem ser necessários tratamentos adicionais, como cirurgia para corrigir essas complicações.
     
  • Problemas urinários. A radioterapia na região da pelve pode provocar cistite crônica, sangue na urina ou uma abertura anormal entre a bexiga e a vagina (fístula). Esses efeitos colaterais podem ocorrer muitos anos após a radioterapia.
     
  • Fraturas ósseas. A irradiação da pelve também pode enfraquecer os ossos, levando a fraturas. Fraturas do quadril são as mais comuns, e podem ocorrer dentro de 2 a 4 anos após a irradiação. Exames de densitometria óssea devem ser realizados rotineiramente nesse período.
     
  • Inchaço das pernas. Se os linfonodos pélvicos são tratados com radioterapia, pode levar a problemas de drenagem dos líquidos da perna. Isso pode provocar linfedema.


Fonte: American Cancer Society (03/01/2020)



 obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla 

http://www.oncoguia.org.br

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