- Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 17/03/2015 - Data de atualização: 15/09/2020
A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais.
A quimioterapia pode ser administrada em diferentes momentos durante o tratamento do câncer colorretal:
- Quimioterapia adjuvante. É realizada para destruir as células cancerígenas remanescentes após a cirurgia. A quimioterapia adjuvante também é utilizada para destruir possíveis células cancerígenas que possam ter deixado o tumor primário e se instalado em outros órgãos, e que ainda são muito pequenas para serem detectadas em exames de imagem.
- Quimioterapia neoadjuvante. Para alguns tipos de câncer, a quimioterapia é administrada para tentar reduzir o tumor antes da cirurgia.
- Quimioterapia para câncer avançado. A quimioterapia pode também ser administrada para reduzir o tamanho do tumor e aliviar os sintomas causados pela disseminação da doença para outros órgãos, como o fígado.
Formas de administração
- Quimioterapia sistêmica. Os medicamentos são injetados na veia ou administrados por via oral. Os medicamentos entram na corrente sanguínea e atingem todas as áreas do corpo, tornando este tratamento potencialmente útil para cânceres que se disseminaram para órgãos distantes (metástases).
- Quimioterapia regional. Os medicamentos são injetados diretamente dentro de uma artéria e conduzidos para a área do organismo que contém o tumor. Esta abordagem visa concentrar a dose administrada nas células cancerígenas, reduzindo os efeitos colaterais, uma vez que limita a quantidade de fármacos que atingem o resto do organismo. A perfusão da artéria hepática ou quimioterapia é administrada diretamente na artéria hepática é um exemplo de químio regional usada para quando o câncer colorretal se disseminou para o fígado.
A quimioterapia é administrada em ciclos, com cada tratamento seguido por um período de descanso, para permitir que o corpo possa se recuperar. Cada ciclo de quimioterapia dura, em geral, algumas semanas.
Medicamentos utilizados
Os principais fármacos utilizados no tratamento do câncer colorretal são:
- 5-fluorouracil (5-FU).
- Capecitabina. Administrada por via oral. Uma vez no corpo, é modificada para 5-FU, ao chegar ao local do tumor.
- Irinotecano.
- Oxaliplatina.
- Trifluridina e tipiracil, um medicamento combinado administrado por via oral.
Muitas vezes dois ou mais destes medicamentos são combinados para tornar o tratamento mais eficaz. Às vezes, os medicamentos quimioterápicos são administrados junto com uma terapia-alvo.
Possíveis efeitos colaterais
Os quimioterápicos não só atacam as células cancerosas, mas também células normais (tratamento sistêmico), o que pode levar a efeitos colaterais. Os efeitos colaterais dependem do tipo de medicamento, da dose administrada e da duração do tratamento.
Os efeitos colaterais comuns à maioria dos medicamentos quimioterápicos podem incluir:
- Perda de cabelo.
- Inflamações na boca.
- Perda de apetite.
- Náuseas e vômitos.
- Diarreia.
- Alterações na pele.
- Infecções, devido a diminuição de glóbulos brancos.
- Hematomas ou hemorragias, devido a diminuição das plaquetas.
- Fadiga, devido a diminuição dos glóbulos vermelhos.
Além desses, alguns efeitos colaterais específicos para determinados medicamentos podem ocorrer, por exemplo:
- Síndrome mão pé. Devido à capecitabina ou 5-FU (quando administrada como infusão).
- Neuropatia. Efeito colateral comum de oxaliplatina.
- Reações alérgicas. Efeito colateral devido a oxaliplatina.
- Diarreia. É um efeito colateral comum com muitos desses medicamentos, mas, particularmente, pior com o irinotecano.
A maioria desses efeitos é de curto prazo e tendem a desaparecer ao término do tratamento. No entanto, mantenha o médico informado sobre qualquer sintoma, pois a maioria desses efeitos pode ser manejada de forma eficaz.
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVIS
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 29/06/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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