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quarta-feira, 30 de março de 2022

Câncer de Colo do Útero > Tratamentos : Tratamento para Câncer de Colo do Útero por Estágio

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 31/10/2014 - Data de atualização: 11/02/2020




O estadiamento do câncer de colo do útero é o fator mais importante na escolha de tratamento. No entanto, outros fatores que podem influenciar nessa decisão incluem a localização exata do tumor, o tipo de doença (espinocelular ou adenocarcinoma), idade da paciente, condição física geral e se a paciente deseja ter filhos.

Estágio IA1

O tratamento nesse estágio depende se a paciente quer (ou não) manter a fertilidade) e se o tumor invadiu os vasos sanguíneos ou linfáticos (invasão linfovascular).

As opções de tratamento para mulheres que querem manter a fertilidade são:

  • A biópsia em cone é o procedimento principal para as mulheres que querem ter filhos após o tratamento do câncer.
  • Se as bordas do cone não contêm células cancerígenas (margens negativas), a mulher pode ser observada de perto sem mais tratamento, desde que a doença não recidive.
  • Se as bordas da biópsia contem células cancerígenas (margens positivas), pode ser tratada com uma biópsia em cone ou com traquelectomia radical.
  • Se o tumor invadiu os vasos sanguíneos ou linfáticos, uma opção de tratamento é a biópsia em cone (com margens negativas) com remoção dos linfonodos pélvicos. Outra opção é a traquelectomia radical com a retirada dos linfonodos pélvicos.

As opções de tratamento para mulheres que não querem manter a fertilidade são:

  • Histerectomia simples (total) se o tumor não apresentar invasão linfovascular e as bordas da biópsia não contiverem células cancerígenas. Se as bordas da biópsia tiverem doença presente, a biópsia em cone é repetida ou uma opção é a histerectomia radical com remoção dos linfonodos pélvicos.
  • Se o tumor invadiu os vasos sanguíneos ou vasos linfáticos, pode ser necessária a histerectomia radical com remoção dos linfonodos pélvicos. Às vezes, a cirurgia não é realizada e a radioterapia com feixe externo da região pélvica é seguida de braquiterapia.

Se nenhum dos linfonodos contiver câncer, a radioterapia pode ser discutida como uma opção se o tumor for grande, se o tumor invadiu os vasos sanguíneos ou linfáticos ou se o tumor invadiu o tecido conjuntivo circundante que suporta órgãos, como útero, bexiga ou a vagina.

Se o câncer se disseminou para os tecidos adjacentes ao útero (paramétrios) ou para qualquer linfonodo, ou se o tecido removido tem margens positivas, geralmente é indicada a radioterapia externa com quimioterapia. O médico também pode prescrever braquiterapia após a combinação de quimioterapia e radioterapia.

Estágio IA2

O tratamento nesse estágio depende em parte se a paciente que (ou não) manter a fertilidade.

As opções de tratamento para mulheres que querem manter a fertilidade são:

  • Biópsia em cone com remoção dos linfonodos pélvicos.
  • Traquelectomia radical com remoção dos linfonodos pélvicos.

As opções de tratamento para mulheres que não querem manter a fertilidade são:

  • Radioterapia externa da região pélvica mais braquiterapia.
  • Histerectomia radical com remoção dos linfonodos pélvicos.

Se nenhum dos linfonodos contiver câncer, a radioterapia pode ser discutida como uma opção se o tumor for grande, se o tumor invadiu os vasos sanguíneos ou linfáticos ou se o tumor invadiu o tecido conjuntivo circundante que suporta órgãos, como útero, bexiga ou a vagina.

Se o câncer se disseminou para os tecidos adjacentes ao útero (paramétrios) ou para qualquer linfonodo, ou se o tecido removido tem margens positivas, geralmente é indicada a radioterapia externa com quimioterapia. O médico também pode prescrever braquiterapia após a combinação de quimioterapia e radioterapia.

Estágios IB1 e IB2

As opções de tratamento para mulheres que querem manter a fertilidade são:

  • Traquelectomia radical com dissecção dos linfonodos pélvicos e, às vezes, remoção dos linfonodos para-aórticos.

As opções de tratamento para mulheres que não querem manter a fertilidade são:

  • Histerectomia radical com remoção dos linfonodos pélvicos e, às vezes, linfonodos para-aórticos. Se nenhum dos linfonodos contiver câncer, a radioterapia pode ser discutida como uma opção se o tumor for grande, se o tumor invadiu os vasos sanguíneos ou linfáticos ou se o tumor invadiu o tecido conjuntivo circundante que suporta órgãos, como útero, bexiga ou a vagina. Se o câncer se disseminou para os tecidos adjacentes ao útero (paramétricos) ou para qualquer linfonodo, ou se o tecido removido tem margens positivas, geralmente é indicada a radioterapia externa com quimioterapia. O médico também pode prescrever braquiterapia após a combinação de quimioterapia e radioterapia.
  • A radioterapia usando braquiterapia e radioterapia com feixe externo pode ser uma opção se a mulher não for saudável o suficiente para a cirurgia ou se ela decidir que não deseja fazer a cirurgia. A quimioterapia pode ser administrada com a radioterapia (quimiorradiação).

Estágio IIA1

As opções de tratamento são:

  • Histerectomia radical com dissecção dos linfonodos pélvicos e amostragem de linfonodos para-aórticos. Se for diagnosticado células cancerígenas nos linfonodos retirados ou nas bordas cirúrgicas (margens positivas), a cirurgia pode ser seguida por radioterapia, que é frequentemente administrada com quimioterapia (quimiorradiação concomitante).
  • Radioterapia com ou sem quimioterapia. A radioterapia inclui radioterapia de feixe externo e braquiterapia. A quimioterapia pode ser cisplatina, carboplatina ou cisplatina mais fluorouracil.

Estágios IB3 e IIA2

As opções de tratamento são:

  • Quimiorradiação: a quimio pode ser cisplatina, carboplatina ou cisplatina mais fluorouracil. A radioterapia inclui radioterapia de feixe externo e braquiterapia.
  • Histerectomia radical com dissecção dos linfonodos pélvicos e amostragem dos linfonodos para-aórticos. Se for diagnosticado células cancerígenas nos linfonodos retirados ou nas margens cirúrgicas (margens positivas), a cirurgia pode ser seguida por radioterapia, que é geralmente administrada com quimioterapia (quimiorradiação concomitante).
  • Quimiorradiação seguida de histerectomia

Estágios IIB, III e IVA

As opções de tratamento são:

  • Quimioirradiação. A quimioterapia combinada com cisplatina, carboplatina ou cisplatina mais fluorouracilo. A radioterapia inclui radioterapia de feixe externo e braquiterapia.

Estágio IVB

Nesse estágio, a doença se disseminou para outros órgãos e já não é considerada curável. As opções de tratamento incluem radioterapia com ou sem quimioterapia para retardar o crescimento do tumor e aliviar os sintomas da doença. Os esquemas de quimioterapia administrados utilizam um composto de platina (cisplatina ou carboplatina) associado a outro medicamento, como o paclitaxel, gemcitabina ou topotecano. A terapia alvo com bevacizumab pode ser administrada junto com a quimioterapia ou a imunoterapia isoladamente com pembrolizumab também pode ser uma opção.

Os ensaios clínicos estão testando outras combinações de medicamentos, bem como alguns outros tratamentos experimentais.

Recidiva

A recidiva pode ser local (nos órgãos pélvicos perto do colo do útero) ou em áreas distantes (como pulmões ou ossos).

Se a doença recidivou apenas na pelve, uma opção de tratamento, para algumas pacientes, é a exenteração pélvica. Às vezes a radioterapia, às vezes, junto com a quimioterapia pode ser outra opção. Caso contrário, quimioterapia, imunoterapia ou terapia alvo podem ser realizadas para retardar o crescimento do tumor e aliviar os sintomas da doença, mas não é esperada a cura do câncer.

Se a quimioterapia for realizada, você deve entender os objetivos e limitações desse tratamento.
Às vezes, a quimioterapia pode melhorar a qualidade de vida da paciente, mas, outras vezes pode diminuí-la. Você precisa discutir isso com o seu médico!

Novos tratamentos que podem beneficiar pacientes com metástases estão sendo avaliados em estudos clínicos.

Câncer de colo do útero na gravidez

Uma pequena porcentagem de cânceres de colo do útero são diagnosticados em mulheres grávidas. A maioria desses (70%) são tumores estágio I. Os esquemas de tratamento durante a gravidez são determinados por:

  • Tamanho do tumor.
  • Se os linfonodos próximos têm câncer.
  • Mês de gestação.
  • Tipo de câncer de colo do útero.

Se o tumor se encontra em estágio inicial, carcinoma in situ (estágio 0) ou estágio IA, a maioria dos médicos acredita que é seguro continuar a gravidez até o fim e fazer o tratamento algumas semanas após o nascimento. As opções de cirurgia após o nascimento para o câncer estágio inicial incluem histerectomia, traquelectomia radical ou biópsia de cone.

Se o tumor for estágio IB ou superior, a paciente deve decidir junto com seu médico a continuidade (ou não) da gravidez. Se não, o tratamento seria a histerectomia radical e/ou radioterapia. Às vezes, a quimioterapia pode ser administrada durante a gravidez (no segundo ou terceiro trimestre) para diminuir o tamanho do tumor.

Se a paciente decidir pela continuidade da gravidez, o parto deve ser por cesariana, assim que o bebe tenha condições de sobreviver fora do útero. Os cânceres avançados, devem ser tratados imediatamente.

Fonte: American Cancer Society (03/01/2020)





 obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla 

http://www.oncoguia.org.br

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