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quinta-feira, 17 de março de 2022

Câncer de Colo do Útero > Tratamentos : Cirurgia para

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 31/10/2014 - Data de atualização: 11/02/2020

 



Os principais tipos de cirurgia para tratar pré-cânceres e cânceres de colo do útero são:

  • Criocirurgia. É um tipo de ablação em que uma sonda de metal resfriada com nitrogênio líquido é inserida diretamente no colo do útero. Essa técnica destrói as células anormais, congelando-as. A criocirurgia é utilizada no tratamento da neoplasia intraepitelial do colo do útero. Esse procedimento pode ser realizado em consultório médico ou clínica.
     
  • Cirurgia a laser. Na ablação a laser um feixe de laser é utilizado para queimar as células anormais. A cirurgia a laser é usada para no tratamento da neoplasia intraepitelial do colo do útero. Esse procedimento pode ser realizado em consultório médico ou clínica, sob anestesia local.
     
  • Conização. Outra forma de tratar a neoplasia intraepitelial de colo do útero e com a conização, onde uma amostra de tecido em forma de cone é removida do colo do útero. Isso pode ser feito utilizando um bisturi (biópsia em cone), um raio laser (conização a laser)  ou um fio aquecido pela eletricidade (procedimento eletrocirúrgico Leep). A biópsia em cone não é usada apenas para diagnosticar o pré-câncer e câncer. Também pode ser usada como tratamento, pois às vezes pode remover completamente lesões pré-cancerígenas e alguns cânceres em estágio inicial.
     
  • Histerectomia simples. Esse procedimento consiste na remoção do útero (corpo do útero e colo do útero), preservando as estruturas próximas ao órgão. A vagina e os linfonodos pélvicos não são removidos. Os ovários são normalmente preservados a menos que haja alguma outra razão para removê-los.

Existem diferentes maneiras de fazer uma histerectomia:

  • Histerectomia abdominal. O útero é removido através de uma incisão cirúrgica na frente do abdome.
  • Histerectomia vaginal. O útero é removido através da vagina.
  • Histerectomia laparoscópica. O útero é removido por laparoscopia. Um tubo fino com uma pequena câmera de vídeo na extremidade (laparoscópio) é inserido em uma ou mais pequenas incisões cirúrgicas para visualizar internamente o abdome e a pelve. Pequenos instrumentos podem ser controlados através desse tubo, que permitem que o cirurgião remova o tecido a necessidade de incisões maiores no abdome.
  • Cirurgia assistida por robótica. Nessa abordagem, a laparoscopia é feita com instrumentos especiais controlados pelo cirurgião para realizar a cirurgia com mais precisão.

Todos os procedimentos são realizados com anestesia geral.

Possíveis efeitos colaterais. Qualquer tipo de histerectomia resulta em infertilidade. As complicações são raras, mas podem incluir hemorragia, infecção na cicatriz e problemas urinários ou intestinais.

A histerectomia não altera a capacidade de uma mulher de sentir prazer sexual. Uma mulher não precisa do útero ou do colo do útero para atingir o orgasmo. A área em torno do clitóris e do revestimento da vagina permanecem tão sensíveis como antes da cirurgia.

Histerectomia radical

Nesse procedimento, o cirurgião retira o útero, juntamente com os tecidos próximos ao órgão e a parte superior da vagina, próxima ao colo do útero. Os ovários não são removidos a menos que haja alguma outra razão clínica para removê-los. Essa cirurgia é normalmente realizada com uma incisão abdominal. Muitas vezes, alguns linfonodos pélvicos também são removidos.

A histerectomia radical também pode ser feita por laparoscopia. Essas técnicas também são chamadas de cirurgia minimamente invasiva. A cirurgia laparoscópica (ou robótica) pode resultar em menos dor, menos perda de sangue durante o procedimento e menor tempo de internação em comparação à cirurgia aberta. No entanto, é importante observar que estudos recentes mostraram que mulheres que fizeram histerectomias radicais minimamente invasivas para câncer de colo do útero têm maior chance de recidiva do que aquelas que fizeram a cirurgia por incisão abdominal (cirurgia aberta). A histerectomia radical por incisão abdominal é o tipo preferido de cirurgia na maioria dos casos. A cirurgia laparoscópica ainda pode ser uma opção para um pequeno grupo específico de mulheres com câncer em estágio inicial, mas você deve discutir suas opções cuidadosamente com seu médico.

A histerectomia radical modificada é semelhante a uma histerectomia radical, mas não remove grande parte da vagina, tecidos próximos ao útero e os linfonodos.

Possíveis efeitos colaterais. Como o útero é removido, essa cirurgia resulta em infertilidade. Como alguns dos nervos da bexiga são removidos, algumas mulheres têm problemas de esvaziamento da bexiga após a cirurgia e podem precisar usar um cateter por um tempo. As complicações são raras, mas podem incluir hemorragia, infecção na cicatriz e problemas urinários ou intestinais.

A histerectomia radical não muda a capacidade da mulher de sentir prazer sexual. Embora a vagina seja encurtada, a área em torno do clitóris e do revestimento da vagina permanece tão sensível como antes.

Traquelectomia

A traquelectomia radical, permite que as mulheres sejam tratadas, sem perder a fertilidade. A cirurgia é feita através da vagina ou do abdome e, às vezes, por laparoscopia.

Esse procedimento remove o colo do útero e a parte superior da vagina, mas não o corpo do útero. O cirurgião coloca uma bolsa alinhavada de modo a agir como uma abertura artificial do colo do útero dentro da cavidade uterina. Os linfonodos são removidos por laparoscopia, o que requer outra incisão. A cirurgia é realizada por via vaginal ou abdominal.

Após a traquelectomia, algumas mulheres engravidam e têm uma gestação normal. O bebê nasce saudável, mas é obrigatória uma cesariana.

Exenteração pélvica

Essa é uma cirurgia utilizada para tratar casos específicos da recidiva do câncer de colo de útero. Nesse procedimento, são removidos os mesmos órgãos e tecidos como em uma histerectomia radical com dissecção de linfonodos pélvicos. Além disso, dependendo do local onde o câncer se disseminou, podem ser removidos o reto, bexiga, vagina e parte do cólon.

Se a bexiga é removida, uma nova forma de armazenar e eliminar a urina serão necessários. A nova bexiga pode estar em comunicação com a parede abdominal, a urina é drenada periodicamente quando a paciente coloca um cateter numa urostomia. Ou a urina pode drenar continuamente para um saco de plástico pequeno colocado na parte anterior do abdome.

Se o reto e parte do cólon são removidos, uma nova forma para eliminar os resíduos sólidos deve ser criada. Isto é feito comunicando o intestino remanescente à parede abdominal para que a matéria fecal passe através de uma colostomia para um saco plástico (bolsa de colostomia) usado na parte anterior do abdome. Se a vagina é removida, uma nova vagina é reconstruída cirurgicamente com enxertos.

Impacto sexual da exenteração pélvica. O tempo para a recuperação da exenteração pélvica é longo, de 6 a 24 meses. No entanto, essas mulheres podem levar vidas felizes e produtivas. Com a prática e determinação, elas também podem preservar o desejo sexual, prazer e orgasmos.

Remoção dos linfonodos

  • Amostragem dos linfonodos para-aórticos. Geralmente durante a histerectomia radical, os linfonodos próximos à aorta são removidos. Isso é denominado amostragem dos linfonodos para-aórticos. Se os linfonodos para-aórticos contiverem câncer, a cirurgia poderá ser interrompida e administrada radioterapia e quimioterapia. Se os linfonodos não apresentarem doença, os linfonodos pélvicos são geralmente removidos e a histerectomia radical é concluída. Qualquer tecido removido durante o procedimento será enviado para análise para verificar se existe disseminação da doença. Nesse caso, a radioterapia com ou sem quimioterapia pode ser indicada.
     
  • Dissecção dos linfonodos pélvicos. O câncer que se inicia no colo do útero pode se disseminar para os linfonodos da pelve. Para verificar se existe disseminação linfonodal, o cirurgião remove alguns desses linfonodos. Esse procedimento é conhecido como dissecção de linfonodos ou de amostragem linfonodal e é realizado ao mesmo tempo que a histerectomia ou traquelectomia. A remoção dos gânglios linfáticos pode levar a problemas de drenagem linfática na perna, causando inchaço, uma condição conhecida como linfedema.
     
  • Mapeamento e biópsia do linfonodo sentinela. O mapeamento e biópsia do linfonodo sentinela é um procedimento no qual o cirurgião localiza e remove apenas o linfonodo onde o câncer provavelmente se espalharia inicialmente. Para isso, o cirurgião injeta uma substância radioativa e/ou um corante azul no colo do útero ao iniciar a cirurgia. Os vasos linfáticos conduzirão essa substância pelo mesmo caminho que o câncer provavelmente seguiria. O primeiro linfonodo a ser atingido por essa substância será o linfonodo sentinela. Remover apenas um ou alguns linfonodos reduz o risco de efeitos colaterais da cirurgia, como o inchaço das pernas, também conhecido como linfedema. O mapeamento do linfonodo sentinela pode ser considerado para determinados casos de câncer de colo do útero estágio I. É melhor usado para tumores com menos de 2 cm de tamanho. Se o seu médico estiver planejando uma biópsia do linfonodo sentinela, converse com ele, se esse procedimento é indicado para o seu caso. Mesmo que o mapeamento dos linfonodos sentinela não mostre nenhum linfonodo para biópsia, o cirurgião provavelmente removerá alguns linfonodos para garantir que não exista doença. Além disso, todos os linfonodos aumentados ou suspeitos precisam ser removidos no momento da cirurgia, mesmo que não sejam mapeados com o corante.


Fonte: American Cancer Society (03/01/2020)





 obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

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