- Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 20/11/2014 - Data de atualização: 01/06/2020
A cirurgia é o principal tratamento para a maioria dos carcinomas de células renais. Mesmo pacientes cuja doença se disseminou para outros órgãos poderão se beneficiar do tratamento cirúrgico. Dependendo do estadiamento e da localização do tumor e de outros fatores, a cirurgia pode ser realizada para a retirada do tumor e de uma parte do tecido renal adjacente ou de todo o rim. A glândula suprarrenal e o tecido adiposo ao redor do órgão também podem ser removidos.
Os tipos de cirurgia renal são:
- Nefrectomia radical. Na
nefrectomia radical são removidos o rim, a glândula adrenal e o tecido
adiposo ao redor do rim. A maioria das pessoas vive normalmente com
apenas um rim. Nesse procedimento a incisão pode ser feira em vários
regiões, sendo os locais mais frequentes a parte central do abdome,
abaixo das costelas do mesmo lado do tumor ou mesmo nas costas, logo
atrás do rim.
- Nefrectomia laparoscópica. Nessa cirurgia
são feitas várias incisões, por onde são inseridos instrumentos
especiais para auxiliar na retirada do rim durante o procedimento. Um
desses instrumentos tem um laparoscópio com uma câmara de vídeo na
extremidade, que permite a visualização do interior do abdome. No
momento da remoção do órgão, uma dessas incisões é aumentada para
facilitar a retirada do rim.
- Nefrectomia laparoscópica assistida por robótica.
Nessa abordagem é utilizado um sistema robótico para a realização do
procedimento remotamente. Para o cirurgião, o sistema robótico pode
proporcionar mais precisão no movimento dos instrumentos do que na
cirurgia laparoscópica padrão. Essa técnica é tão eficaz quanto uma
nefrectomia radical aberta e geralmente resulta em menor tempo de
internação, recuperação mais rápida e menos dor após a cirurgia. Essa
abordagem pode não ser uma opção para tumores com mais de 7 cm de
diâmetro ou tumores que invadiram a veia renal ou se disseminaram para
os linfonodos ao redor do rim.
- Nefrectomia parcial. Na nefrectomia
parcial é removida apenas a parte do rim contendo a doença. Assim como
na nefrectomia radical e dependendo da localização do tumor podem ser
feitas várias incisões. Atualmente, este tipo de cirurgia é a técnica
preferida para pacientes com câncer renal em estágio inicial. Muitas
vezes, é realizada para remover tumores únicos entre 4 e 7 cm de
diâmetro. Alguns estudos demonstram que, a longo prazo, esse método
apresenta resultados similares à retirada de todo o rim. As nefrectomias
parciais geralmente não são realizadas para tumores muito grandes, para
os casos de vários tumores no mesmo rim, ou se a doença se disseminou
para os gânglios linfáticos ou outros órgãos.
- Nefrectomia laparoscópica parcial e nefrectomia laparoscópica parcial assistida por robótica. Atualmente muitos médicos realizam nefrectomias parciais laparoscopicamente ou usando um robô conforme descrito acima.
- Linfadenectomia regional. Nessa técnica
são removidos os gânglios linfáticos próximos para verificar algum sinal
de doença nos linfonodos, muitas vezes este procedimento é realizado
durante a nefrectomia radical. Isso é importante para ter um prognóstico
mais preciso da doença.
- Remoção da glândula adrenal (Adrenalectomia). Se nos exames de imagem se constatar que a glândula adrenal não foi afetada, pode não ser necessária sua remoção. Nesse caso, semelhante à retirada dos linfonodos, esse procedimento é decidido de forma individual e deve ser discutido com o médico antes da cirurgia.
Remoção de metástases
Aproximadamente 33% dos pacientes com carcinoma de células renais já tem metástases quando são diagnosticados. Os órgãos mais comuns a apresentar metástases são os pulmões, linfonodos, ossos e fígado. Em alguns pacientes, a cirurgia ainda pode ser útil:
- Tentativa de cirurgia curativa. Em casos
raros, nos quais existe apenas uma metástase ou poucos tumores que podem
ser facilmente removidos sem causar efeitos colaterais, a cirurgia pode
ser considerada. A metástase pode ser removida, quando é realizada a
nefrectomia radical ou posteriormente se houver uma recidiva da doença.
- Cirurgia para aliviar os sintomas (Cirurgia paliativa). Quando outros tratamentos não são suficientes, a remoção cirúrgica das metástases pode, às vezes, aliviar a dor e outros sintomas que se apresentam com a doença, embora isso geralmente não aumente a sobrevida.
Riscos e efeitos colaterais da cirurgia
Os riscos a curto prazo de qualquer tipo de cirurgia incluem reações à anestesia, sangramento, formação de coágulos sanguíneos e infecções. A maioria dos pacientes sentirão pelo menos um pouco de dor após a cirurgia, e, se necessário, serão administrados medicamentos contra a dor.
Outros possíveis riscos da cirurgia podem incluir:
- Danos em órgãos internos e vasos sanguíneos durante a cirurgia.
- Pneumotórax (presença de ar dentro da cavidade torácica).
- Hérnia incisional.
- Escoamento de urina pelo abdome (após nefrectomia parcial).
- Insuficiência renal.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 01/02/2020, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
www.oncoguia.org.br/conteudo/sobre-o-cancer/712/153/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla