- Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 31/10/2014 - Data de atualização: 11/02/2020
A quimioterapia sistêmica usa medicamentos anticâncer, que são injetadas na veia ou administradas por via oral. Esses medicamentos entram na corrente sanguínea e atingem todas as áreas do corpo, tornando esse tratamento potencialmente útil para cânceres que se disseminaram para órgãos distantes (metástases).
Para alguns estágios do câncer de colo do útero, o tratamento principal é a radioterapia e a quimioterapia administradas em conjunto (quimiorradiação concomitante). A quimioterapia potencializa a radioterapia. As opções para a quimioirradiação simultânea incluem:
- Cisplatina administrada semanalmente durante a radioterapia. A cisplatina deve ser administrada por via intravenosa antes da radioterapia.
- Cisplatina mais 5-fluorouracilo (5-FU) administrada a cada 3 semanas durante o tratamento radioterápico.
A quimioterapia pode ser usada para tratar a disseminação da doença para outros órgãos e tecidos (câncer de colo do útero avançado). Também pode ser útil no tratamento da recidiva da doença após o tratamento com quimiorradiação.
Os medicamentos mais usados para tratar o câncer de colo do útero que recidivou ou avançado incluem:
- Cisplatina.
- Carboplatina.
- Paclitaxel.
- Topotecano.
Frequentemente são utilizadas combinações desses medicamentos.
Alguns outros medicamentos podem ser utilizados, como o docetaxel, ifosfamida, 5-fluorouracil, irinotecano, gemcitabina e mitomicina.
A terapia alvo bevacizumab pode ser adicionada à quimioterapia.
Os medicamentos quimioterápicos para o câncer de colo do útero são geralmente administrados por via intravenosa ou como uma infusão na veia. Isso pode ser feito no consultório médico ou em ambiente hospitalar.
A quimioterapia é administrada em ciclos, com cada período de tratamento seguido por um período de descanso, para permitir que o corpo possa se recuperar. Cada ciclo de quimioterapia dura em geral algumas semanas.
Às vezes, é necessário o uso de um acesso intravenoso um pouco maior e mais resistente para fazer a quimioterapia, que são conhecidos como cateteres venosos centrais, dispositivos de acesso venoso central ou linhas centrais. Eles são usados para inserir medicamentos, produtos sanguíneos, nutrientes ou líquidos diretamente no sangue. Também podem ser usados para coletar sangue para a realização de exames. Existem diferentes tipos de cateteres venosos centrais, sendo os tipos mais comuns o port-a-cath e o cateter venoso central de inserção periférica (PICC).
Possíveis efeitos colaterais
Os efeitos colaterais da quimioterapia dependem do tipo de drogas, da dose administrada e do tempo de duração do tratamento. Os efeitos colaterais comuns da quimioterapia podem incluir:
- Náuseas e vômitos.
- Perda de apetite.
- Perda de cabelo.
- Feridas na boca.
- Fadiga.
- Infecção, devido a diminuição dos glóbulos brancos.
- Hemorragia ou hematomas, devido a diminuição das plaquetas.
- Falta de ar, devido a diminuição dos glóbulos vermelhos.
Quando a quimioterapia é administrada junto com a radioterapia, os efeitos colaterais são frequentemente mais intensos. A náusea, a fadiga e os problemas com as taxas sanguíneas são muitas vezes piores.
Seu médico observará seus efeitos colaterais e prescreverá medicamentos para ajudar a prevenir ou tratá-los de modo que você possa se sentir melhor.
Os efeitos colaterais a longo prazo podem incluir:
- Alterações menstruais. Para mulheres mais jovens que não tiveram o útero removido como parte do tratamento, as alterações menstruais são um efeito colateral comum da quimioterapia. Mas mesmo que você pare de menstruar durante o tratamento quimioterápico, você ainda poderá engravidar. Ficar grávida durante a quimioterapia não é seguro, pois pode levar a defeitos de nascimento e interferir no tratamento. As pacientes que terminaram a quimioterapia e desejam ter filhos devem conversar com seu médico sobre qual o melhor o momento seguro para engravidar.
- Menopausa precoce e infertilidade. Alguns medicamentos quimioterápicos são mais propensos a causar esses problemas mais do que outros. Quanto mais velha for a mulher quando receber a químio, mais provável que ela se torne infértil ou tenha a menopausa. Se isso ocorrer, existe um risco aumentado de perda óssea e osteoporose. Existem medicamentos disponíveis para tratar ou prevenir problemas com a perda óssea.
- Neuropatia. Alguns medicamentos usados para tratar o câncer de colo do útero, incluindo paclitaxel e cisplatina, podem danificar os nervos periféricos e do sistema nervoso central. A lesão pode, às vezes, levar a sintomas como dormência, dor, sensação de queimação ou formigamento, sensibilidade ao frio ou calor ou fraqueza, principalmente nas mãos e pés. Isso é denominado neuropatia periférica. Na maioria dos casos, isso melhora ou desaparece quando com o término do tratamento, mas pode durar muito tempo em algumas mulheres.
- Nefrotoxicidade. A cisplatina, o principal medicamento quimioterápico usado no tratamento do câncer de colo do útero, pode danificar os rins (nefrotoxicidade). Muitas vezes, esse dano é evitável e reversível, mas, às vezes, pode ser duradouro. Geralmente, não apresenta sintomas, mas pode ser visto no exame de sangue feito rotineiramente enquanto a quimioterapia é administrada. Se ocorrer dano renal, a cisplatina é geralmente interrompida e a carboplatina pode ser usada.
Outros efeitos colaterais também são possíveis de ocorrer. Converse com seu médico sobre quaisquer efeitos que você possa apresentar, pois há muitas maneiras de gerenciá-los.
Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.
Fonte: American Cancer Society (03/01/2020)
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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