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sábado, 16 de julho de 2022

Câncer > Tratamentos dos tumores ósseos

 

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 12/05/2013 - Data de atualização: 08/02/2022

 

 

Após o diagnóstico e estadiamento da doença, o médico discutirá com o paciente as opções de tratamento. É importante ter tempo e poder avaliar todas as possibilidades terapêuticas e os benefícios de cada opção em relação aos possíveis riscos e efeitos colaterais.

Os principais tipos de tratamento utilizados para os tumores ósseos são cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia-alvo e outros medicamentos. Muitas vezes, pode ser realizada uma combinação desses tratamentos.

Em função das opções de tratamento definidas para cada paciente, a equipe médica deverá ser formada por especialistas, como cirurgião, radio-oncologista e oncologista. Mas, muitos outros profissionais poderão estar envolvidos durante o tratamento, como enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, fisiatras, assistentes sociais e psicólogos.

Tomando decisões sobre o tratamento. É importante que todas as opções de tratamento sejam discutidas com o médico, bem como seus possíveis efeitos colaterais, para ajudar a tomar a decisão que melhor se adapte às suas necessidades. Se possível, procure uma segunda opinião. Isso poderá lhe trazer mais informações e ajudá-lo a se sentir mais confiante sobre o tratamento que será realizado.

Pensando em participar de um estudo clínico. Em alguns casos, pode ser a única maneira para ter acesso a novos tratamentos. Ainda assim, estudos clínicos podem não ser adequados para todos. Se você quiser saber mais sobre os estudos clínicos que podem ser convenientes, converse com seu médico.

Considerando métodos complementares e alternativos. Os métodos complementares se referem a tratamentos usados ​​junto com o atendimento médico regular. Já os tratamentos alternativos são usados ​​em vez do tratamento médico. Alguns exemplos são vitaminas, ervas e dietas especiais, ou acupuntura ou massagem. Embora alguns destes métodos possam ser úteis para aliviar os sintomas ou ajudar a se sentir melhor, muitos não foram comprovados cientificamente e não são recomendados. Converse com seu médico antes de iniciar qualquer terapia alternativa.

Escolhendo interromper o tratamento. Para alguns pacientes, quando os tratamentos não estão mais controlando a doença, pode ser hora de pesar os benefícios e riscos de continuar a tentar novos tratamentos. Se você continuar (ou não) o tratamento, ainda há coisas que você pode fazer para ajudar a manter ou melhorar a sua qualidade de vida. Alguns pacientes, especialmente se a doença está avançada, podem não querer mais o tratamento. Existem muitas razões pelas quais você pode decidir querer interromper o tratamento, mas é importante conversar com seu médico antes de tomar essa decisão. Lembre-se de que mesmo se você optar por não tratar o câncer, você ainda pode receber cuidados de suporte para ajudar com a dor ou outros sintomas.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 17/06/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

 

Cirurgia para tumores ósseos

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 21/12/2012 - Data de atualização: 08/02/2022

 

 

A cirurgia é uma parte importante do tratamento para a maioria dos tumores ósseos. O objetivo da cirurgia é a remoção de todo o tumor, com uma margem de segurança que permita assegurar que não restaram células cancerígenas. Após a cirurgia, toda a amostra retirada é enviada para análise. Se células cancerígenas forem detectadas nas bordas da amostra, a margem é denominada positiva. Margens positivas significam que algumas células cancerígenas podem ter sido deixadas no local. Quando nenhum sinal de doença é encontrado nas bordas do tecido, as margens são consideradas negativas. A excisão ampla com margens limpas minimiza o risco da recidiva.

Cirurgia para tumores nos braços ou pernas

Independente do tipo de cirurgia a ser realizada, mais tarde será necessário um programa de reabilitação, o que pode representar a parte mais difícil do tratamento. Se possível, o paciente deve consultar um especialista em reabilitação antes da cirurgia, para entender o que poderá estar envolvido.

  • Cirurgia de salvamento de membros. O objetivo deste procedimento é remover todo o tumor e preservar o membro afetado. Este tipo de cirurgia é complexo por envolver a remoção do tumor preservando os tendões, nervos e vasos sanguíneos próximos. Para manter o máximo possível da função e aparência do membro. A cirurgia envolve uma excisão grande para remover o tumor, muitas vezes sendo necessária a inserção de uma prótese interna (endoprótese) para substituir o osso retirado. As endopróteses são feitas de metal e outros materiais não absorvíveis. A reabilitação é muito mais intensa após a cirurgia de salvamento do membro do que após uma amputação.
     
  • Amputação. A amputação é a cirurgia para remover parte ou a totalidade de um membro (braço ou perna). No tratamento do câncer, a amputação envolve a retirada do tumor e alguns tecidos saudáveis. A amputação pode ser necessária se a remoção do tumor requer a retirada de nervos, vasos importantes ou músculos, que possam deixar o membro envolvido sem função. Muitas vezes é necessária uma prótese, que o paciente aprenderá a usar durante a fisioterapia e reabilitação.
     
  • Cirurgia reconstrutora. Se for necessária a amputação de parte da perna, para remover apenas a parte doente do osso, será realizada uma cirurgia que consiste em girar a parte encurtada do osso do pé em um meio círculo para conectá-la, com a junção do tornozelo. A articulação do tornozelo velho torna-se a articulação do joelho novo. Neste caso, é usada uma prótese para deixar a nova perna com o mesmo comprimento que a perna sadia. Se o tumor ósseo está localizado na parte superior do braço, o tumor pode ser removido e, em seguida, a parte inferior do braço é ligada a parte superior. Isso deixa o paciente com um braço funcional, porém mais curto.

Cirurgia para tumores ósseos em outras áreas

  • Tumores nos ossos pélvicos. Os ossos da região pélvica, muitas vezes, são difíceis de serem removidos cirurgicamente. Alguns tipos podem ser tratados inicialmente com quimioterapia para diminuir o tamanho do tumor e facilitar a remoção cirúrgica. Os ossos pélvicos, às vezes, podem ser reconstruídos após o procedimento cirúrgico, mas em alguns casos os ossos pélvicos e a perna precisam ser removidos.
     
  • Tumores no maxilar inferior. Para tumores localizados no maxilar inferior, a metade inferior da mandíbula pode ser removida e substituída com ossos de outras partes do corpo.
     
  • Tumores na coluna vertebral ou crânio. Para tumores nessas áreas pode não ser possível remover todo o tumor com segurança. Os tumores nesses ossos podem exigir uma combinação de tratamentos, como curetagem, criocirurgia e radioterapia.
     
  • Fusão articular (artrodese). Algumas vezes, após a retirada de tumores que envolve uma articulação pode não ser possível a reconstrução da mesma. Nesse caso, pode ser realizada a cirurgia para fundir os dois ossos. Isso é mais frequentemente para tumores na coluna, mas também pode ocorrer em outras partes do corpo, como ombro ou quadril.
     
  • Curetagem. Esse procedimento envolve a raspagem do tumor, sem remoção de uma secção do mesmo. Em alguns casos, após a maior parte do tumor ser removida, o cirurgião tratará o tecido ósseo adjacente para eliminar quaisquer células cancerígenas remanescentes. Isto pode ser feito usando outras técnicas, como produtos químicos ou criocirurgia.
     
  • Cimento ósseo. O cimento ósseo polimetilacrilato (PMMA) é inserido na cavidade do osso na forma líquida e endurece com o tempo. Ao endurecer, o PMMA emite uma grande quantidade de calor, que destrói as células cancerígenas remanescentes.

Tratamento cirúrgico de metástases

Os tumores ósseos se disseminam principalmente para os pulmões. Uma cirurgia para remover as metástases ósseas nos pulmões deve ser planejada levando em conta o número de tumores, sua localização, tamanho e o estado geral de saúde do paciente.

Efeitos colaterais da cirurgia

  • Riscos e efeitos colaterais a curto prazo. A cirurgia para remover o tumor ósseo geralmente pode ser longa e complexa. Os efeitos colaterais importantes a curto prazo são raros, mas podem incluir reações à anestesia, hemorragia, coágulos sanguíneos e infecções. A dor é um efeito frequente após a cirurgia e pode ser necessário o uso de medicamentos por um determinado tempo após o procedimento.
  • Efeitos colaterais a longo prazo. Os efeitos colaterais a longo prazo dependem principalmente da localização do tumor e do tipo de cirurgia..

Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Cirurgia Oncológica.http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cirurgia/136/50/


Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 17/06/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

 

Radioterapia para tumores ósseos

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 21/12/2012 - Data de atualização: 08/02/2022

A radioterapia utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células cancerígenas. A radioterapia externa é a forma usada para tratar o tumor ósseo.

A maioria dos tumores ósseos não é facilmente destruída com radioterapia, sendo necessárias, muitas vezes, doses elevadas. O que por sua vez, pode danificar estruturas saudáveis, ​​como os nervos nas áreas próximas. Dessa forma, a radioterapia não desempenha um papel importante no tratamento da maioria dos tipos de tumores ósseos, exceto para os tumores de Ewing.

A radioterapia pode ser usada em diferentes situações:

  • Após a cirurgia, para destruir as células cancerígenas remanescentes.
  • Para tumores irressecáveis, possivelmente junto com outros tratamentos, para controlar o crescimento do tumor e sintomas como dor e inchaço.

Tipos de radioterapia

  • Radioterapia de intensidade modulada. A radioterapia de intensidade ondulada (IMRT) permite a conformação da radiação para o contorno da área alvo e utiliza múltiplos feixes de radiação angulares e de intensidades não uniformes, possibilitando um tratamento concentrado na região do tumor. A IMRT permite isolar perfeitamente a área do tumor a ser tratada, possibilitando a utilização de uma alta dose de radiação no tumor alvo, com menor efeito sobre as células sadias, além de reduzir a toxicidade do tratamento. Com esta técnica é possível avaliar a distribuição de dose em todo o volume alvo, reduzindo as áreas de alta dose e tornando a distribuição mais homogênea.
     
  • Radioterapia estereotáxica. É uma técnica que permite que o tratamento seja concluído em curto espaço de tempo. Essa técnica utiliza feixes de radiação de alta dose focados no tumor em diferentes ângulos de incidência.
     
  • Radioterapia com feixe de prótons. A radioterapia com feixes de prótons utiliza uma abordagem semelhante, só que em vez de raios X são utilizados feixes de prótons. Ao contrário dos raios X que liberam energia durante seu trajeto, os prótons causam pouco dano aos tecidos que atravessam, liberando sua energia no volume alvo.

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais da radioterapia dependem da região do corpo a ser irradiada e da dose administrada. Os efeitos colaterais a curto prazo podem incluir reações cutâneas, perda de cabelo, náuseas, diarreia e problemas urinários.

Dependendo ainda da região irradiada pode danificar outros órgãos:

  • Região da parede torácica ou pulmões pode afetar a função pulmonar e cardíaca.
  • Área da mandíbula pode afetar as glândulas salivares, o que pode provocar boca seca e problemas dentários.
  • Região da coluna ou crânio pode afetar os nervos da medula ou do cérebro, o que pode levar a danos nos nervos, dores de cabeça e problemas de raciocínio. E na região da coluna pode causar dormência ou fraqueza em parte do corpo.
  • Região pélvica pode provocar danos na bexiga ou intestinos, o que pode levar a problemas na micção ou nas evacuações. Também pode danificar os órgãos reprodutivos.
  • A radioterapia que inclui uma articulação pode provocar danos nos tecidos articulares, o que pode resultar em dor, cicatrizes e limitação na amplitude do movimento.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 17/06/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

 

 

 

 




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abs

Carla

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