Powered By Blogger

sábado, 16 de julho de 2022

Câncer > Tumores Ósseos : Tratamentos dos II

 

Quimioterapia para tumores ósseos

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 21/12/2012 - Data de atualização: 08/02/2022

 

 

A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. Por ser um tratamento sistêmico, a quimioterapia atinge não somente as células cancerígenas como também as células sadias do organismo.

A quimioterapia é muitas vezes uma parte do tratamento do tumor de Ewing, osteossarcoma e sarcoma pleomórfico indiferenciado, sendo usada com menos frequência para a maioria dos outros tipos de tumores ósseos.

Alguns dos medicamentos quimioterápicos usados no tratamento dos tumores ósseos são:

  • Doxorrubicina.
  • Cisplatina.
  • Etoposido.
  • Ifosfamida.
  • Ciclofosfamida.
  • Metotrexato.
  • Vincristina.

Normalmente, os quimioterápicos são administrados em combinações de dois ou mais medicamentos.

Efeitos colaterais

Os quimioterápicos não só atacam as células cancerígenas, mas também algumas células normais, o que pode levar a efeitos colaterais. Os efeitos colaterais dependem do tipo de medicamento, da dose administrada e da duração do tratamento.

Os efeitos colaterais frequentes de curto prazo podem incluir:

  • Náuseas e vômitos.
  • Perda de apetite.
  • Perda de cabelo.
  • Feridas na boca.
  • Diarreia.
  • Infecção, devido à diminuição dos glóbulos brancos.
  • Hematomas e hemorragia, devido à diminuição das plaquetas.
  • Fadiga ou falta de ar, devido à diminuição dos glóbulos vermelhos.

Alguns efeitos colaterais estão relacionados a determinados medicamentos, por exemplo:

  • A ifosfamida e a ciclofosfamida podem danificar o revestimento da bexiga provocando cistite hemorrágica. Essa condição pode ser evitada administrando a mesma junto com a quimioterapia.
  • A cisplatina pode provocar neuropatia periférica, causando problemas de dormência, formigamento e até dor nas mãos e pés. Nefropatia também pode ocorrer após o tratamento com cisplatina. Às vezes, a cisplatina pode causar ototoxicidade (problemas de audição). Na maioria das vezes, os pacientes com esse problema percebem que têm dificuldade em ouvir sons agudos. O médico pode solicitar um audiograma antes de administrar a cisplatina.
  • A doxorrubicina pode causar problemas cardíacos. Esse risco aumenta com o aumento da dose total do medicamento administrado. Antes de administrar a doxorrubicina, o médico pode testar a função cardíaca do paciente para garantir que é seguro a administração do medicamento.

É importante informar seu médico, bem como a equipe médica, sobre quaisquer efeitos colaterais que você apresente para que, caso necessário, possam ser tratados.

Durante o tratamento quimioterápico, seu médico solicitará exames laboratoriais para garantir que as taxas sanguíneas estejam em níveis seguros.

É importante observar que muitos dos efeitos colaterais são raros, mas podem ocorrer. Converse com seu médico para saber o que esperar do tratamento quimioterápico prescrito para o seu caso.

Entretanto, a maioria dos efeitos colaterais é de curto prazo e desaparece após o término do tratamento.

Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.


Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 17/06/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

 

Terapia-alvo para tumores ósseos

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 21/12/2012 - Data de atualização: 08/02/2022

 

 

À medida que os pesquisadores aprendem mais sobre as mudanças nas células que causam o câncer, eles têm sido capazes de desenvolver novos tipos de drogas que visam atacar receptores específicos. A terapia-alvo consiste justamente nesse tratamento, que ataca especificamente essas moléculas, que sabidamente estão envolvidas no crescimento e disseminação das células cancerígenas.

A terapia-alvo é especialmente importante em doenças como os cordomas e outros tipos de tumores ósseos, onde a quimioterapia não é muito útil.

Terapia-alvo para tumor ósseo

As terapias-alvo usadas no tratamento de alguns tipos de tumor ósseo são conhecidas como inibidores de quinase, que são proteínas na superfície da célula que, normalmente, transmitem sinais às células quanto ao seu crescimento. O bloqueio de determinadas quinases pode impedir ou retardar o crescimento de alguns tumores.

Esses medicamentos são usados ​​com mais frequência no tratamento de cordomas que se disseminaram ou recidivaram após o tratamento. Também podem ser usados no tratamento de condrossarcomas avançados.

Os inibidores de quinase usados no tratamento desses tumores ósseos incluem:

  • Imatinibe.
  • Dasatinibe.
  • Sunitinibe.
  • Erlotinibe.
  • Lapatinibe.
  • Sorafenibe.
  • Regorafenibe.
  • Pazopanibe.

Esses medicamentos são administrados por via oral, uma ou duas vezes ao dia.

Os efeitos colaterais desses medicamentos podem incluir diarreia, náuseas, dor muscular e fadiga. Alguns desses medicamentos podem provocar erupções cutâneas com coceira ou acúmulo de líquido ao redor dos olhos, pés ou abdômen.

Medicamentos que afetam as células ósseas

O denosumabe é um medicamento conhecido como inibidor de RANKL. Essa proteína normalmente informa os osteoclastos para destruir o osso, mas quando o denosumabe se liga a ele, essa ação é bloqueada. Em pacientes com tumor de células gigantes do osso, que recidivou após a cirurgia ou que não pode ser removido cirurgicamente, o denosumabe reduz o tamanho dos tumores por um tempo.

Esse medicamento é injetado por via subcutânea. No entanto, pode demorar meses para se perceber a redução do tumor.

A maioria dos efeitos colaterais é passageira, podendo incluir dores no corpo, fadiga, diarreia e náuseas. Um efeito raro, mas importante do denosumabe é a osteonecrose da mandíbula, que muitas vezes aparece como uma ferida aberta na mandíbula que não cicatriza. Isso pode provocar a perda de dentes ou de infecções no osso da mandíbula. O melhor tratamento ainda não está claro, além de interromper o denosumabe. Manter uma boa higiene oral, com uso de fio dental, escovação e check-ups dentários regulares ajudam a evitar a osteonecrose da mandíbula. A maioria dos médicos recomenda que os pacientes façam uma avaliação dentária antes de iniciar o tratamento.

Imunoterapia para tumor ósseo

Os imunoterápicos ajudam o próprio sistema imunológico do corpo a reconhecer e atacar as células cancerígenas.

          Pembrolizumabe

Uma função importante do sistema imunológico consiste na sua capacidade de atacar as células normais e anormais do corpo. Para fazer isso, ele usa pontos de verificação – as chamadas moléculas de controle imunológico em células imunológicas que precisam ser ativadas (ou desativadas) para iniciar uma resposta imunológica. As células cancerígenas, às vezes, usam esses pontos de controle para evitar serem atacadas pelo sistema imunológico.

O pembrolizumabe tem como alvo a proteína do ponto de verificação PD-1 nas células do sistema imunológico denominadas células T. Essa proteína normalmente impede que essas células ataquem outras células do corpo. Ao bloquear a PD-1, esse medicamento estimula a resposta imunológica contra as células cancerígenas, o que pode diminuir o tamanho de alguns tumores ou retardar seu crescimento.

Esse medicamento pode ser usado em pacientes com tumor ósseo avançado se as células cancerígenas tiverem determinados tipos de alterações genéticas.

O pembrolizumabe é administrado por infusão intravenosa, uma vez a cada três ou seis semanas.

Os possíveis efeitos colaterais do pembrolizumabe podem incluir sensação de cansaço ou fraqueza, tosse, náuseas, coceira, erupção cutânea, perda de apetite, dores musculares ou articulares, falta de ar e constipação ou diarreia.

Outros efeitos colaterais mais graves podem ocorrer, com menos frequência, como:

  • Reação à infusão. Alguns pacientes podem ter reação à infusão enquanto recebem o medicamento, similar a uma reação alérgica, o que pode incluir febre, calafrios, rubor facial, erupções cutâneas, coceira, tontura e problemas respiratórios.
  • Reação autoimune. Esses medicamentos agem basicamente removendo uma das proteções que impede o sistema imunológico de atacar outras partes do corpo Eventualmente, isso pode levar a problemas sérios nos pulmões, intestinos, fígado, glândulas produtoras de hormônios, rins, pele ou outros órgãos.

          Interferon alfa-2b

Os interferons são substâncias produzidas naturalmente pelo sistema imunológico. O interferon alfa-2b pode ser usado para tratar tumores ósseos de células gigantes recidivados ou disseminados.

É geralmente administrado como uma injeção diária subcutânea. Também pode ser injetado em um músculo ou veia.

O interferon pode provocar efeitos colaterais significativos, que podem incluir sintomas semelhantes aos da gripe, como dores musculares, dores ósseas, febre, dores de cabeça, fadiga, náuseas, vômitos, problemas de raciocínio e concentração, e diminuição da taxas sanguíneas. Esses efeitos geralmente melhoram quando o tratamento é interrompido.

Para saber se o medicamento que você está usando está aprovado pela ANVISA acesse nosso conteúdo sobre Medicamentos ANVISA.

.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 17/06/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 


Tratamentos específicos para tumores ósseos

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 05/12/2015 - Data de atualização: 08/02/2022

 

 

O tratamento dos tumores ósseos depende de vários fatores, como tipo de tumor ósseos, região onde começou, estadiamento da doença, estado geral de saúde do paciente, além de preferências individuais do paciente.

Condrossarcoma

Após a confirmação diagnóstica, a cirurgia para remoção do tumor é geralmente o primeiro tratamento.

Para condrossarcomas de baixo grau em um braço ou perna a opção é a curetagem. Se o tumor é de alto grau, a cirurgia de salvamento do membro será realizada, se possível. Às vezes, é necessária a realização da amputação para remoção de todo o tumor.

Os condrossarcomas no crânio são difíceis de serem tratados. A remoção cirúrgica de todo o tumor é complexa, e pode provocar efeitos colaterais importantes. Alguns tumores de baixo grau são tratados com curetagem.

Para os tumores mais difíceis de serem completamente removidos, a radioterapia pode ser administrada antes e/ou após a cirurgia. A radioterapia também pode ser realizada se a cirurgia não puder ser feita por algum outro motivo. Às vezes, o paciente é tratado com altas doses de radioterapia, porque os condrossarcomas são resistentes às radiações.

A quimioterapia nem sempre é utilizada no tratamento dos condrossarcoma, porque a maioria dos tipos de condrossarcoma é resistente à químio. A químio pode ser realizada para tratar alguns tipos raros de condrossarcoma, como, por exemplo, o condrossarcoma diferenciado, que pode ser tratado como o osteossarcoma, ou seja, com quimioterapia seguida de cirurgia e, em seguida, outro ciclo de quimioterapia. Os pacientes com condrossarcomas mesenquimais também podem receber a quimioterapia antes da cirurgia. Esses tumores são tratados da mesma forma que os tumores de Ewing.

Como os condrossarcomas podem ser difíceis de serem tratados, uma opção é participar de um estudo clínico com novos tratamentos.

Sarcoma pleomórfico indiferenciado

Esse tipo de tumor ósseo, conhecido anteriormente como histiocitoma fibroso maligno, é tratado da mesma forma que o osteossarcoma.

Muitas vezes, o paciente é tratado inicialmente com quimioterapia para reduzir o tamanho do tumor e destruir as células cancerígenas que possam ter se disseminado. Em seguida, é realizada a cirurgia com a remoção do tumor com uma margem de segurança de tecido adjacente. Após a ressecção, o osso pode ser reconstruído com um enxerto ósseo ou uma prótese.

Esses tumores são raros e podem ser difíceis de serem tratados, portanto, uma opção é participar de um estudo clínico com novos tratamentos.

Fibrossarcoma

A cirurgia é o principal tratamento para esse tipo de câncer, com o objetivo de remover o tumor com uma margem em torno do osso normal.

Esses tumores tendem a recidivar, portanto, a radioterapia é administrada após a cirurgia. A radioterapia também é administrada para destruir as células remanescentes da cirurgia. A radioterapia também pode ser administrada se o fibrossarcoma recidivar após a cirurgia.

A quimioterapia também pode ser parte do tratamento para esse tipo de tumor, uma vez que compartilha algumas características com os osteossarcomas e os sarcomas pleomórficos indiferenciados. No entanto, os fibrossarcomas são tumores raros e o uso da quimioterapia ainda não foi amplamente estudado para seu tratamento.

Esses tumores são raros e podem ser difíceis de serem tratados, portanto, deve ser considerada a participação em um estudo clínico com novos tratamentos.

Tumores de células gigantes

Esses tumores geralmente não se disseminaram, mas às vezes, são difíceis de serem completamente removidos.

Esses tumores são tratados principalmente com cirurgia, sendo que a técnica a ser utilizada dependerá do tamanho e localização do tumor.

Tumores localizados no osso onde se iniciaram, muitas vezes, são tratados com curetagem, seguida de criocirurgia para destruir as células cancerígenas remanescentes. O defeito no osso pode ser preenchido com cimento ósseo ou enxerto de osso.

Se a curetagem não for possível, provavelmente será necessária a realização de uma excisão ampla (cirurgia de salvamento de membros ou amputação). Outra opção é reduzir o tamanho do tumor com denosumabe ou interferon-alfa 2b, ou com radioterapia para facilitar a retirada cirúrgica.

Cordoma

Esse tipo de tumor é raro e ocorre com mais frequência na base do crânio ou nos ossos da coluna vertebral. Ele tende a crescer lentamente e muitas vezes não se dissemina, mas pode ser difícil de ser completamente removido e, muitas vezes, recidiva.

A cirurgia geralmente é o principal tratamento para esses tumores, sendo que o tipo de técnica usada depende da localização do tumor.

Para tumores localizados na coluna, geralmente é feita uma excisão para remover todo o tumor junto com uma margem de tecido normal adjacente. Mas, isto nem sempre é possível porque a medula espinhal e os nervos adjacentes podem estar envolvidos.

Os tumores localizados na base do crânio geralmente são difíceis de serem completamente removidos por estarem próximos a estruturas, como tronco encefálico e a medula espinhal. A curetagem geralmente é realizada para retirar o máximo possível do tumor. Isso pode ser feito através de uma incisão no crânio ou de um pequeno orifício na parte posterior do nariz.

A radioterapia é frequentemente administrada após a cirurgia para diminuir a chance de uma recidiva. Muitas vezes, é realizada a radioterapia com feixes de prótons ou a radioterapia de intensidade modulada. A radioterapia também pode ser realizada se o tumor não puder ser retirado cirurgicamente.

Como os cordomas podem recidivar mesmo após muito tempo depois do término do tratamento, é importante o acompanhamento clínico a longo prazo. Se o tumor recidivar, as opções de tratamento podem incluir cirurgia e/ou radioterapia. A quimioterapia geralmente não é eficaz para cordomas, mas as terapias-alvo, com imatinibe, dasatinibe ou sunitinibe, podem ser eficazes no tratamento desses tumores.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 05/02/2018, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

 

 

 


 

 




obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

http://www.oncoguia.org.br/


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla