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sexta-feira, 15 de julho de 2022

Câncer > Tumores Ósseos > Diagnóstico II

 Biópsia para diagnóstico dos tumores ósseos

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 21/12/2012 - Data de atualização: 08/02/2022

 

 

Se existe uma suspeita de um tumor ósseo, a biópsia é necessária para confirmar o diagnóstico. A biópsia é um procedimento no qual uma amostra de tecido é removida e encaminhada para análise de um patologista. O patologista é o médico especializado no diagnóstico de doenças por meio da análise de tecidos com um microscópio.

Os principais tipos de biópsias para diagnóstico do tumor ósseo são:

          Biópsia por agulha

Existem dois tipos de biópsias de agulha:

  • Biópsia de fragmento com agulha (BFA) ou core biopsy. Consiste na retirada de fragmentos de tecido, com uma agulha de calibre um pouco mais grosso que da PAAF, acoplada a uma pistola especial. O posicionamento da agulha de biópsia pode ser guiado por tomografia ou ultrassom. Durante o procedimento são retirados vários fragmentos de alguns milímetros, que são enviados para análise citológica. Esse é o tipo mais comum de biópsia por agulha usada para tumores ósseos.
  • Punção aspirativa por agulha fina (PAAF). Consiste na remoção de uma amostra de uma pequena quantidade de fluído e algumas células a partir da massa tumoral. A PAAF é um procedimento rápido e pode ser realizado com anestésico local, embora normalmente não seja necessário. O posicionamento da agulha é comumente guiado por ultrassom. A coleta do material é realizada com movimentos de vai-e-vem da seringa. O procedimento descrito poderá ser repetido diversas vezes, até que se obtenha quantidade suficiente de material, que posteriormente será colocado em lâminas. O material obtido é submetido à análise citológica.

          Biópsia cirúrgica

É um procedimento realizado no centro cirúrgico durante a cirurgia; tem a grande vantagem de poder se fazer a biópsia de congelação durante o procedimento, o que permite ao cirurgião realizar a cirurgia e poder ter mais certeza das margens de segurança. Se apenas uma parte do tumor for removido é denominada biópsia incisional. Se todo o tumor for removido, é denominada biópsia excisional. Essas biópsias são realizadas sob anestesia geral.

Para saber mais, consulte nosso conteúdo sobre Biópsia e Citologia das Amostras.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 17/06/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

 

Exames de sangue para tumores ósseos

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 08/02/2022 - Data de atualização: 08/02/2022

 


Os exames de sangue não são necessários para a realização do diagnóstico dos tumores ósseos, mas podem ser úteis após o diagnóstico. Por exemplo, altos níveis de determinadas substâncias químicas no sangue, como fosfatase alcalina e lactato desidrogenase (LDH), podem sugerir um estágio mais avançado da doença.

Outros exames, como hemograma e bioquímica sanguínea, são realizados antes da cirurgia e de outros tratamentos para ter uma noção do estado geral de saúde do paciente. Esses exames podem ser usados para monitorar a saúde do paciente durante alguns tipos de tratamento, como, por exemplo, a quimioterapia.

Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 17/06/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

 

Estadiamento dos tumores ósseos

  • Equipe Oncoguia
  • - Data de cadastro: 21/12/2012 - Data de atualização: 08/02/2022

 

 

O estadiamento descreve aspectos do câncer, como localização, se disseminou, e se está afetando as funções de outros órgãos do corpo. Conhecer o estágio do tumor ajuda na definição do tipo de tratamento e no prognóstico do paciente.

Sistema de estadiamento da Society Tumor Musculoskeletal (MSTS)

O sistema frequentemente usado para estadiar os tumores ósseos é o sistema da Society Tumor  Musculoskeletal (MSTS), também conhecido como Sistema Enneking, que utiliza três critérios para avaliar o estágio do câncer:

  • G. Grau do tumor, medida da probabilidade de crescimento e disseminação, com base em sua aparência ao microscópio.
  • T. Indica o tamanho do tumor primário. É classificado como intracompartimental (T1), que significa que basicamente permanece dentro do osso, ou extracompartimental (T2), que significa que cresceu além do osso para outras estruturas próximas.
  • M. Indica a presença de metástases para os linfonodos ou outros órgãos.

Esses fatores combinados fornecem o estadiamento geral. Os estágios I e II são divididos em A para tumores intracompartimentais ou B para tumores extracompartimentais.

Estágio

Grau

Tumor

Metástase

IA

G1

T1

M0

IB

G1

T2

M0

IIA

G2

T1

M0

IIB

G2

T2

M0

III

G1 ou G2

T1 ou T2

M1

Resumindo:

  • Estágio I. Tumores localizados de baixo grau.
  • Estágio II. Tumores localizados de alto grau.
  • Estágio III. Tumores metastáticos, independentemente do grau.

Sistema de estadiamento TNM

O sistema de estadiamento TNM, da American Joint Committee on Cancer, utilizado, às vezes, para tumores ósseos, está baseado em quatro critérios para avaliar o estágio do câncer:

  • T. Indica o tamanho do tumor primário e se disseminou para outras áreas.
  • N. Descreve se existe disseminação da doença para os linfonodos.
  • M. Indica se existe presença de metástase em outras partes do corpo.
  • G. Indica o grau do tumor.

Números ou letras após o T, N e M fornecem mais detalhes sobre cada um desses fatores. Números mais altos significam que a doença está mais avançada.

A escala usada para classificar o tumor ósseo varia de 1 a 3. Os tumores de baixo grau (G1) tendem a crescer e se espalhar mais lentamente do que os tumores de alto grau (G2 ou G3).

  • Grau 1 (G1). O tumor se parece com o tecido ósseo normal.
  • Grau 2 (G2). O tumor está entre G1 e G2.
  • Grau 3 (G3). O tumor parece muito anormal.

Depois que as categorias T, N, M e G são determinadas, essas informações são combinadas em um processo denominado estadiamento geral. Essas etapas, que são diferentes do sistema MSTS, depois são subdivididas.

O sistema de estadiamento descrito abaixo é o sistema mais recente da AJCC (em uso desde 2018) e se aplica aos tumores ósseos que começam nos braços, pernas, tronco, crânio ou ossos faciais. Os tumores ósseos da pelve e coluna usam diferentes categorias de T pelo que recomenda-se conversar com o médico sobre seu estadiamento.

Dois tipos de estadiamento podem ser atribuídos aos tumores ósseos no sistema TNM. O estadiamento clínico  é baseado nos resultados dos exames realizados antes da cirurgia e é usado para planejar o tratamento. Se a cirurgia for realizada, pode-se determinar o estadiamento patológico, também denominado estadiamento cirúrgico, que é determinado a partir do exame da amostra do tecido da biópsia.

Estágio do câncer

Estágio IA. T1, N0, M0, G1 ou GX.

Estágio IB. T2, N0, M0, G1 ou GX; T3, N0, M0, G1 ou GX.

Estágio IIA. T1, N0, M0, G2 ou G3.

Estágio IIB. T2, N0, M0, G2 ou G3.

Estágio III. T3, N0, M0, G2 ou G3.

Estádio IVA. Qualquer T, N0, M1a, qualquer G.

Estágio IVB. Qualquer T, N1, qualquer M, qualquer G; Qualquer T, qualquer N, M1b, qualquer G.

Observação:

  • TX. O tumor principal não pode ser avaliado devido à falta de informação.
  • T0. Sem evidência de tumor primário.
  • NX. Os linfonodos não foram avaliados devido à falta de informação.


Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 17/06/2021, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.

 

 

 




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abs

Carla

http://www.oncoguia.org.br/

 

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