segunda-feira, 23 de novembro de 2020
O que é a hipertrofia ventricular esquerda?
A hipertrofia ventricular esquerda é caracterizada pelo aumento da espessura do músculo da parede do ventrículo esquerdo, a câmara mais importante do coração, responsável por bombear o sangue para todo o corpo. Ela não é propriamente uma doença, mas uma reação a doenças cardiovasculares que imponham alguma dificuldade ao fluxo sanguíneo, forçando o coração a um esforço maior do que o normal.
Quais são as causas da hipertrofia ventricular esquerda?
Uma hipertrofia cardíaca fisiológica ocorre durante o crescimento natural do indivíduo, durante a gravidez e em resposta ao exercício físico intensivo. Na hipertrofia fisiológica, a função cardíaca fica dentro do normal.
A hipertrofia ventricular esquerda patológica pode se desenvolver em resposta a alguns fatores que exijam do ventrículo esquerdo um trabalho maior do que o normal para fazer o sangue fluir, como pressão arterial alta, estenose da válvula aórtica ou alguma outra condição cardíaca que imponha obstáculo a esse fluxo. Dessas, a hipertensão arterial é, de longe, a causa mais frequente.
Existe também uma cardiomiopatia hipertrófica genética, na qual o músculo cardíaco se torna anormalmente espesso mesmo não havendo fatores que dificultem o fluxo sanguíneo.
Qual é o substrato fisiológico da hipertrofia ventricular esquerda?
A pressão arterial elevada, o estreitamento de válvulas cardíacas, certos casos de obesidade ou outros fatores mais representam um aumento da resistência ao fluxo sanguíneo, exigindo maior força por parte do coração e, em consequência, hipertrofiando o miocárdio. Assim, a hipertrofia ventricular esquerda é sempre uma resposta adaptativa do coração, mas que acaba por levar a problemas.
O músculo cardíaco dilatado perde elasticidade e, eventualmente, pode não conseguir bombear com a força necessária. Além disso, a câmara do ventrículo diminui de tamanho, só sendo capaz de admitir e bombear uma quantidade menor de sangue.
Quais são as características clínicas da hipertrofia ventricular esquerda?
A hipertrofia ventricular esquerda altera a estrutura e o funcionamento do coração. O ventrículo esquerdo aumentado pode: ficar enfraquecido; endurecer e perder elasticidade, impedindo a câmara de encher corretamente e aumentando a pressão no coração; comprimir os vasos sanguíneos da própria câmara e restringir seu suprimento de sangue.
A hipertrofia ventricular esquerda geralmente se desenvolve de maneira gradual e a pessoa pode não ter sinais ou sintomas, especialmente durante os estágios iniciais da doença. Conforme a hipertrofia ventricular esquerda progride, a pessoa pode experimentar falta de ar, fadiga, dor no peito, geralmente após o exercício, sensação de batimentos cardíacos rápidos e tontura ou desmaio.
Como o médico diagnostica a hipertrofia ventricular esquerda?
Provavelmente o médico começará com um histórico de saúde do paciente e da sua família e exame físico completo, incluindo a verificação da sua pressão arterial e função cardíaca. O médico pode recomendar exames de eletrocardiograma, ecocardiograma e ressonância magnética.
O principal método de diagnóstico de hipertrofia ventricular esquerda é a ecocardiografia, com a qual se pode medir a espessura do músculo do coração. O eletrocardiograma mostra sinais de aumento da voltagem do coração em indivíduos com hipertrofia ventricular esquerda, de modo que costuma ser usado como um teste de triagem para determinar quem deve ser submetido a exames adicionais.
Como o médico trata a hipertrofia ventricular esquerda?
O tratamento depende da causa subjacente e pode envolver medicamentos ou cirurgia. A hipertrofia ventricular esquerda causada por estenose da válvula aórtica pode exigir cirurgia para reparar a válvula estreitada ou para substituí-la por uma válvula artificial. A hipertrofia ventricular esquerda devido à cardiomiopatia hipertrófica pode ser tratada com medicamentos, dispositivos implantados e mudanças no estilo de vida.
Quais são as complicações possíveis com a hipertrofia ventricular esquerda?
Como resultado das mudanças que ocorrem na dinâmica circulatória, as complicações incluem redução do suprimento de sangue ao coração, incapacidade do coração de bombear sangue suficiente para o corpo (insuficiência cardíaca), ritmo cardíaco anormal, batimento cardíaco irregular, muitas vezes rápido (fibrilação atrial) e que diminui o fluxo sanguíneo para o corpo, fornecimento insuficiente de oxigênio para o coração (doença isquêmica do coração), derrame e perda repentina e inesperada da função cardíaca, da respiração e da consciência.
Referências:
As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente dos sites da Mayo Clinic e da Cleveland Clinic.
Chefes da Equipe de Revisão:
Dr. Alonso Augusto Moreira Filho e Dra. Vandenise Krepker de OliveiraAs notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.
FONTE: https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1382878/hipertrofia-ventricular-esquerda.htm
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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