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segunda-feira, 3 de julho de 2023

CARDIO.: Taquicardia ventricular

 

 

 Taquicardia ventricular

O que é taquicardia ventricular?

A taquicardia ventricular é um tipo de arritmia cardíaca em que ocorrem batimentos cardíacos rápidos e irregulares que surgem nos ventrículos do coração. É chamada de "taquicardia" porque a frequência cardíaca é acelerada, ou seja, superior a 100 batimentos por minuto. Já o termo "ventricular" refere-se ao fato de a origem dos batimentos irregulares estar nos ventrículos do coração, que são as câmaras inferiores responsáveis por bombear o sangue para todo o corpo.

Um coração sadio bate entre 60 e 100 vezes por minuto. Uma frequência acima disso é considerada taquicardia. A taquicardia ventricular com frequência de 100 a 120 batimentos por minuto é chamada de taquicardia ventricular “lenta”. A taquicardia ventricular com frequência maior que 250 batimentos por minuto é chamada de flutter (vibração) ventricular.

Quais são as causas da taquicardia ventricular?

A taquicardia ventricular é um problema do ritmo cardíaco (arritmia) causado por uma anomalia dos sinais elétricos que comandam os batimentos cardíacos, localizada nos ventrículos. A taquicardia ventricular pode ser desencadeada por diversas causas, incluindo:

Por vezes, a causa da taquicardia ventricular continua desconhecida e é dita “taquicardia ventricular idiopática”.

Qual é o substrato fisiopatológico da taquicardia ventricular?

O batimento cardíaco normal começa com um impulso elétrico do nodo sinusal, uma pequena área no átrio direito do coração (câmara superior direita). A taquicardia ventricular inicia-se nas câmaras inferiores (ventrículos) e tem um ritmo bastante mais rápido que o normal. Quando dura apenas alguns segundos, a taquicardia ventricular pode não causar problemas, mas quando mantida por um tempo maior, ela pode diminuir a pressão sanguínea, resultando em síncope (desmaio) ou, no mínimo, tontura. A taquicardia ventricular também pode levar à fibrilação ventricular, um tipo de arritmia cardíaca com risco de vida por parada cardíaca.

 

Quais são as características clínicas da taquicardia ventricular?

Por vezes, o batimento rápido do coração não permite aos ventrículos se encherem completamente e, com isso, eles não são capazes de bombear a quantidade de sangue necessária para a periferia do corpo que, assim, não recebe o oxigênio requerido. Se isso acontecer, a pessoa pode sentir falta de ar, tonteira ou perda da consciência.

Em alguns casos, os episódios de taquicardia podem ser breves e não durar mais do que uns 30 segundos, não causando alarme. Porém, se a taquicardia durar mais do que isso, pode ser ameaçadora para a vida, porque pode levar a uma fibrilação ventricular e parada cardíaca. Nesse caso, a taquicardia ventricular requer atenção médica imediata.

Outros sintomas da taquicardia ventricular incluem dor no peito (angina), tontura, palpitações e falta de ar. Episódios mais duradouros podem causar desmaios, perda da consciência e morte súbita. A conversão em fibrilação ventricular e morte é encontrada em cerca de 7% das pessoas com taquicardia ventricular.

Como o médico diagnostica a taquicardia ventricular?

Para diagnosticar a taquicardia ventricular, o médico deve colher a história médica do paciente, ouvir sobre seus sintomas, proceder a um exame físico que inclua a tomada de sua pulsação e a ausculta cardíaca através do estetoscópio e solicitar outros exames. Entre eles, são de relevante importância:

  • o eletrocardiograma;
  • o monitor Holter, que registra os batimentos cardíacos por um longo período ininterrupto;
  • estudos de eletrofisiologia cardíaca;
  • teste de esforço;
  • e exames de sangue.

No hospital, a taquicardia ventricular pode ser diagnosticada pelo monitoramento contínuo do coração, num procedimento chamado telemetria. Pequenos aparelhos de gravação, do tamanho de um dedo mínimo, podem ser implantados sob a pele e registram os batimentos cardíacos por até 3 anos, permitindo ao médico uma melhor análise deles.

Como o médico trata a taquicardia ventricular?

O tratamento para a taquicardia ventricular depende dos sintomas que o paciente esteja tendo. Se ele não tiver outra doença subjacente e se não estiver tendo sintomas especialmente incômodos ou episódios de taquicardia de maior duração, nenhum tratamento é necessário.

Para os casos de taquicardia ventricular sustentada, pode ser usado um pequeno aparelho chamado desfibrilador cardíaco implantável (DCI). Esse aparelho é implantado no tórax do paciente e conectado ao coração através de fios. Quando ocorre um batimento cardíaco anormal, o DCI pode enviar um choque elétrico para restaurar os batimentos cardíacos normais.

Algumas vezes, a taquicardia ventricular pode ser tratada por ablação por cateter, usando energia de radiofrequência ou o frio extremo para destruir o tecido cardíaco anormal.

Como evolui a taquicardia ventricular?

O prognóstico da taquicardia ventricular depende se o paciente tem ou não um problema cardíaco adicional e do grau de gravidade desse problema. O prognóstico é pior se o ventrículo esquerdo não funciona bem.

Para algumas pessoas, a ablação por cateter de radiofrequência ou frio cura completamente o ritmo anormal e nenhum outro tratamento é necessário. Os desfibriladores implantáveis, embora não sejam uma cura, são altamente eficazes no tratamento de taquicardia ventricular com risco de vida, fornecendo estimulação rápida ou choque para restaurar o ritmo normal.

 

Referências:

As informações veiculadas neste texto foram extraídas principalmente do site da Mayo Clinic.

ABCMED, 2023. Taquicardia ventricular. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1435670/taquicardia-ventricular.htm>. Acesso em: 1 jul. 2023.
Nota ao leitor:
As notas acima são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

 

 FONTE:https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/1435670/taquicardia-ventricular.htm

 

 

 

 

 

 

 

 


 

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abs

Carla

 

 

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