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sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Câncer de colo do útero(CERVICAL) | Tratamento

 https://youtu.be/sGA8j4jmmQA

 


 

 

 

 

Requer a combinação de procedimentos como cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo do estágio em que a doença se apresenta:

No estádio, em que o câncer está confinado ao colo de útero, podemos separar os tumores que apresentam pequenas áreas de invasão (tumores com milímetros de tamanho e microinvasivos – Estádio IA) daqueles maiores, com tamanho acima de 7 mm (Estádio IB).



Câncer confinado ao colo uterino e o tratamento específico para estas fases da doença

Estádio IA

Nos tumores microinvasivos (Estádio IA), a cirurgia poderá ser conservadora, com retirada de apenas uma porção do colo uterino, permitindo a preservação do órgão para gestações futuras. As duas técnicas mais empregadas são a conização e a traquelectomia, mas também há a técnica da histerectomia, conforme descrito a seguir.

Conização

O cirurgião retira o canal do colo de útero, desde sua abertura na vagina até a parte que penetra a extremidade inferior do útero. Para que a cirurgia seja considerada radical, todo o material deve ser examinado pelo patologista, para confirmar se o tumor realmente era microinvasor e se as margens cirúrgicas estão livres. Caso se constate que o tumor era maior do que o esperado ou que as margens estão comprometidas, haverá necessidade de cirurgias mais amplas.

Traquelectomia radical

É uma técnica relativamente nova, realizada com o objetivo de retirar todo o colo de útero, o tecido em seu redor e os linfonodos da bacia, para ter certeza de que o câncer não os atingiu. Como o corpo do útero é preservado, em cerca de 50% dos casos há possibilidade de nova gravidez. É indicada principalmente nas pacientes que tem a intenção de uma gestação no futuro

Histerectomia simples

É importante mencionar que em mulheres não desejosas de futuras gravidezes é possível realizar a remoção de todo o útero.

Estádio IB

Esses casos podem ser tratados pela cirurgia ou por radioterapia.

Histerectomia ampliada (Wertheim-Meigs)

O tratamento tradicional para os tumores com mais de 7 mm, porém ainda localizados no colo, consiste na remoção do colo e do corpo uterinos, acompanhada da retirada da parte superior da vagina, dos tecidos e ao redor do colo (paramétrios) e dos linfonodos no interior da bacia. A retirada dos ovários será necessária em alguns casos, mas na maioria das vezes eles podem ser preservados.

É uma cirurgia relativamente grande e pode apresentar algumas complicações transitórias, como retenção e incontinência urinária ou obstipação intestinal. A preservação da vagina e da função ovariana auxilia a manter a libido e a vida sexual.

Radioterapia

Nas pacientes que não desejam cirurgias mais amplas, ou naquelas com idade avançada ou com problemas de saúde que contraindiquem a cirurgia, podemos optar pela aplicação de radioterapia direcionada ao colo de útero, como alternativa, sem prejuízo do resultado final. Existem duas formas de administrar radioterapia: externa e interna.

Na radioterapia externa, o equipamento libera os raios ao redor da bacia para que eles atinjam o colo de útero e os tecidos ao seu redor. Para isso, são utilizados exames de tomografia, que calculam o trajeto da radiação até o colo uterino, com prejuízo mínimo para os órgãos sadios da bacia. O procedimento é indolor e dura cerca de 15 a 20 minutos diariamente, de segunda a sexta-feira, no total aproximado de cinco semanas.

Na radioterapia interna, também chamada de braquiterapia, a fonte de radiação é colocada o mais próximo possível das células tumorais. A técnica reduz a quantidade de radiação para os tecidos normais e, ao mesmo tempo, permite que se possa utilizar uma dose mais alta de radiação por período mais curto do que o da radiação externa. Para tanto, são introduzidas no interior do colo de útero pequenas “sementes” de material radioativo. O procedimento exige sedação.

Em alguns casos de adenocarcinomas ou de tumores maiores, mas ainda limitados ao colo, a radioterapia poderá ser utilizada previamente à cirurgia. A radioterapia com ou sem quimioterapia também é indicada quando o exame anatomopatológico (biópsia) revela características mais agressivas ou quando a lesão está mais avançada do que se esperava.

Embora as técnicas de radioterapia tenham evoluído bastante na última década, ainda pode ocorrer inflamação secundária das estruturas vizinhas ao colo uterino, surgir secura vaginal, dor na relação sexual, estreitamento da vagina, ardor no reto, sangramento retal, diarreia, urgência para evacuar ou urinar, sensação de ardor ao urinar e osteoporose dos ossos da bacia.

Estádios II, III e IVA

Nestas situações, em que o tumor já cresceu além do colo e invadiu outras estruturas, a cirurgia não consegue ser radical e pode lesar os órgãos das proximidades, portanto não é realizada de rotina. O tratamento nesta fase é realizado com radioterapia na pelve associado ao tratamento com quimioterapia, seguida de uma fase de braquiterapia.

 


 Câncer que invade estruturas bem próximas, como a vagina e o paramétrio, e o tratamento específico para esta fase da doença.

 

 


 Câncer que invade estruturas vizinhas, porém mais distantes da pelve, e o tratamento específico para esta fase da doença.

 

 https://youtu.be/U8nD-tWQoEc

 


 

 

Câncer que invade os órgãos adjacentes, mostrando crescimento do tumor por proximidade (Estádio IVA) e metástases para órgãos distantes, como pulmões, fígado e ossos (Estádio IVB), e o tratamento específico para esta fase da doença.

 

 

 

Estádio IVB

Nesta fase da doença, em que as células tumorais se espalharam para órgãos distantes, como pulmões, fígado e ossos, através da corrente sanguínea e/ou linfática, a estratégia é atacar as células malignas onde quer que elas estejam.

O tratamento de escolha nesta situação é a quimioterapia, administrada com o objetivo de reduzir os tumores, possibilitando controlar a doença pelo maior tempo possível.

Há também benefício da associação da quimioterapia com drogas que inibem a formação de vasos sanguíneos no tumor, sendo a medicação mais conhecida chamada bevacizumabe.

A imunoterapia tem sido incorporada no tratamento do câncer de colo uterino metastático. Recentemente o FDA (agência regulatória americana) aprovou a adição da imunoterapia chamada pembrolizumabe ao tratamento com quimioterapia e bevacizumabe para as pacientes com câncer de colo de uterino metastático. Ainda não há aprovação brasileira para essa combinação. Também há dados para o uso de imunoterapia para as pacientes que fizeram uso de quimioterapia com platina sem resposta ao tratamento. As imunoterapias utilizadas nesse contexto são o pembrolizumabe e o cemiplimabe, que ainda não foram aprovadas no Brasil nessa situação.

 


Atualização: Graziela Zibetti Dal Molin – CRM: 147.913
Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
Apoio: Dr. Daniel Vargas Pivato de Almeida – CRM: DF 27574
Oncologista Clínica no Grupo Oncoclínicas, Brasília-DF
Vídeo: Dra. Juliana Pimenta

 

 

FONTE:https://vencerocancer.org.br/


 


Câncer de Cólo de Útero


 

 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs.

Carla

 

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