Zelar não pode ser cuidar sem permitir que o idoso participe. Nesse contexto, de “cuidar do idoso com Alzheimer”, cuidado e zelo podem ser confundidos e isso exige atenção de quem cuida e de quem gerencia esse cuidado.
Cuidados excessivos podem gerar antecipação da dependência no caso de doenças crônicas. O cuidar sem permitir a participação geralmente acontece pela necessidade de otimização do tempo, de fazer bem feito ou evitar o cansaço e as frustrações de quem está sendo cuidado.
As doenças crônicas são caracterizadas por ser um desafio a longo prazo, por isso é importante tomar algumas precauções quanto aos excessos de cuidado.
Cuidadores e familiares devem ter atenção e autocontrole de suas ações de cuidar, proporcionando sempre oportunidades de autonomia (poder de escolha) e independência (fazer com e sem ajuda) do indivíduo.
Por mais que durante o processo de executar qualquer tarefa as participações do idoso sejam mínimas, elas devem ser permitidas e valorizadas.
Um bom exemplo é o banho: se a pessoa tem dificuldades de lavar o cabelo, o cuidador deveria ajudar apenas nessa etapa da atividade. E não dando o banho por completo.
E, antes de fazer pelo idoso deve perceber se ele não faria sozinho obedecendo ao comando: “Sr. Antônio, coloque sua mão na cabeça e lave o cabelo” ou “Sr. Antônio, lave o cabelo”.
Por mais que não ficasse limpo, ele deveria participar; nesta situação, o cuidador terminaria de lavar o cabelo.
No caso de “antecipação de dependência no banho” o cuidador dá todo o banho, da cabeça aos pés. Impedindo que o paciente faça o que consegue, prejudicando sua indepedência e também impedindo sua autonomia (neste caso, a escolha durante o banho de qual parte vai lavar).
Lembre-se:a segurança é sempre prioridade! Situações que colocam em risco a integridade física do sujeito não deve-se exitar em auxiliar.
A depender o nível funcional do paciente, vá retirando as ajudas, passando de apoio físico para orientação por toque (toque onde quer que ele movimente), orientação verbal (fale o que quer que ele faça), supervisão (observe) ou orientação visual (mostre) para um desempenho nas atividades mais independente possível.
Tenha em mente que o adiantamento de algumas tarefas (fazer por ele) pode ser muito prejudicial, pois ao realizar as atividades sozinho o paciente retarda ou previne a perda da função/do fazer aquela atividade.
O cuidador não está excluído dos processos diários quando o paciente tem independência e autonomia, ele pode ficar na retaguarda, oferecendo supervisão para prevenir riscos e dispondo de comandos verbais ou ajudas na execução, quando necessário.
Ou seja, ninguém deve ter medo de não ser necessário porque permite que o outro faça. Cuidar bem não é fazer pelo idoso com Alzheimer!
FONTE: https://www.reab.me/
Câncer de Cólo de Útero
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs.
Carla
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