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domingo, 4 de fevereiro de 2024

MELHOR IDADE: Como lidar com as perguntas difíceis

 Mentes e Demências

Berna Almeida II

A doença de Alzheimer ou outro tipo de demência podem fazer com que os idosos fiquem confusos e se esqueçam de pormenores importantes das suas vidas.
O que pode resultar em fazer perguntas sensíveis que são difíceis de responder. Neste sentido, é importante fazer uma preparação prévia para ser possível responder da melhor forma a estas perguntas.
3 exemplos de conversas ou perguntas difíceis:
Como informar que um familiar está a morrer ou faleceu
No caso em que o idoso pergunta como está uma pessoa que já faleceu. Em primeiro lugar, deve ponderar-se o facto de perceber se saber esta informação irá ou não realmente beneficiar o idoso.
O que é que o idoso faria com essa informação? Lembrar-se-ia se lhe fosse dita a verdade? Ou ficaria perturbado, esqueceria o assunto e, mais tarde, perguntaria e ficaria novamente perturbado?
Dependendo da fase da doença em que a pessoa se encontra, dar notícias perturbadoras pode não ser bom quer para o idoso quer para quem dá a notícia. Se a pessoa ainda for capaz de processar e reter a informação, talvez seja melhor dizer a verdade.
Mas se a memória a curto prazo for fraca e a pessoa ficar facilmente perturbada ou assustada, será provavelmente melhor evitar o assunto ou até dizer uma mentira. Assim, evita-se magoar o idoso com informações que não conseguirá compreender totalmente.
Outra coisa em que se deve pensar é se a partilha da notícia é realmente para o idoso ou se é mais para que a dá. Para muitas pessoas, pode tratar-se apenas de uma forma de aliviar a culpa de reter a informação.
O idoso nesta situação não tem a capacidade de lidar com os seus sentimentos como outra pessoa, pelo que não dizer nada é, na verdade, mais simpático e apropriado para a situação.
Como lidar com as perguntas feitas de forma repetitiva
Quando o idoso faz perguntas com uma carga emocional forte de forma repetitiva, a melhor abordagem é manter a concentração na emoção que está por trás da pergunta, em vez de concentrar nas palavras que estão a ser usadas.
Evitar corrigir, contradizer ou confrontar o idoso. Em vez disso, aderir à realidade do idoso e satisfazer as necessidades que a pessoa não consegue comunicar.
Por exemplo, uma pessoa que pergunta pela mãe que já morreu, pode estar à procura de alguém ou de algo que a conforte.
Nessa situação, oferecer um abraço, um cobertor ou uma comida favorita e encorajar gentilmente a falar sobre o aspecto da mãe, as suas sensações e as conversas que tiveram.
Outro exemplo é se alguém com demência estiver constantemente a perguntar pelo marido de quem se divorciou há anos.
Nesta situação, pode dar-se uma resposta genérica como por exemplo, dizer que a pessoa em questão está bem e depois, calmamente, mudar de assunto. Ou em alternativa, procurar algumas fotografias de família e rever em conjunto, mas evitando as que tenham o ex-marido.
Como lidar com frases ou perguntas que não fazem sentido
O mais importante é responder com calma, agradavelmente e de forma positiva ao que a pessoa está a dizer.
Evitar questionários ou perguntas que exijam que o idoso se lembre de coisas, eventos ou pessoas. Em vez disso, utilizar outros sentidos ou capacidades no momento.
Ver fotografias para que se possa recordar sem pressões, envolver o idoso numa atividade divertida ou relaxante, como experimentar aromaterapia, fazer uma massagem suave ou ouvir música.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FONTE: https://web.facebook.com/groups/mentesedemencias/






    


 

 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

 

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