O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que
têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode
ocorrer em qualquer local do organismo. Os tumores mais frequentes na
infância e na adolescência são as leucemias (que afeta os glóbulos
brancos), os do sistema nervoso central e linfomas (sistema linfático).
Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de
células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização
abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a
retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que vão dar
origem aos ovários ou aos testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e
sarcomas (tumores de partes moles).
Assim como em países
desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de
morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19
anos.
Estima-se que ocorrerão cerca de 12.600 casos novos de câncer em
crianças e adolescentes no Brasil por ano em 2017. As regiões Sudeste e
Nordeste apresentarão os maiores números de casos novos, 6.050 e 2.750,
respectivamente, seguidas pelas regiões Sul (1.320), Centro-Oeste
(1.270) e Norte (1.210).
Nas últimas quatro décadas, o progresso no
tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente
significativo. Hoje, em torno de 80% das crianças e adolescentes
acometidos de câncer podem ser curados, se diagnosticados precocemente e
tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade
de vida após o tratamento adequado.
Prevenção
Nos tumores da infância e adolescência, até o momento, não existem evidências científicas que deixem claro a associação entre a doença e fatores ambientais. Logo, prevenção é um desafio para o futuro. A ênfase atual deve ser dada ao diagnóstico precoce e orientação terapêutica de qualidade.
Tratamento
Diferentemente do câncer do adulto, o câncer infanto-juvenil
geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de
sustentação. Por serem predominantemente de natureza embrionária,
tumores na criança e no adolescente são constituídos de células
indiferenciadas, o que, geralmente, proporciona melhor resposta aos
tratamentos atuais.
O tratamento do câncer começa com o diagnóstico
correto. Para isso, é necessário um laboratório confiável e o estudo de
imagens. Pela sua complexidade, o tratamento deve ser feito em centro
especializado. Compreende três modalidades principais (quimioterapia,
cirurgia e radioterapia), sendo aplicado de forma racional e
individualizada para cada tumor específico e de acordo com a extensão da
doença.
O trabalho coordenado de vários especialistas
(oncologistas pediatras, cirurgiões pediatras, radioterapeutas,
patologistas, radiologistas, enfermeiros, assistentes sociais,
psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos) também é determinante para
o sucesso do tratamento.
Tão importante quanto o tratamento do
câncer em si, é a atenção dada aos aspectos sociais da doença, uma vez
que a criança e o adolescente doentes devem receber atenção integral, no
seu contexto familiar. A cura não deve se basear somente na recuperação
biológica, mas também no bem-estar e na qualidade de vida do paciente.
Neste sentido, não deve faltar ao paciente e à sua família, desde o
início do tratamento, o suporte psicossocial necessário.
Sintomas
Os pais devem estar alertas para o fato de que a criança não inventa
sintomas. Ao sinal de alguma anormalidade, levem seus filhos ao pediatra
para avaliação. Na maioria das vezes, os sintomas estão relacionados a
doenças comuns na infância, mas isto não deve ser motivo para descartar a
visita ao médico.
A manifestação clínica dos tumores infantojuvenis
pode não diferir muito de doenças benignas (sem maior gravidade) comuns
nessa faixa etária. Muitas vezes, a criança ou o jovem está em
razoáveis condições de saúde no início da doença. Por esse motivo, o
conhecimento do médico sobre a possibilidade da doença é fundamental.
Conheça algumas formas de apresentação dos tumores da infância:
-Nas leucemias, pela invasão da medula óssea por células anormais, a
criança se torna mais sujeita a infecções, pode ficar pálida, ter
sangramentos e sentir dores ósseas.
-No retinoblastoma, um sinal
importante é o chamado "reflexo do olho do gato", embranquecimento da
pupila quando exposta à luz. Pode se apresentar, também, através de
fotofobia (sensibilidade exagerada à luz) ou estrabismo (olhar vesgo).
Geralmente, acomete crianças antes dos 3 anos. Atualmente, a pesquisa
desse reflexo pode ser feita desde a fase de recém-nascido.
-Aumento do volume ou surgimento de massa no abdômen pode ser sintoma de tumor de Wilms (que afeta os rins) ou neuroblastoma.
-Tumores sólidos podem se manifestar pela formação de massa, visível ou
não, e causar dor nos membros. Esse sintoma é frequente, por
exemplo, no osteossarcoma (tumor no osso em crescimento), mais comum em
adolescentes.
-Tumor de sistema nervoso central tem como sintomas
dores de cabeça, vômitos, alterações motoras, alterações de
comportamento e paralisia de nervos.
Detecção Precoce
Muitas crianças e adolescentes com câncer chegam ao centro especializado de tratamento com a doença em estágio avançado por diversos fatores: desinformação dos pais, medo do diagnóstico de câncer, desinformação dos médicos ou dificuldade no acesso aos serviços de saúde.
Algumas vezes o diagnóstico é feito tardiamente porque a apresentação
clínica de determinados tipos de tumor podem não diferir muito de
doenças comuns na infância. Por isso, o conhecimento acerca do câncer
por parte do profissional de saúde, com destaque para o pediatra, é
determinante para um diagnóstico seguro e rápido.
para o futuro. A ênfase atual deve ser dada ao diagnóstico precoce e orientação terapêutica de qualidade.
Veja abaixo sinais do câncer infantil:
Atenção: A informação existente neste conteúdo pretende apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com um médico da sua confiança.
Fonte: INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva)
FONTE: https://www.grupodiagnose.com.br/noticias/cancer-infantil-laco-do-mes-de-setembro
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs.
Carla
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