13/10/2018
Hermínia Brandão
Alimentação
Num intervalo dos simpósios do 8º BRADOO- Congresso Brasileiro de Densitometria Osteoporose e Osteometabolismo que, durante três dias, de 11 a 13 de outubro, reuniu em São Paulo, especialistas e estudiosos de diferentes áreas, para debater tratamentos e atualizações no diagnóstico das doenças ósseas, o Jornal da 3ª Idade conversou com a nutricionista Kátia Gianlupi.
Profissional que atua na sua cidade natal, Dourados, no Mato Grosso do Sul, ela se inscreveu no Congresso com recursos próprios, embora trabalhe na Prefeitura da cidade.
Dourados é a segunda cidade mais populosa do MS, com mais de 220 mil habitantes e cerca de 18 mil idosos, segundo a última estimativa populacional do IBGE. A cidade detém também a maior população indígena do país e tem como principal atividade econômica o agronegócio.
Mesmo com aspectos diferenciados, a cidade, segundo a nutricionista apresenta os mesmos problemas identificados em cidades grandes, quando o tema é a prevenção da osteoporose.
Jornal da 3ª Idade – Como é a sua atuação na cidade de Dourados?
Kátia Gianlupi – Trabalho na atenção primária do município. Atendo as pacientes com necessidades alimentares especiais e também realizei a minha dissertação de mestrado na área de osteoporose. Trabalho com a população acima de 50 anos e idosos.
Jornal da 3ª Idade – Na sua prática tem encontrado incidência crescente de osteoporose entre as pessoas mais velhas?
Kátia Gianlupi – Eu identifiquei uma prevalência de Osteoporose e osteopenia em idosos da minha cidade tanto em mulheres e homens acima de 50 anos. A Osteoporose ao contrário do que muitas pessoas pensam é sim uma doença grave, que vem apresentando uma alta taxa de morbidade e que principalmente trazendo muitas consequências, principalmente de mobilidade.
Jornal da 3ª Idade – Imagina-se que uma cidade como Dourados, numa região com oferta farta de peixes e muito sol disponível esse tipo de problemas seriam muito menores. Por que então essas deficiências na população idosa e envelhescente?
Kátia Gianlupi – O comportamento das pessoas não se dá assim. A população não tem hábito de comer muito peixe no dia a dia. Sabemos também que temos que dar mais importância a questão do Cálcio e da Vitamina D. As pessoas, em geral, estão cada vez tomando menos sol. Os idosos têm a tendência de se recolher em lugares fechados. Os idosos institucionalizados ficam ainda m, sem contar aqueles que já estão prostrados. As pessoas que estão na ativa, seja pelos horários de trabalho ou pelo medo do câncer de pele também tem se exposto menos. E isso não é adequado, pois se tomar o Sol nos horários controlados ele sempre será benéfico. Tudo isso precisa ser pensado e trabalhado.
Jornal da 3ª Idade – Nesse 8º BRADOO não vimos um espaço voltado para a alimentação como integração aos tratamentos? Como nutricionista acha que faltou essa assimilação ao debate sobre Osteoporose?
Kátia Gianlupi – É a primeira vez que participo do BRADOO e acredito que maneira geral foi muito bom e trouxe palestras e simpósios importantes. Algumas mesas que falaram de nutrição foram boas, mas acho que faltou um espaço maior para essa parte da multidisciplinaridade. Eu acredito que é preciso ampliar o espaço da nutrição na temática no tratamento. A prevenção as doenças ósteo passam por uma alimentação adequada, pela ingestão adequada de suplementos e vitaminas que precisam ser atualizados também, para quem não é da nossa área, nessa proposta de troca de informações.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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