A insulina foi descoberta em 1921 por Frederick Banting e Charles Best, no laboratório do professor de fisiologia John J. R. MacLeod, durante experimentos que tinham como objetivo o isolamento da secreção interna pancreática. Após experimentos em cães, Banting e Best sentiram-se encorajados e iniciaram os experimentos em humanos.
Em 11 de janeiro de 1922, Leonard Thompson de 14 anos em estado crítico, foi o primeiro paciente a receber de modo injetável 15 ml de extrato pancreático, nesta primeira aplicação não houve efeito na redução da glicose e de corpos cetônicos na urina e causou efeitos colaterais.
Diante disso, o biólogo James Colip uniu-se ao grupo de Banting purificando o extrato pancreático, diminuindo os efeitos colaterais. Em seguida, foi aplicado novamente no mesmo paciente tendo respostas positivas e eficazes no tratamento.
A descoberta da insulina foi um marco memorável no tratamento do diabetes e rendeu a equipe de estudiosos o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia.
A primeira insulina comercializada foi a Regular. Pelo efeito rápido, necessitava de 3 a 4 aplicações para um bom controle da glicemia, causando muitas queixas de pacientes e familiares. Com isso, a indústria farmacêutica e estudiosos passaram a estudar uma maneira de prolongar o tempo de ação da insulina.
Entre 1930 e 1940, foi sintetizada por Hagedorn a insulina NPH, ao mesmo tempo que Scott e Fisher sintetizaram a insulina PZI (protamine-zinc insulin), prolongando o tempo de ação da insulina e diminuindo a quantidade de aplicações diárias.
Essas insulinas supriram o mercado mundial para tratamento do diabetes. Porém na prática clínica foram observados quadros alérgicos, lipodistrofias (lesões no tecido subcutâneo) e resistência à insulina, deixando claro a necessidade de evolução do medicamento.
Da protamina, protamina-zinco, protamina NPH chegamos à produção das insulinas biossintéticas humanas através da tecnologia de DNA recombinante. No final da década de 1990, as insulinas de ação ultra-rápida, lispro e asparte, foram sintetizadas através de inversões de posições de aminoácidos na cadeia molecular da insulina.
Essas insulinas diminuíram o tempo de ação e duração do efeito da insulina regular, aproximando-se da ação fisiológica da insulina produzida pelo pâncreas. As indústrias farmacêuticas sempre buscam inovações para a produção de insulina.
Em 2001, foi a vez da descoberta da insulina de ação prolongada, denominada glargina, com a absorção e duração mais lenta quando comparada a insulina NPH, diminuindo os episódios de hipoglicemias.
Depois das descobertas das insulinas lispro, asparte e glargina, vieram as insulinas determir e degludeca. Temos sempre melhoria no tratamento do diabetes com objetivo de proporcionar um melhor controle glicêmico ao paciente.
Referências
- Pires, Antonio Carlos; Chacra, Antonio Roberto. A evolução da insulinoterapia no diabetes melito tipo 1: revisão. Arq. Bras. Endocrinol. Metab; 2008; 52(2): 268-278.
- Tschiedel, Balduino. A História do Diabetes. Disponível em: http://www.endocrino.org.br/historia-do-diabetes/. Acesso em 30 de março de 2016.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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