Equipe Oncoguia
Segunda causa de morte no Brasil, atrás apenas das doenças cardiovasculares, o câncer apresenta possibilidades de cura de até 90% (dependendo do tipo da neoplasia), quando detectado precocemente.
Por isso, neste mês de setembro, em que se dedica atenção ao câncer ginecológico (colo de útero, ovário, endométrio, vagina e vulva), o Instituto Oncoguia reforça a sua atuação em defesa do autocuidado.
"Toda mulher deve assumir uma postura ativa e responsável perante a própria saúde”, alerta a presidente do Oncoguia, a psico-oncologista e especialista em Bioética Luciana Holtz de Camargo Barros.
Ela enfatiza que no caso dos tipos mais recorrentes de câncer, como o tumor de colo de útero, exames como um simples Papanicolau permitem detectar a doença em sua fase inicial e podem ser decisivos na vida da paciente.
Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que até o fim de 2014 serão registrados 15.590 casos de câncer de colo de útero, 5.900 de corpo do útero e 5.680 de ovário, por exemplo.
Diante desse quadro, Luciana chama a atenção para a importância da informação, do conhecimento dos fatores de risco para alguns tipos de câncer, dos sinais e sintomas de alerta e dos cuidados para manter a saúde sempre em dia.
Por sinal, a sensibilização para prevenção e detecção precoce dos cânceres ginecológicos (de colo de útero, ovário, endométrio, vulva e vagina) é o objetivo do Globe-athon, um movimento internacional do qual o Instituto Oncoguia faz parte.
A iniciativa tem o apoio de médicos e pacientes em mais de 80 países e neste mês está realizando eventos ao redor do mundo, com a perspectiva de mudar a vida de milhões de mulheres e famílias afetadas pelo câncer.
É preciso estar atenta
Não existem exames de rastreamento para câncer de ovário, por isso é o tipo de mais difícil detecção, com 75% dos casos descobertos já em estágio avançado. "A visita anual ao ginecologista é imprescindível e pode, sim, salvar vidas”, orienta Luciana, lembrando que são fatores de risco para esse tipo de câncer idade superior a 40 anos, histórico familiar, não ter tido filhos ou ter sido mãe após os 30 anos, além do uso contínuo de anticoncepcionais e reposição hormonal.
Já o câncer de colo de útero, também chamado de cervical, tem 90% dos casos relacionados aos subtipos do vírus do papiloma humano (HPV), que é transmitido principalmente em relações sexuais .
"O ideal é que toda mulher, depois da primeira relação sexual, consulte um ginecologista regularmente e realize o exame Papanicolau”, ensina a presidente do Oncoguia.
"Apesar de o exame ser simples e de fácil acesso, as mulheres não estão aderindo adequadamente ao Papanicolau e estamos muito preocupados com isso”.
Alterações nos órgãos reprodutivos da mulher também podem ser avaliadas por meio de exame pélvico feito por um ginecologista.
São fatores de risco do câncer de colo de útero: presença do HPV, início precoce da atividade sexual, multiplicidade de parceiros e tabagismo. Luciana adverte:
"É muito importante que a mulher esteja sempre atenta ao seu corpo e, frente a qualquer sinal ou sintoma suspeito persistente, procure seu médico”.
Conheça os 10 principais sinais que merecem a sua atenção!
- Dor pélvica ou pressão abaixo do umbigo.
- Inchaço abdominal e flatulência.
- Dores intensas e persistentes na parte inferior das costas.
- Sangramento vaginal anormal.
- Febre, com duração superior a 7 dias.
- Dores de estômago ou alterações intestinais.
- Perda de peso equivalente a 10 quilos ou mais, sem que esteja fazendo dieta.
- Anormalidades na vulva e na vagina, como feridas, bolhas ou alteração de cor.
- Alterações na mama, como dor, secreção, nódulos, vermelhidão ou inchaço.
- Fadiga, que, embora seja comum em diversas outras doenças, pode ser mais frequente nos casos de câncer em estágio avançado.
Matéria Publicada na Gazeta da Semana em 24/09/2014
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
http://www.oncoguia.org.br/
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