Todos os insumos utilizados para a aplicação de insulina, seringas ou agulhas para caneta, são de uso único, conforme seu Registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária e a RDC 3 de 4 de fevereiro de 2014, a qual estabelece os requisitos mínimos de identidade e qualidade para seringas hipodérmicas estéreis de uso único.
A prática de reutilização pode trazer graves consequências para o tratamento, causando um mau controle glicêmico.
São elas:
- Dor e desconforto durante a aplicação
- Erro no registro da dose
- Imprecisão na dose injetada
- Desperdício de insulina
- Lipohipertrofia (deformação do tecido subcutâneo)
As principais alterações da reutilização das agulhas, tanto nas seringas ou agulhas para canetas, são: perda da lubrificação, alteração na ponta da agulha (bisel), obstrução da cânula (bloqueio do fluxo da insulina) e risco de quebra da agulha.
Nas seringas, a reutilização faz com que a escala de graduação desapareça, aumentando o risco no erro no registro da dose.
Em relação ao reúso das agulhas para caneta, se mantidas acopladas na caneta, pode gerar o desperdício da insulina, tornando o tratamento mais oneroso. No caso do uso de insulinas em suspenção, como a NPH, o desperdício pode levar a alteração na concentração da insulina
Visando um tratamento seguro e eficaz, a troca por uma nova agulha irá proporcionar menos dor, menos lesões na pele, melhora da absorção da insulina, aumentando a confiança no tratamento.
Ampliação microscópica da ponta de uma agulha de injeção de insulina. Após a primeira utilização, a deformação microscópica no material pode provocar danos à pele, caso haja reutilização.
As fotografias mostram os tipos de danos que podem ocorrer com a reutilização de agulhas.
Agulha usada ampliada 370 vezes
Agulha usada ampliada 2.000 vezes
Nota:
*Créditos: Dieter Look e Kenneth Strauss no estudo: "Nadeln mehrfach verwenden?" Diabetes Journal 1998, 10:S. 31-34.
Referências
- Diretrizes, Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016). Práticas Seguras para o Preparo e aplicação de Insulina. A.C. Farmacêutica: 2016; p. 256 – 266.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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