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Por: Zilanda Souza*
Chegamos ao final da nossa série de atividades para estímulo da linguagem oral, com o jogo dos sons na Educação Infantil. O que podemos observar é que esse trabalho atua dentro de uma perspectiva de desenvolvimento, promovendo a prevenção de possíveis atrasos no processo de alfabetização na idade certa. Alguns professores afirmam fazer o trabalho de estímulo da linguagem na contação de histórias e na roda de conversa informal.
Todas essas atividades são importantes, mas não compreendem o ‘ensino explicito’ de habilidades específicas da linguagem oral. O que sugeri, até aqui, são atividades para ensino explícito. Uma conversa informal não permite o rastreio de trocas de sons por exemplo. Mas, atividades de discriminação, consciência e manipulação dos sons, sim!
Jogo dos sons
Para finalizar e mantendo a mesma metodologia/treino, proponho uma atividade para estimulação da habilidade de ‘transposição silábica’. Vamos chamar essa atividade de jogo dos sons. Podemos continuar utilizando a caixa do vocabulário, que deve continuar crescendo e trazendo novas palavras. Também vamos continuar usando os cartões coloridos.
Como aplicar
As crianças podem jogar em duplas. O educador deve oferecer uma estratégia para que as crianças controlem o placar. Evite, ao máximo, interferir depois que as regras e a proposta da atividade estiverem bem esclarecidas.
As duplas se posicionam de frente um para o outro. Vamos usar, inicialmente, as palavras dissílabas da caixa do vocabulário. As duplas vão compor as funções: mediador e jogador. A criança mediadora, retira um objeto da caixa, para a criança jogadora representar os pedacinhos com os cartões coloridos. É preciso estabelecer previamente quantas palavras cada criança vai representar.
Oriente para que os jogadores posicionem os cartões, falando em voz alta: RA TO
Então, os mediadores vão inverter os cartões para que os jogadores façam a transposição dos sons:
Feito o desafio corretamente, o jogador ganha 1 ponto (palitos ou tampinhas de garrafas podem ajudar a computar os pontos). Caso o jogador erre, o mediador vai ser o responsável por ensinar o colega, fazendo a demonstração.
Na rodada seguinte, invertem-se as posições. O mediador deve estar atento às dificuldades das crianças, evitando fazer julgamentos sobre o erro ou o comportamento inadequado. Utilize sempre boas perguntas para estimular a reflexão e o pensamento das crianças. Retome, sempre que necessário, as regras estabelecidas. Defina as recompensas para o bom desempenho no jogo e recompensas específicas para o comportamento adequado.
Dicas importantes
A variação para palavras trissílabas e polissílabas deve ser feita na medida em que o jogo for ficando muito fácil. Lembre-se de que essa variação estimula, ainda mais, a memória fonológica.
Nesta série incentivamos o educador da Educação Infantil a fazer um trabalho específico para a estimulação de habilidades da linguagem oral. Portanto, sugerimos que não seja utilizado a representação dos grafemas, afim de que, todo alvo de estimulação sejam a discriminação, o processamento e a memória fonológica.
Conheça o livro Brincando de Palavrear, que também estimula consciência fonológica.
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*Zilanda Souza é mãe, professora, especialista em psicopedagogia e neuropsicopedagogia. Autora do livro ‘Brincando de Palavrear’, escritora da coluna ‘Desenvolvimento e Aprendizagem’, coordenadora da pós-graduação em neurociência aplicada a avaliação e intervenção psicopedagógica. Diretora da Espaço Vida em Minas Gerais e no Distrito Federal. Atua em pesquisa voltada para a intervenção em funções executivas em crianças do ensino fundamental anos finais.
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Carla
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