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set 25, 2016 |
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13. Novidades em terapias para Diabetes Mellitus
Bomba de infusão de insulina
A bomba de infusão de insulina
(BII) é um equipamento pequeno e portátil que tem como objetivo liberar a
insulina de ação rápida 24 horas por dia através de um tubo e uma
cânula (conjunto de infusão) inseridos sob a pela (região subcutânea) e
deverá ser trocado a cada 2 a 3 dias.
Cada paciente irá programar a bomba para liberar a insulina de acordo com suas necessidades.
Mesmo utilizando a BII, ainda há a necessidade de realizar o monitoramento dos níveis de glicose com o glicosímetro (ponta de dedo).
Os resultados serão úteis para que você possa ajustar as doses de insulina, consumo de alimentos e programa de exercícios.
Pessoas de todas as idades com diabetes de tipo 1 ou tipo 2 podem usar a terapia com bomba de infusão de insulina, no entanto, o seu médico o aconselhará sobre sua adequação específica a essa terapia.
Objetivos:
- Normoglicemia (deixar os níveis de glicose dentro dos valores normais).
- Reduzir episódios de hipoglicemias.
- Prevenir o aparecimento das complicações degenerativas.
- Melhorar a qualidade de vida (estilo de vida e padrão alimentar).
Todas as crianças portadoras de
diabetes são beneficiadas pela bomba de infusão de insulina, porém
quando os alguns critérios são necessários para o sucesso da terapia:
Pais motivados e familiarizados com a contagem de carboidratos (o método nos permite dosar a quantidade exata de insulina a ser aplicada evitando carboidratos demais na corrente sanguínea (hiperglicemia) ou de menos (hipoglicemia),
Tratamento anterior com múltiplas injeções diárias de insulina e aceitação pela criança da realização de seis a nove testes diários de glicemia (ponta de dedo).
Estudos demonstram que as bombas são seguras e eficazes em bebês e crianças e que há melhora na hemoglobina glicada (HBA1c) e redução da hipoglicemia grave em até 53%.
Também há mais confiança e independência dos pais em relação aos cuidados dos seus filhos com diabetes.
14. Sistema de Monitoramento Contínuo de Glicose em tempo real
O Sistema de
Monitoramento Contínuo de Glicose em tempo real é empregado para
identificar níveis de açúcar no sangue (glicose) em pessoas com
diabetes, ao longo de 24 horas através de um sensor que é instalado sob a
pele e que envia as informações para um pager (monitor) que fica na
cintura permitindo todas as atividades diárias.
- Os níveis de glicose são verificados e armazenados a cada 10 segundos.
- Esse monitoramento contínuo pode fornecer, ao longo de 24 horas, um mapa para que o especialista saiba como o paciente está se comportando, à noite ou após as refeições, e se ocorrem episódios de hipoglicemias.
- Dessa forma, o médico obtém informações para ajustar e personalizar o tratamento.
- O software permite a transferência dos dados registrados para os computadores de laboratórios ou consultórios médicos.
- A instalação do sistema é simples.
- Em geral, é realizada pela equipe de enfermagem do fabricante, com orientação do médico.
Conheça abaixo o funcionamento de um monitor contínuo de glicose em tempo real e uma bomba de insulina:
A bomba de insulina (A) é pequena e de fácil adaptação ao corpo : pode ser levada sob a roupa em cintas de adaptação ao abdome, cintura, perna, coxa ou braço ou como um telefone móvel., adaptada externamente à roupa com o auxílio de um clip ou estojo de cintura.
A bomba administra a insulina através de um tubo flexível, (B) que é conectado a uma cânula fina e também flexível que se coloca no subcutâneo por um período máximo de 3 dias. É possível desconectar-se, de forma fácil e rápida, para tomar banho ou nadar, por exemplo.
A Monitorização Contínua da Glicose é
realizada por meio de um pequeno sensor de glicose (C), que se usa por
até 3 dias. Da mesma forma que a cânula, ele é facilmente inserido
através do uso de um aplicador.
Os dados do sensor de glicose são enviados ao transmissor (D), um dispositivo pequeno e leve que é conectado ao sensor de glicose. O transmissor envia os dados de glicose à bomba de insulina por meio de tecnologia avançada sem fio, por radiofreqüência (RF)
Este sistema realiza medições constantes da glicose no tecido subcutâneo e, na tela da bomba, aparece a cada 5 minutos o valor médio das leituras com o respectivo gráfico de tendência. Também podem aparecer setas de tendência glicêmica, que indicam claramente a direção e velocidade das mudanças da glicose. Os alertas sonoros ou vibratórios avisam quando os limites programados de hipoglicemia ou hiperglicemia estão para ser atingidos ou quando foram atingidos.
A imediata visualização das oscilações facilitará a atuação de imediato, evitando as hipoglicemias e hiperglicemias, podendo assim melhorar o controle do diabetes.
Este é um exame de tendência e não
substitui as glicemias capilares, mas sim orienta quanto à direção e a
velocidade de aumento e queda da glicose. É necessário realizar medições
capilares para ajustar a administração de insulina ou calibrar o sensor
da glicose.
Saber é preciso
A Lei federal de n° 11.346 de 27 de setembro de 2016
determina que os pacientes com diabetes recebam, gratuitamente, do
Sistema Único de Saúde – SUS, os medicamentos necessários para o
tratamento, assim como os materiais exigidos para a sua aplicação e a
monitoração da glicemia capilar.
O texto da lei afirma que, para ter este direito, é preciso estar inscrito em algum programa de educação especial em Diabetes.
Na prática, a pessoa precisa ir ao posto de saúde mais próximo de sua residência, e cadastrar-se como paciente com diabetes do SUS ou do Sistema de Informação em Hipertensão e Diabetes (Hiperdia).
No mesmo local, deve-se pedir pelos medicamentos necessários ao tratamento, prescritos pelo médico responsável em uma receita que será ali apresentada.
Caso não seja plenamente atendido,
paciente deverá relatar o caso à ouvidoria da Secretaria da Saúde do
estado ou do município e também na própria sede da mesma. Se ainda assim
não for atendido, em último caso, o paciente poderá entrar com uma ação
judicial exigindo o fornecimento gratuito de todos os itens
indispensáveis ao seu tratamento médico. Para tanto, precisará de um
advogado, que pode ser público (Defensoria Pública, localizada nos
fóruns de cada município) ou um profissional particular de sua
confiança.
A bomba de infusão de insulina não está disponível no SUS.
POR:
Maíra Bassi Strufaldi
Enfermeira e Fisioterapeuta / Educadora em Diabetes e Especialista em Educação em Ciência da Saúde
Publicado em: 25/09/2016
Revisado em: 25/09/2016
Referências:
- ASSOCIAÇÃO DE DIABETES JUVENIL. Manual de contagem de carboidratos. Disponível em: http://www.diabetes.org.br/novo-manual-de-contagem-de-carboidratos-da-sbd. Acesso em: 18/09/2016.
- ASSOCIAÇÃO DE DIABETES JUVENIL. Mapas de conversação em Diabetes. Acesso em: 18/09/2016.
- DINIS, I. Terapêutica com bomba infusora de insulina. Nascer e Crescer- Revista do Hospital de crianças Maria Pia, 20 (3): S185, 2011.
- FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE DIABETES. Números do diabetes no Brasil e no mundo, 2015. Acesso em: 17/09/2016.
- LIBERATORE, R.R.J; DAMIANI, D. Insulin pump therapy in type 1diabetes mellitus. Jornal de Pediatria, vol.82, n.04,2006.
- MEDTRONIC. Bombas para bebês e crianças pequenas. Acesso em: 16/09/2016.
- MEDTRONIC. O que é uma bomba de insulina?. Acesso em: 16/09/2016.
- MINICUCCI, W.J. Uso de bomba subcutânea de insulina e suas indicações. Arq. Bras. Endocrinol. Metab, 52/2, pag.340-348, 2008.
- SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. Diretrizes SBD, 2015-2016. Acesso em 17/09/2016.
FONTE: https://www.crechesegura.com.br/diabetes-na-escola-bomba-insulina-e-acoes-educativas/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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