Powered By Blogger

domingo, 22 de setembro de 2024

CÂNCER: Dia Mundial da LMC (22/09) > LEUCEMIA MIELÓIDE – LMC II

 ABRALE – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia

 

 

QUAIS AS FASES DA LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA?

Para a maioria dos tipos de cânceres, os médicos definem um “estágio da doença” baseado no tamanho do tumor e se o câncer se espalhou para os gânglios linfáticos ou para outras partes do corpo. Entretanto, o “estágio” da LMC não é definido do mesmo jeito como a maioria dos cânceres, mas sim por fases.

A LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA TEM 3 ESTÁGIOS

Saber em qual fase a LMC está ajuda os médicos a determinarem o tratamento apropriado e prever o prognóstico (chance de recuperação) do paciente. As três fases da LMC são:

  • Fase crônica
  • Fase acelerada
  • Fase blástica (também chamada de “crise blástica”)

Inibidores de Tirosina Quinase

Hoje, com o uso dos Inibidores de Tirosina Quinase raramente observamos as fases mais avançadas da doença. Os médicos usam os testes do diagnóstico para determinar em qual fase o paciente de LMC está. A determinação da fase da LMC tem como base o número de glóbulos brancos imaturos no sangue e na medula óssea do paciente.


Fase Crônica da LMC:

A maioria dos pacientes são diagnosticados com a fase crônica da LMC e se apresentam:

– Com ou sem sintomas

– Com aumento no número de glóbulos brancos do sangue

– Normalmente respondem bem ao tratamento padrão (os sintomas desaparecem, a contagem dos glóbulos brancos volta ao normal, a concentração de hemoglobina melhora e o baço volta ao tamanho normal).

Se não tratada, a fase crônica, eventualmente, irá evoluir à fase acelerada.


Fase acelerada da LMC

Nesta fase ocorre aumento no número de células imaturas e, às vezes, novas mutações cromossômicas podem acontecer, além do cromossomo Ph. Pessoas na fase acelerada podem ter:

– Mais de 20% de basófilos (tipo de glóbulo branco) no sangue

– Alta contagem de glóbulos brancos no sangue

Contagem muito alta ou muito baixa de plaquetas

– Aumento do tamanho do baço

– Anemia

– Outras anormalidades cromossômicas

– Novas mutações cromossômicas nas células de LMC.

Na fase acelerada, o número de células de LMC cresce mais rápido e causa sintomas como fadiga, febre, perda de peso e baço aumentado. Se não tratada, a fase acelerada irá evoluir para a fase blástica.


Fase blástica da LMC:

Também chamada de “crise blástica”,  a fase blástica aparece e se comporta como a forma aguda da leucemia mieloide. A pessoa que tiver a fase blástica da LMC pode ter:

– Anemia

– Contagem muito alta de glóbulos brancos no sangue.

– Contagem muito alta ou muito baixa de plaquetas

– Blastos no sangue, medula óssea ou outros órgãos

– Células de LMC com novas anormalidades cromossômicas

– Sintomas como fadiga, fôlego diminuído, dor abdominal, dores no osso, baço aumentado, falta de apetite e perda de peso, hemorragias e infecções.

 

Tratamentos

 

LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA TEM CURA?

Os médicos especializados para diagnosticar e tratar pacientes com cânceres do sangue, como a LMC, são chamados de “onco-hematologistas”. Esses médicos definem as opções de tratamento mais apropriadas para cada paciente.

A LMC não é curável com as terapias atualmente disponíveis, mas com os medicamentos existentes atualmente, cada vez mais pacientes alcançam remissões extremamente profundas. Por isto usamos o termo cura funcional.

Com estes medicamentos, a maioria das pessoas diagnosticadas com LMC em fase crônica tem uma boa qualidade de vida por muitos anos. O tratamento da LMC melhorou significativamente desde a introdução dos inibidores de tirosina quinase, como o mesilato de imatinibe (Glivec®), dasatinibe (Sprycel®) e nilotinibe (Tasigna®).

A introdução dos inibidores da tirosina quinase mudou potencialmente a forma fatal da doença para algo que pode ser controlado. Nem todos os pacientes, entretanto, respondem aos inibidores da tirosina quinase e é possível que os pacientes desenvolvam resistência a esses medicamentos.

O caminho do tratamento de cada paciente é baseado na fase da LMC no momento do diagnóstico, pontuação dos riscos, idade e outros problemas de saúde que o paciente possa ter.


DIMINUINDO O ALTO NÚMERO DE GLÓBULOS BRANCOS DO SANGUE

Alguns pacientes podem ter o número de glóbulos brancos do sangue alto no momento do diagnóstico. Essa contagem elevada pode, algumas vezes, prejudicar a circulação do sangue para o cérebro, pulmões, olhos e outros órgãos e pode também danificar pequenas veias sanguíneas. A Hidroxiureia (Hydrea®) pode ser usada para abaixar rapidamente essa contagem até que o diagnóstico de LMC seja confirmado por meio de exames de sangue e medula óssea.

A hidroxiureia é um remédio em cápsula tomado via oral. Abaixar o número alto de glóbulos brancos pode ajudar a diminuir o tamanho do baço. Uma vez feito o diagnóstico de LMC, os médicos, provavelmente, irão dar início ao tratamento com um inibidor da tirosina quinase e interromper a hidroxiureia.

Leucoaférese é um procedimento que usa um equipamento parecido com o da hemodiálise para remover os glóbulos brancos do sangue. A leucoaférese é usada para diminuir a alta contagem de glóbulos brancos se a LMC crônica for diagnosticada durante os primeiros meses da gravidez porque outros tratamentos podem ser prejudiciais ao desenvolvimento do feto.

 

FATORES PROGNÓSTICOS DA LMC:

Juntamente com as fases da LMC, existem outros fatores que interferem na decisão do tratamento e preveem o prognóstico do paciente (chance de recuperação). Esses são conhecidos como “fatores prognósticos” e são definidos no momento do diagnóstico. Nos pacientes com LMC, consideram-se fatores prognósticos menos favoráveis:

– Fase da LMC: fase acelerada ou blástica

– Idade: 60 anos ou mais

– Tamanho do baço: baço aumentado

– Contagem de plaquetas: muito alta ou muito baixa

– Blastos no sangue: alto número de blastos

Basófilos e eosinófilos no sangue: aumento destas células


Muitos desses fatores são usados no sistema de pontuação do prognóstico para prever o resultado do tratamento para os pacientes de LMC. Atualmente, existem três sistemas de pontuação usados para determinar a pontuação de risco de um paciente:

– Sokal: baseado na idade do paciente, tamanho do baço, contagem de plaquetas e porcentagem de blastos circulando no sangue periférico (sangue circulando pelo corpo)

– Hasford: usa os mesmos fatores que o sistema Sokal, mas também inclui o número de eosinófilos e basófilos circulando no sangue periférico

– Estudo Europeu de Tratamento e Resultado (EUTOS): usa apenas a porcentagem de basófilos circulando no sangue periférico e o tamanho do baço.

Os médicos usam a pontuação de risco para determinar o tratamento. Os sistemas Sokal e Hasford categorizam os pacientes em três grupos: baixo risco,
risco intermediário e alto risco. Já o EUTOS categoriza os pacientes apenas como baixo ou alto risco. Geralmente, é mais provável que um paciente de LMC de baixo risco tenha melhores respostas ao tratamento.

 

Terapia com inibidores da tirosina quinase

O QUE É TIROSINA QUINASE?

É uma terapia alvo, ou seja, ela identifica e ataca tipos específicos de células de câncer, causando menos danos às células saudáveis. Os inibidores da tirosina quinase apresentam-se em comprimidos ou cápsulas, tomados por via oral. Na LMC, os inibidores da tirosina quinase têm como alvo a proteína anormal BCR-ABL, causadora do crescimento desordenado das células de LMC, fazendo, assim, com que as células malignas morram. Quatro terapias inibidoras da tirosina quinase são aprovadas para o tratamento de primeira linha:

– Mesilato de Imatinibe (Glivec®)
– Dasatinibe (Sprycel®)
– Nilotinibe (Tasigna®)
– Bosutinibe (Bosulif®)

Tratamento de primeira linha é a primeira terapia usada. Se o primeiro tratamento não funcionar por conta da intolerância (efeitos colaterais intoleráveis) a um remédio em particular ou a resistência ao medicamento (LMC não está respondendo ao tratamento), um tratamento de segunda linha é tentado. Se tanto o primeiro quanto o segundo tratamento falharem, uma terceira opção de tratamento pode ser oferecida. No caso de resistência e/ou intolerância ao tratamento de segunda linha, outras opções de tratamento com inibidores da tirosina quinase incluem Ponatinibe (Iclusig®) e Asciminibe (Scemblix®).


MESILATO DE IMATINIBE (GLIVEC®)

Foi aprovado em 2001 nos Estados Unidos para o tratamento de primeira linha para LMC. Como foi o primeiro inibidor da tirosina quinase desenvolvido, é conhecido como inibidor da tirosina quinase de primeira geração.

No Brasil também foi aprovado em 2001 e atualmente, na LMC, está indicado para: pacientes adultos e pediátricos (acima de 2 anos) com LMC Ph+ recémdiagnosticada e sem tratamento anterior; pacientes adultos com LMC Ph+ em crise blástica, fase acelerada ou fase crônica após falha ou intolerância à terapia com alfainterferona.

  • É altamente eficaz e promove remissão estável na maioria das pessoas
  • É usado como terapia inicial padrão para LMC crônica desde 2001
  • Atualmente, o Imatinibe precisa ser tomado por tempo indeterminado ou até parar de fazer efeito
  • Deve ser tomado junto com a refeição e com um copo grande de água
  • É bem tolerado tanto em pacientes jovens quanto em pacientes mais velhos, embora a maioria das pessoas sintam efeitos colaterais. É importante que os pacientes digam para os seus médicos qualquer efeito colateral pois a maioria deles pode ser amenizado

MESILATO DE IMATINIBE EFEITOS COLATERAIS

– Náusea, vômito e diarreia

– Cãibras musculares e dores nos ossos

– Fadiga

– Erupções cutâneas

Embora raros, outros efeitos colaterais mais sérios do Imatinibe são:

– Baixa contagem de células do sangue, como glóbulos vermelhos (anemia), glóbulos brancos (infecções) e plaquetas (hemorragia)

– Edema (retenção de líquidos), com inchaço ao redor dos olhos, pés, pulmões ou coração

– Insuficiência cardíaca congestiva (capacidade do coração de bombear sangue prejudicada) e disfunção do ventrículo esquerdo (lado esquerdo do coração com as funções prejudicadas), principalmente em pacientes com outros problemas de saúde e fatores de risco. Pacientes que tenham propensão ou tenham doenças do coração devem ser monitorados e tratados para esse problema.

– Problemas graves no fígado

Alguns pacientes apresentam resistência ao Imatinibe, isto é, não conseguem tolerar os efeitos colaterais ou a medicação para de fazer efeito. Quando ocorre resistência, é preciso mudar o tratamento para outros inibidores da tirosina quinase.


DASATINIBE (SPRYCEL®)

Foi aprovado em 2006 nos Estados Unidos tanto para o tratamento de primeira linha para LMC, quanto de segunda linha. Como foi desenvolvido depois do Imatinibe, é conhecido como inibidor da tirosina quinase de segunda geração. No Brasil foi aprovado em 2007 e atualmente, na LMC, está indicado para: pacientes adultos com LMC Ph+ na fase crônica recém-diagnosticada; pacientes adultos com LMC Ph+ em crise blástica, fase acelerada ou fase crônica com resistência ou intolerância à terapia anterior incluindo Imatinibe.

EFEITOS COLATERAIS DO DASATINIBE

O Dasatinibe é tomado uma vez ao dia, de manhã ou de noite, podendo ou não ser acompanhado de comida. Os comprimidos não devem ser esmagados ou cortados. Eles devem ser ingeridos inteiros. Pacientes não devem tomar suco de toranja (grapefruit) 2 horas antes e depois de tomar o Dasatinibe, pois o suco de toranja (grapefruit) pode aumentar a concentração plasmática de Dasatinibe devendo, portanto, ser evitado. A Erva de São João pode diminuir as concentrações plasmáticas de Dasatinibe de maneira imprevisível e também deve ser evitada.

Estudos do Dasatinibe mostram que ele é mais potente e que induz a uma resposta molecular mais rápida que as respostas do Imatinibe. Até hoje, o Dasatinibe não mostrou aumento da taxa de sobrevida quando comparado com o Imatinibe.

Os possíveis efeitos colaterais comuns do Dasatinibe são:

  • Náusea
  • Diarreia
  • Dores de cabeça
  • Fadiga
  • Fôlego encurtado
  • Febre
  • Erupção cutânea

O Dasatinibe pode causar efeitos colaterais mais sérios como:

  • Baixa contagem de células do sangue, levando a anemia, infecções e sangramentos
  • Retenção de líquidos ao redor dos pulmões, coração ou estômago

Pacientes devem ligar imediatamente para o médico em caso de qualquer um desses sintomas: suor por todo o corpo, ganho de peso, falta de fôlego e tosse especialmente com pouca atividade física ou no repouso, e dor no peito quando respirar profundamente.

Raramente pode desenvolver “hipertensão arterial pulmonar”, que é a pressão alta nas artérias dos pulmões. O médico deve checar os pulmões e o coração do paciente antes e depois do tratamento com Dasatinibe. Se um paciente é diagnosticado com hipertensão arterial pulmonar durante o tratamento, a medicação deve ser descontinuada permanentemente. A hipertensão arterial pulmonar pode ser revertida depois da descontinuação do medicamento.


NILOTINIBE (TASIGNA®)

Foi aprovado em 2007 nos Estados Unidos tanto para o tratamento de primeira linha para LMC, quanto de segunda linha. Como foi o desenvolvido depois do Imatinibe, é conhecido como inibidor da tirosina quinase de segunda geração.

No Brasil foi aprovado em 2009 e atualmente, na LMC, está indicado para: pacientes adultos com LMC Ph+ na fase crônica recém-diagnosticada; pacientes adultos com LMC Ph+ em fase crônica ou fase acelerada após falha ou intolerância a pelo menos uma terapia prévia, incluindo Imatinibe.9

O Nilotinibe normalmente é tomado duas vezes ao dia, com o estômago vazio. Não ingerir Nilotinibe com alimentos. Tomar as cápsulas pelo menos duas horas após a ingestão de qualquer alimento e, após tomá-las, esperar pelo menos uma hora para se alimentar novamente. Tomar o Nilotinibe com alimentos pode aumentar sua quantidade no sangue, o que pode ser prejudicial. Não comer ou beber produtos e sucos contendo grapefruit (toranja), carambola, romã, laranjas de Seville e outras frutas similares a qualquer momento durante o tratamento, pois podem aumentar a quantidade de Nilotinibe no sangue, aumentando o risco de efeitos colaterais sérios. Sempre que tiver dúvidas, consulte seu médico.

Estudos do Nilotinibe mostram que ele é mais potente e que induz a uma resposta molecular mais rápida que as respostas do Imatinibe. Até hoje, o Nilotinibe não mostrou aumento da taxa de sobrevida quando comparado com o Imatinibe.

NILOTINIBE EFEITOS COLATERAIS

Um efeito colateral grave é que ele pode causar problemas no ritmo cardíaco. Às vezes isso acontece quando o Nilotinibe interage com outros medicamentos ou suplementos, então é muito importante que o paciente fale para o médico sobre qualquer medicamento que esteja tomando, incluindo os que são vendidos sem receita médica.

Pacientes que precisam tomar antiácido (medicamentos que tratam azia) não devem tomá-lo junto com o Nilotinibe. Pacientes que tomam antiácido contendo hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio ou simeticona, devem tomá-lo duas horas antes ou depois de tomar o Nilotinibe.

Pacientes que tomam bloqueadores de H2 (bloqueadores do receptor de histamina tipo 2) devem tomar esse medicamento cerca de 10 horas antes de tomar o Nilotinibe ou duas horas depois de tomar.

Efeitos colaterais comuns incluem:

  • Náusea, vômito, diarreia
  • Erupção cutânea
  • Dor de cabeça
  • Fadiga
  • Coceira
  • Tosse
  • Constipação
  • Dores no músculo e juntas
  • Nariz escorrendo ou entupido, espirros, dor de garganta
  • Febre
  • Suor noturno

Efeitos colaterais sérios do Nilotinibe incluem:

  • Baixa contagem de células de sangue, levando a anemia, infecções e sangramentos
  • Prolongamento do intervalo QT, um problema cardíaco sério que pode alterar o ritmo cardíaco. Essa condição pode ser fatal. Os pacientes devem contactar imediatamente o médico em caso de tontura, desmaio ou arritmia cardíaca enquanto estiverem tomando o Nilotinibe. Antes e durante o tratamento com esse medicamento, o médico deve avaliar a condição cardíaca do paciente através de um exame chamado eletrocardiograma (ECG)
  • Diminuição do fluxo sanguíneo para as pernas, coração e cérebro
  • Sintomas de mau funcionamento do fígado, incluindo pele e olhos amarelados Inflamação do pâncreas, os sintomas incluem dor no estômago com náusea e vômito
  • Hiperglicemia (aumento do açúcar no sangue)
  • Retenção de líquido. Sintomas incluem perda de fôlego, rápido aumento de peso e suor

PONATINIBE (ICLUSIG®)

Ponatinibe é um inibidor da tirosina quinase de terceira geração aprovada pelo FDA em 2012 para o tratamento de adultos com LMC na fase acelerada ou blástica caso nenhum outro inibidor de tirosina quinase seja indicado e para pacientes adultos com LMC com a mutação T315I na fase crônica, acelerada ou blástica. Foi aprovado no Brasil em junho de 2019.

Ponatinibe pode ser tomado com ou sem acompanhamento de comida. Ele tem como alvo todas as mutações na proteína BCR-ABL que são resistentes ao Imatinibe e outros inibidores da tirosina quinase. Esse medicamento, entretanto, pode causar graves efeitos colaterais e não é recomendado para qualquer paciente.


BOSUTINIBE (BOSULIF®)

É indicado para o tratamento de pacientes adultos com um tipo LMC positiva para o cromossomo Filadélfia (Ph+) em fase crônica (FC) e recém diagnosticada. Ele também é indicado para o tratamento de pacientes adultos com LMC Ph+ em fase crônica (FC), acelerada (FA) e blástica (FB), com resistência ou intolerância à terapia anterior. Já está aprovado no Brasil, pela Anvisa.

Efeitos colaterais do Busotinibe:

  • Dor no estômago, diarreia, náusea e vômito
  • Retenção de líquidos
  • Erupções cutâneas
  • Fadiga

Os efeitos colaterais mais graves incluem:

  • Baixa contagem de células de sangue, levando a anemia, infecções e sangramentos
  • Problemas no fígado
  • Retenção de líquidos ao redor dos pulmões, coração e estômago
  • Problemas nos rins

ASCIMINIB (SCEMBLIX®) 

Este medicamento é indicado para o tratamento de pacientes adultos com leucemia mieloide crônica cromossomo Philadelphia positivo (LMC Ph+) em fase crônica (FC) que foram anteriormente tratados com medicamentos de um tipo semelhante chamados inibidores da tirosina quinase. Seu objetivo é bloquear a ação de uma proteína (BCR-ABL1) dos glóbulos brancos anormais, interrompendo sua divisão e crescimento.

Efeitos colaterais do Asciminib:

  • Dentre os mais comuns estão sangramento espontâneo ou hematomas (sinais de nível baixo de plaquetas, trombocitopenia); febre, dor de garganta, infecções frequentes (sinais de nível baixo de glóbulos brancos do sangue, neutropenia); batimento cardíaco irregular e mudança na atividade elétrica do coração (prolongamento do intervalo QT).

 

RESISTÊNCIA AO INIBIDOR DA TIROSINA QUINASE, ADESÃO AO TRATAMENTO E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

A “resposta ao tratamento” é um termo usado para descrever a melhora alcançada pelo paciente devido ao tratamento que ele está fazendo. “Resistência ao medicamento” é o termo usado para descrever o motivo da doença não estar melhorando com o tratamento administrado.

A resistência ao medicamento acontece na LMC quando as células do câncer não respondem ao medicamento que está sendo usado para matá-las ou enfraquecê-las. Isto é, mesmo que o paciente esteja tomando o remédio, as células cancerígenas continuam crescendo.

“Resistência primária” é o termo que descreve a resistência a um medicamento que está sendo tomado pela primeira vez no tratamento. Esse tipo de resistência é mais rara em pacientes com LMC.

“Resistência secundária” é o tipo mais comum de resistência a um medicamento no paciente de LMC e acontece quando a célula cancerígena inicialmente responde ao tratamento mas depois para. Na LMC é comum por causa da mutação genética BCR-ABL. Essa mutação altera a forma da proteína BCR-ABL, o que pode afetar a ação bloqueadora dos inibidores da tirosina quinase, permitindo que as células cancerígenas cresçam novamente.

Às vezes, a resistência a um inibidor da tirosina quinase pode ser revertida ao aumentar a dose do medicamento ou ao trocar para outro inibidor. Um inibidor de tirosina quinase de segunda geração pode ser mais efetivo em tratar pacientes com mutações resistentes ao Imatinibe. A análise da mutação do gene BCR-ABL é um teste que identifica as mutações no gene BCR-ABL que são responsáveis pela resistência ao inibidor da tirosina quinase. Essa informação pode ajudar um médico a decidir qual medicamento prescrever.

Interações medicamentosas com Inibidores Tirosina Quinase

Alguns medicamentos, suplementos de ervas e até comidas podem afetar o modo como um inibidor da tirosina quinase trabalha no corpo. Corticoides, medicação anticonvulsiva, antiácidos e o suplemento erva de São João podem fazer alguns inibidores da tirosina quinase menos efetivos. Por outro lado, alguns antibióticos, medicamentos antifungos e produtos de toranja podem aumentar muito os níveis dos inibidores no sangue, tornando-o inseguro com efeitos colaterais sérios e até fatais. O paciente deve sempre dizer ao médico quais outros medicamentos, suplementos e vitaminas eles tomam para se ter certeza de que é seguro tomar produtos com os inibidores. E é importante perguntar ao médico sobre todas as comidas que devem ser evitadas.

ADESÃO AO INIBIDOR DE TIROSINA QUINASE

É importante que os pacientes tomem o seu inibidor da tirosina quinase como prescrito pelo médico.

Ter adesão ao inibidor de tirosina quinase   ou a alguma uma terapia oral significa que o paciente:

– Toma corretamente a dose do medicamento

– Toma o medicamento no horário correto

– Nunca esquece uma dose

– Nunca toma uma dose extra

– Não toma o medicamento com líquidos, comidas e outros medicamentos não autorizados

Na maioria dos casos, os inibidores da tirosina quinase conseguem controlar a Leucemia Mieloide Crônica. Os pacientes não devem reduzir as doses para tentar diminuir os efeitos colaterais do medicamento. Deve-se falar ao médico qualquer efeito colateral sentido. Os médicos podem recomendar tratamento de suporte para ajudar os pacientes a lidarem com esses efeitos.

Os pacientes devem tomar a medicação como prescrita para conseguir a melhor resposta ao tratamento. A má adesão ao medicamento é o principal motivo por resposta inadequada ao tratamento. Assim, nunca pare de tomar o medicamento ou tome uma dose menor do que a indicada pelo médico.

 

Medicamentos usados para tratar a LMC aprovados no Brasil


Mesilato de imatinibe (Glivec®) 

APROVADO PARA:

  • Adultos e crianças recém-diagnosticados na fase crônica
  • Adultos nas fases crônica, acelerada ou blástica após a terapia com interferon-alfa não ter funcionado

Dasatinibe (Sprycel®) 

APROVADO PARA:

  • Adultos recém-diagnosticados na fase crônica
  • Adultos com resistência ou intolerância à terapia anterior nas três fases

Nilotinibe (Tasigna®) 

APROVADO PARA:

  • Adultos recém-diagnosticados na fase crônica
  • Adultos com resistência ou intolerância à terapia anterior nas fases crônica ou acelerada

Ponatinibe (Iclusig®) 

APROVADO PARA:

  • Adultos que não podem ser indicados nenhum dos outros medicamentos
  • Adultos com a mutação T315

Asciminib (Scemblix®

APROVADO PARA:

  • Tratamento de pacientes adultos com leucemia mieloide crônica cromossomo Philadelphia positivo (LMC Ph+) em fase crônica, que tenham utilizado previamente dois ou mais inibidores da tirosina quinase.

Bosutinibe (Bosulif®) 

APROVADO PARA:

  • Tratamento de pacientes adultos com um tipo de leucemia denominada leucemia mieloide crônica (LMC) positiva para o cromossomo Filadélfia (Ph+) em fase crônica (FC) e recém-diagnosticada.
  • Também é indicado para o tratamento de pacientes adultos com leucemia mieloide crônica (LMC) positiva para o cromossomo Filadélfia (Ph+) em fase crônica (FC), acelerada (FA) e blástica (FB), com resistência ou intolerância à terapia anterior.

 

 

Medicamentos usados para tratar a LMC NÃO aprovados no Brasil

Omacetaxina mepesuccinato (Synribo®) – Inibidor de síntese proteica

APROVADO NO EXTERIOR PARA:

  • Adultos recém-diagnosticados na fase crônica
  • Adultos nas fases crônica ou acelerada que não estejam mais respondendo ou não conseguiram tolerar dois ou mais inibidores de tirosina quinase

Os seguintes medicamentos eram usados como terapia inicial antes dos inibidores da tirosina quinase serem introduzidos. Alguns pacientes podem ter indicação destas medicações:

  • Interferon-alfa (Roferon-A®, Intron A®)
  • Interferon-alfa peguilhada
  • Hidroxiureia (Hydrea®)
  • Ciperabina (Cytosar-U®)
  • Bussulfano (Myleran®)

 

 

 

 

 

FONTE: https://abrale.org.br/doencas/leucemia/lmc/

 

 

 

 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla