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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

13/9 – Dia Mundial da Sepse

 

 

 

 

O Dia Mundial da Sepse (DMS), celebrado anualmente no dia 13 de setembro, foi proposto pela Aliança Global para Sepse (Global Sepsis Alliance) em 2012 e, desde então, eventos são realizados com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o tema em todas as partes do mundo.

No Brasil, durante todo o mês de setembro, o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), coordena as ações desta campanha voltadas tanto para profissionais da saúde, quanto para o público geral, levando conhecimento para a população.

A comemoração da data envolve campanhas internas nos hospitais, serviços de saúde e universidades, em ações voltadas para conscientização dos colaboradores, pacientes e familiares/cuidadores.

A sepse mata 11 milhões de pessoas todos os anos, afetando, desproporcionalmente, crianças pequenas e outras populações vulneráveis ​​em países de baixa renda.

No Brasil, estimam-se que aconteçam 400.000 casos entre adultos e 42.000 entre crianças por ano, dos quais 240 mil adultos e 8.000 crianças infelizmente falecem.

A pandemia de COVID-19 exacerbou o problema por meio da sepse viral e ressaltou a importância vital da prevenção e do controle de infecções, vacinação e outros cuidados para evitar a propagação de doenças e combater a ameaça da resistência antimicrobiana.

A pandemia também demonstrou a importância da prontidão do sistema de saúde, com respostas rápidas, políticas eficazes, capacidade de manter os serviços essenciais de saúde, com informações precisas e confiáveis ​​e o envolvimento ativo da comunidade.

Em 2017, os Estados Membros da Organização Mundial da Saúde (OMS), reunidos na Assembleia Mundial da Saúde adotaram uma resolução se comprometendo a tomar medidas para prevenir, diagnosticar e tratar a sepse como parte dos esforços para fortalecer os sistemas nacionais de saúde. No entanto, a implementação da resolução ainda é insuficiente.

A OMS continua comprometida em apoiar os países em todo o mundo a fortalecer seus sistemas de saúde para prevenir, identificar e gerenciar melhor a sepse, mas são necessários maior compromisso político e investimentos.

Ao longo de toda a história da Medicina, a sepse e o choque séptico permaneceram como condições de extrema gravidade e sem possibilidade de tratamento eficaz e o Brasil tem uma das maiores taxas de letalidade por sepse no mundo.

Em anos recentes, o conhecimento científico acumulado permitiu, pela primeira vez, estabelecer um conjunto de medidas que reduzem a mortalidade e os custos hospitalares.

Sepse, conhecida como infecção generalizada ou septicemia é, na verdade, uma resposta inadequada do organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão e ser provocada por bactérias, fungos, protozoários ou vírus, como é o caso das formas graves de Covid-19.

A resposta inadequada contra a infecção leva ao mau funcionamento de um ou mais órgãos e é este mau funcionamento que pode causar a morte, principalmente se não for diagnosticada precocemente e tratada de forma rápida e adequada.

Qualquer tipo de infecção pode evoluir para sepse, sendo as mais comuns a pneumonia, infecções abdominais e urinárias. Muitos a relacionam com infecção hospitalar, mas grande parte dos casos acontece em pacientes com infecções adquiridas na comunidade.

Ela pode afetar qualquer um, mesmo pessoas sadias, embora algumas sejam mais susceptíveis, como bebês prematuros; crianças abaixo de um ano; idosos; pacientes com câncer, Aids ou que fizeram uso de quimioterapia ou outros medicamentos que afetam as defesas do organismo; pacientes com doenças crônicas como insuficiência cardíaca, insuficiência renal, diabetes; usuários de álcool e drogas e pacientes hospitalizados que utilizam antibióticos, cateteres ou sondas.

Toda a população deve ter conhecimento dos sinais de alerta: aqueles que sugerem que uma infecção está se tornando grave e que é necessário buscar ajuda num serviço de saúde.

Além dos sinais da própria infecção, como tosse e catarro na pneumonia ou dor para urinar no caso da infecção de urina, a população deve estar atenta para os sinais de mau funcionamento dos órgãos, alterações da consciência como agitação, sonolência, confusão; falta de ar, fraqueza, queda da pressão, redução da quantidade de urina, são alguns sinais de alerta.

Os pacientes com sepse ficam muito debilitados, principalmente aqueles que necessitam de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Muitos sobreviventes apresentam dificuldades para retomar suas atividades normais, pois a sepse pode deixar sequelas como dificuldade motora, dificuldade para engolir, dificuldade de raciocínio e déficit de atenção, além de problemas psicológicos como depressão e ansiedade.

Após a alta existe risco aumentado de novas infecções e descompensação de doenças crônicas, o que pode requerer uma nova internação hospitalar. Por isso, é muito importante que durante toda a internação o paciente seja atendido por uma equipe multidisciplinar, para reduzir os riscos de sequelas e já iniciando o processo de reabilitação precoce e, no momento da alta, é necessário fornecer informações e encaminhamentos adequados para promover a continuidade da reabilitação multiprofissional.

Prevenção e redução da taxa de mortalidade por sepse:

Medidas de prevenção são fundamentais. Do ponto de vista da sepse comunitária, são fundamentais a vacinação, melhora das condições de higiene e da atenção primária à saúde. Já em relação à sepse adquirida nos hospitais, as medidas para prevenção de infecção são muito importantes.

Todos os profissionais de saúde devem ser capazes de reconhecer os sintomas e sinais de gravidade, e providenciar as medidas iniciais de tratamento.

 

Com o tema: “Tornando a Sepse uma Prioridade de Saúde Nacional e Global”, a Global Sepsis Alliance e a Sepsis Stiftung unirão forças para sediar um evento único para celebrar uma década de criação do Dia Mundial da Sepse.



Fontes
:

Escola Paulista de Medicina

Global Sepsis Alliance

Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS)

 

 

 

 

 






obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

https://bvsms.saude.gov.br/

 

 

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