Powered By Blogger

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Câncer : Linfoma de Hodgkin

O linfoma é um câncer do sangue, assim como a leucemia. Entretanto, enquanto a leucemia tem origem na medula óssea, o linfoma surge no sistema linfático, uma rede de pequenos vasos e gânglios linfáticos, que é parte tanto do sistema circulatório, como do sistema imune. 

O sistema coleta e redireciona para o sistema circulatório um líquido claro, chamado linfa, e contém células de defesa (glóbulos brancos), chamadas linfócitos. 

Também fazem parte desse sistema os gânglios linfáticos, chamados de nódulos linfáticos ou linfonodos, e órgãos como timo, baço e amígdalas, todas as estruturas envolvidas na produção de linfócitos, o que inclui a medula óssea e o tecido linfático associado ao sistema digestivo. 

Há dois tipos de linfomas: linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin. De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 3.530 novos casos de linfoma de Hodgkin devem ser diagnosticados este ano, sendo 1.480 em homens e 1.050 em mulheres. 

Existem dois tipos de linfomas de Hodgkin, classificados a partir da presença ou não das chamadas células de Reed-Stemberg, que, ao contrário dos linfócitos B normais, são muito grandes, têm muitos núcleos ou dois que parecem olhos de coruja. 

Essas células estão presentes na forma clássica da doença, que é a mais comum (95% dos casos) e responde muito bem à quimioterapia. A forma clássica do linfoma de Hodgkin, por sua vez, tem quatro subtipos:

  • Subtipo esclerose nodular: os gânglios ou nódulos linfáticos afetados têm áreas com células normais, com células de Reed-Stemberg e áreas com fibrose. É o tipo mais comum e ocorre em 60% a 80% dos casos. Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum entre adolescentes e adultos jovens.
  • Subtipo de celularidade mista: apresenta grande quantidade de células de Reed-Stemberg, além de outros tipos de células. Representa de 25% a 30% dos casos e costuma atingir adultos mais velhos
  • Subtipo rico em linfócitos: é raro, geralmente afeta a parte superior do corpo e costuma ser encontrado em poucos gânglios linfáticos.
  • Subtipo de depleção linfocitária: é o subtipo mais raro da forma clássica, o mais agressivo e geralmente diagnosticado em estágios avançados. Costuma atingir gânglios linfáticos do abdome, baço, fígado e medula. Atinge idosos e portadores do HIV.
  • A outra forma de linfoma de Hodgkin é o nodular de predomínio linfocitário, que responde por 5% dos casos e é caracterizado por uma variação das células de Reed-Stemberg, que se assemelham a pipocas e às vezes são chamadas de células pipoca. Ele costuma aparecer em gânglios linfáticos do pescoço e axilar e é tratado de maneira diferente dos tipos clássicos desse linfoma.

A maioria dos pacientes com linfoma de Hodgkin tem entre 15 e 40 anos e, exceto por isso, tem boa saúde. Desse modo, muitas vezes os pacientes não apresentam sintomas por bastante tempo. Em alguns casos, o único sintoma é o aparecimento de nódulos inchados e indolores no pescoço, no tórax, no abdome e na virilha, o que os leva a uma consulta médica e ao diagnóstico.

  • Dor nos gânglios inflamados
  • Suores noturnos intensos, com ou sem febre
  • Febre ou calafrios à noite ou mesmo durante o dia
  • Perda de apetite
  • Perda de peso inexplicável
  • Fadiga ou perda de energia
  • Coceira inexplicável
  • Tosse e dificuldade para respirar ou desconforto no peito, causados por um gânglio linfático grandemente aumentado nessa região
  • Aumento do fígado ou do baço

FATORES DE RISCO

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver câncer, mas isso não quer dizer que você vai ter Linfoma de Hodgkin, que, na maior parte das vezes, se desenvolve em pessoas que não estão em nenhum dos grupos de risco.

Idade: a doença é mais comum em adultos jovens, na faixa dos 15 aos 40 anos, e, depois, em pessoas com mais de 55 anos.

Sexo: o linfoma de Hodgkin é um pouco mais frequente em homens do que em mulheres.

Vírus: o risco é pequeno, mas alguns vírus podem aumentá-lo. A lista inclui o vírus de Epstein-Barr, o da mononucleose e o HIV.

Histórico familiar: se você é filho, irmão ou irmã de alguém que já teve linfoma de Hodgkin, seu risco de também ter a doença pode ser maior.

 

O diagnóstico de linfoma de Hodgkin é feito por meio de biópsia excisional do gânglio linfático, isto é, a remoção do nódulo comprometido e sua análise ao microscópio. As células do linfoma também serão analisadas para determinar de que tipo de linfoma de Hodgkin se trata. Uma punção/biópsia de medula também pode ser necessária, além de exames de sangue, para avaliar função renal e hepática, e teste de função pulmonar.

Os exames por imagem podem incluir raio-X, tomografia, ressonância magnética e PET-CT.

ESTADIAMENTO

O estadiamento é uma forma de classificar a extensão do tumor e se, ou quanto, ele afetou outros órgãos. O sistema de estadiamento do linfoma de Hodgkin é a Classificação de Lugano, que usa algarismos romanos e vai de I a IV. Nos estágios I e II, quando a doença é considerada limitada, a letra E (de Extensão) é acrescentada se o linfoma é encontrado em órgão fora do sistema linfático.

Estágio I (ou estágio inicial)
O linfoma é encontrado em apenas uma área de um gânglio linfático ou em apenas uma área de um órgão do sistema linfático (I); OU
O linfoma é encontrado em apenas uma área de um único órgão do sistema linfático (IE).

Estágio II (ou doença localmente avançada)
O linfoma está em dois ou mais grupos de gânglios linfáticos do mesmo lado (acima ou abaixo) do diafragma; OU
O linfoma é encontrado em um grupo de linfonodos e numa área ou órgão próximos (IIE).

Estágio III (ou doença avançada)
O linfoma é encontrado nas áreas de gânglios linfáticos acima e abaixo do diafragma; OU
O linfoma está nos gânglios linfáticos acima do diafragma e no baço.

Estágio IV (ou doença disseminada)
O linfoma se encontra fora dos gânglios linfáticos em um ou mais órgãos e pode ter atingido os gânglios linfáticos próximos a esses órgãos; OU
O linfoma está em um órgão fora dos gânglios linfáticos e se espalhou para órgãos distantes; OU
O linfoma está presente no pulmão, no fígado ou na medula ou líquido e não atingiu esses órgãos a partir de áreas próximas.

 

quimioterapia é o principal tratamento para o linfoma de Hodgkin e sua duração depende da extensão inicial da doença, podendo variar de três a oito meses de tratamento quimioterápico. A radioterapia é usada após a quimioterapia. A maioria dos linfomas de Hodgkin responde bem a esse tratamento, mas, se isso não ocorrer, o médico pode indicar um transplante de células-tronco (transplante de medula), que pode ser autólogo, quando são usadas células do próprio paciente, ou alogênico, quando a medula vem de doador.

 

 

 

 FONTE:https://accamargo.org.br/sobre-o-cancer/tipos-de-cancer/linfoma-de-hodgkin

https://www.abrale.org.br/doencas/linfomas/

 

ESCLEROSE MÚLTIPLA E ALEITAMENTOImagem de um laço douradoLINFOMA


obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla