Hábitos como o tabagismo e o uso de anticoncepcionais podem ser fatores de risco para a doença
É bem possível e até provável que você conheça o caso de alguém que teve trombose. Doença que ficou ainda mais conhecida devido às possíveis complicações da covid-19, a trombose atinge 180 mil pessoas no Brasil por ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular (SBACV).
O distúrbio acomete o corpo humano por meio da formação de um ou mais coágulos que impedem o fluxo sanguíneo em veias e artérias (trombos), causando sintomas como dor, calor, vermelhidão e rigidez da musculatura na região afetada.
O cirurgião vascular Leonardo Lucas explica que existem diferentes tipos de trombose, de acordo com a área do corpo onde é localizada.
A trombose venosa profunda é o tipo mais frequente, afetando uma ou mais veias profundas, principalmente em membros inferiores. "Quando o trombo se desloca do local onde se originou até o pulmão, ocorre o que chamamos de embolia pulmonar."
O tratamento médico é realizado com anticoagulantes, que evitam a formação e a progressão do trombo, impedindo a obstrução das veias e o agravamento da doença.
A duração depende da gravidade da doença e da causa da trombose. "O diagnóstico precoce reduz as consequências da trombose venosa. Por isso, em qualquer sinal de trombose na perna, o paciente deve buscar a assistência médica."
A cirurgia com técnica minimamente invasiva é indicada em casos específicos, como o da Síndrome de May-Thurner, em que a trombose venosa profunda ocorre por compressão da veia ilíaca esquerda pela artéria ilíaca direita, na região pélvica.
"Fazemos um acesso venoso ecoguiado, realizamos o implante de cateter e a infusão de agentes fibrinolíticos (medicamentos para tratar trombose) que dissolvem o trombo.
Também podemos realizar a trombectomia por cateter, em que retiramos os trombos. Quando a causa da trombose é uma síndrome compressiva, o implante de stent se faz necessário", explica o cirurgião.
Como a trombose pode ser uma doença silenciosa e assintomática, é preciso ter atenção aos pontos de alerta:
- Maior incidência em mulheres
A condição acomete mais as mulheres, mas os homens também podem apresentá-la e precisam estar atentos aos sintomas.
- Fatores de risco
Alguns fatores podem aumentar as probabilidades de trombose, como o histórico familiar, tabagismo, obesidade, uso de anticoncepcional, reposição hormonal, neoplasia (câncer), trombofilias (facilidade em formar coágulos no sangue), alterações hormonais causadas pela gestação e/ou parto, trauma, pós-operatórios, viagens prolongadas, idade (maiores de 60 anos) e varizes nos membros inferiores.
- Sinais
A trombose pode surgir de forma assintomática. No entanto, no pacientes sintomáticos, é comum sentir dor, edema, ardência, vermelhidão, cianose (coloração azul ou arroxeada) e endurecimento da perna. Em caso de embolia pulmonar, o paciente pode apresentar falta de ar, dor torácica e tosse com sangue, entre outros sintomas.
- Dores nas pernas
Dores nas pernas persistentes podem ser um alerta vermelho para a trombose. Em caso de câimbras, dores que pioram ao contrair a musculatura, descoloração da pele ou coloração azulada ou esbranquiçada, procure ajuda médica.
FONTE:https://saberdasaude.com.br/blog/article/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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