Última atualização em 29 de julho de 2021
Apesar de ser o terceiro câncer mais comum nessa faixa etária, apresenta ótimas taxas de cura
Em 15 de setembro é comemorado o Dia Mundial da Conscientização sobre os Linfomas. Esse câncer acomete mais de 12 mil pessoas por ano no Brasil e diagnosticá-lo precocemente é fundamental! Por este motivo, a Abrale criou a campanha #SeToque, que objetiva levar informação sobre os principais sintomas da doença para toda a população.
O linfoma infantil é um tipo de câncer do sistema linfático que se espalha de maneira desordenada. Seus sintomas são muito semelhantes aos sintomas de doenças comuns na infância, por isso é preciso ficar atento. Dar início ao tratamento o mais rápido possível representa uma alta probabilidade de cura.
Esse tipo de câncer ocupa a terceira posição entre cânceres mais comuns nessa faixa etária, os primeiros são os tumores cerebrais e as leucemias. 7% dos cânceres na infância são linfomas não-Hodgkin (LNH), enquanto que os de Hodgkin (LH) representam cerca de 6%.
A grande diferença entre o linfoma infantil e o adulto, é a forma como as crianças respondem ao tratamento. Atualmente, considerando que o diagnóstico seja feito precocemente e o tratamento proposto seja adequado, as taxas de cura são altíssimas. Para o LNH infantil, a cura é alcançada em 70% dos casos e para o LH em 95%!
Segundo a Drª. Camila Maia Diaggi, médica oncologista do Centro Infantil Boldrini, isso acontece porque as células infantis são mais sensíveis às terapias.
“As crianças respondem melhor ao tratamento pois, diferentemente dos adultos, geralmente as células envolvidas são de linhagem embriológica. Dessa forma, elas são mais sensíveis às modalidades terapêuticas hoje empregadas. Os pequenos também toleram melhor seus tratamentos porque, habitualmente, não apresentam comorbidades e hábitos que possam interferir no tratamento oncológico”, diz a médica.
Qual é o linfoma infantil mais comum?
A primeira posição é ocupada pelos linfomas não-Hodgkin de células B. Os mais comuns desse subtipo são o linfoma de Burkitt e o Difuso de Grandes Células B.
Dentro do linfoma infantil, o de Burkkit representa 40% dos casos e tem maior incidência em meninos entre 5 e 10 anos. Muitas vezes, esse tumor se inicia no abdome, mas também pode ser encontrado no pescoço, por meio de caroços na região, e tem crescimento rápido.
Já o Linfoma Difuso de Grandes Células B acomete 15% das crianças e pode aparecer na região torácica, abdome, pescoço e ossos. Assim como o outro, também apresenta crescimento rápido.
Sintomas do linfoma infantil
Da mesma forma que no linfoma adulto, os sintomas no infantil inclui o aumento dos linfonodos (carocinhos duros e indolores), febre, sudorese noturna e perda de peso. Além disso, como o linfoma de Burkkit se origina no abdome, pode causar dor de barriga, náuseas e vômitos.
O grande desafio é que muitos desses sintomas são os mesmos de doenças comuns na infância, como viroses e gripes. Como diferenciar, então?
É preciso ficar atento se esses sintomas duram mais de 7 dias e se eles aparecem em conjunto. “A febre como fator isolado é de difícil interpretação. Normalmente no linfoma, o quadro de febre é constante e de moderada intensidade, principalmente na parte da tarde. Caso ela não passe e ainda apareçam outros sintomas, é importante reportar ao médico para realizar exames”, ressalta a Drª. Camila.
Os melhores tratamentos para o linfoma infantil
Essa decisão depende muito do subtipo do linfoma e da condição clínica do paciente. Mas, no geral, é administrada a quimioterapia juntamente com a radioterapia, contando muito com o suporte das equipes multidisciplinares.
“A chave do sucesso para a cura do linfoma infantil envolve a combinação das diversas terapias como quimioterapia, radioterapia, cirurgia e imunoterapia, com suporte das equipes multidisciplinares. Os centros especializados estão preparados para atender e apoiar os pacientes jovens, formando uma rede de cuidados integrados”, fala a oncologista.
É preciso tomar algum cuidado especial durante o tratamento do linfoma infantil?
“O maior cuidado com o indivíduo jovem é o de cercá-lo do direito a um tratamento adequado”, alerta a especialista.
Como os parentes ou responsáveis assumem o papel de cuidadores, eles precisam respeitar estritamente as orientações médicas. Isso deve acontecer não só durante a internação, mas principalmente quando o paciente estiver em casa. Ou seja, oferecer um ambiente saudável (higienizado e com alimentação adequada) e seguir os retornos ao hospital determinados pela equipe é essencial. Também deve-se buscar atender às necessidades da criança e do adolescente sem esquecer da sua qualidade de vida.
Outro cuidado importante a ser considerado é em relação aos efeitos colaterais tardios que podem ser físicos ou emocionais.
FONTE
https://www.abrale.org.br/doencas/linfomas/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Vc é muito importante para mim, gostaria muito de saber quem é vc, e sua opinião sobre o meu blog,
bjs, Carla