Descubra por que pouco se usa esse exame para o diagnóstico e acompanhamento do linfoma e quais são as alternativas mais eficazes
Atualmente, o mielograma é usado apenas em algumas situações raras e muito específicas para pacientes com linfoma. Isso acontece porque, com o avanço da Medicina, foram desenvolvidos outros testes que são menos invasivos e que permitem realizar tanto o diagnóstico, quanto o acompanhamento do tratamento, com uma boa assertividade.
O mielograma, também conhecido como punção aspirativa da medula óssea, é um exame utilizado para avaliar o funcionamento da medula óssea, ou seja, para analisar se a medula está produzindo as células sanguíneas de maneira saudável.
Esse teste é realizado da seguinte forma:
- O paciente recebe uma anestesia local, na região onde será feito o mielograma
- Faz-se uma punção da medula óssea (como a medula se encontra dentro de alguns ossos, utiliza-se uma agulha específica para alcançar a parte interna do osso)
- O material coletado vai para análise em um laboratório.
O mais comum é que a punção seja feita no osso esterno (tórax), crista ilíaca (bacia) ou, no caso de crianças, na tíbia.
Mielograma para linfoma
Diagnóstico
O Dr. Guilherme Perini, médico Hematologista do Hospital Israelita Albert Einstein, fala que o mielograma não é utilizado com frequência para o diagnóstico de linfoma, mas que pode ser feito para alguns tipos específicos desse câncer, como é o caso do linfoma de zona marginal esplênico.
Entretanto, o método mais realizado para identificar essa doença é a biópsia de algum linfonodo comprometido.
“O mielograma é mais utilizado como forma de determinar o estadiamento, para avaliar envolvimento da medula óssea”, o Dr. Perini explica. Isto é, o teste irá mostrar se a doença está atingindo a medula óssea, ou não.
O médico complementa que, quando há o envolvimento da medula, o resultado tanto desse teste, quanto do exame de imunofenotipagem, demonstra a presença de uma população de linfócitos com fenótipo anômalo.
Porém, o Dr. Perini ressalta que “existe uma tendência atual de se abandonar os estudos de medula em pacientes que fazem PET-CT no estadiamento. Isso acontece especialmente naqueles linfomas que aparecem bastante no PET, como o linfoma de Hodgkin e os linfomas agressivos.”
Tratamento
Raramente, o mielograma é feito para avaliar a resposta do paciente ao tratamento. Novamente, aqui, o PET-CT, ou PET Scan, é mais utilizado, por ser um método que permite uma avaliação bastante precisa.
“Em alguns tipos de doenças linfoides, o médico pode pedir o ‘mielo’ para ver se consegue detectar algo residual na medula óssea, o que chamamos de doença residual mensurável (DRM)”, o Dr. Guilherme Perini esclarece.
FONTE:
https://www.abrale.org.br/doencas/linfomas/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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