Lesões de pressão são áreas de necrose e, frequentemente, de ulceração (também chamadas úlceras de pressão ou escaras) em que as partes moles são comprimidas entre as proeminências ósseas e superfícies duras externas.
Elas são causadas por pressão não aliviada em combinação com fricção, forças de cisalhamento e umidade. Fatores de risco incluem idade 65 anos, circulação prejudicada e perfusão tecidual, imobilização, desnutrição, perda de sensibilidade e incontinência.
A gravidade varia de leve eritema à perda total de tecidos com extensa necrose do tecido subcutâneo. O diagnóstico é clínico.
O prognóstico é excelente nos casos de lesões em estágio inicial; lesões negligenciadas e em estágio tardio têm o risco de infecção grave e são difíceis de cicatrizar. O tratamento é feito por redução da pressão, evitando atritos e forças de cisalhamento e tratamento diligente das feridas. Às vezes, enxertos de pele ou retalhos miocutâneos são necessários para facilitar a cicatrização.
SINAIS E SINTOMAS
As lesões de pressão em qualquer estágio podem ser dolorosas ou pruriginosas, mas não é percebida por pacientes com embotamento da percepção ou sensação.
No estágio 1, as lesões de pressão se manifestam como pele íntegra com eritema que não desaparece à pressão, geralmente sobre alguma proeminência óssea. Alterações da cor não são observadas na pele negra. As lesões são quentes, frias, firmes ou mais sensíveis em relação aos tecidos adjacente ou contralaterais. Uma verdadeira ulceração (defeito da pele que alcança a derme) ainda não está presente. Contudo, a ulceração acontecerá se a evolução for demorada e irreversível.
No estágio 2, as úlceras de pressão são caracterizadas por pele parcialmente densa, com perda da epiderme (erosão ou bolhas) com ou sem ulceração verdadeira (defeito para além do nível da epiderme); o tecido subcutâneo não é exposto. A lesão é rasa, com uma base rosa a vermelho. Não há tecido com crostas ou necrose na base. O estágio 2 também é caracterizado por bolhas íntegras ou parcialmente rompidas por pressão. (NOTA: Causas não relacionadas à pressão da erosão, ulceração ou bolhas, como laceração da pele, queimaduras por esparadrapo, maceração e escoriação são excluídas do estágio 2.)
No estágio 3, as úlceras de pressão se manifestam como perda total da espessura da pele com lesão no tecido subcutâneo que se estendem até (mas sem comprometer) a fáscia subjacente. As úlceras se parecem com uma cratera sem exposição da camada muscular ou do osso subjacente.
No estágio 4, as lesões de pressão se manifestam como perda total da espessura da pele com extensa destruição, necrose tecidual e dano aos músculos, tendões, ossos subjacentes ou outras estruturas de suporte expostas.
Ao estimar a profundidade das lesões de pressão para fins de estadiamento, é importante levar em consideração a localização anatômica, especialmente no caso das úlceras no estágio 3.
Por exemplo, a ponte do nariz, a orelha, o occipúcio e o maléolo não têm tecido subcutâneo e, consequentemente, as lesões de pressão nesses locais serão muito rasas.
Entretanto, ainda assim são classificadas como estágio 3 porque são tão significativas quanto lesões mais profundas de estágio 3 em locais com muito tecido subcutâneo (p. ex., a região sacral).
TRATAMENTO DIRETO DE LESÕES
O tratamento apropriado de lesões é feito com limpeza, desbridamento e curativos.
A limpeza deve ser realizada inicialmente e com cada troca de curativo. Soro fisiológico normalmente é a melhor escolha.
A limpeza frequentemente envolve irrigação em pressões suficientes para remover bactérias sem traumatizar os tecidos; isso pode ser feito com seringas comerciais, frascos em spray ou sistemas eletricamente pressurizados.
A irrigação também pode ajudar a remover tecido necrosado (desbridamento). Alternativamente, utiliza-se seringa de 35 mL e agulha de catéter calibre 18 e IV. A irrigação deve ser contínua até não se desprenderem mais fragmentos. Antissépticos (iodina e água oxigenada) e lavagens antissépticas podem destruir a granulação tecidual saudável e, portanto, devem ser evitados.
O debridamento é necessário para remover tecidos necrosados. O tecido necrosado serve como um meio para o crescimento bacteriano e bloqueia a cicatrização normal de feridas.
- As lesões de pressão pode se desenvolver secundaria à imobilização e hospitalização, particularmente em pacientes idosos, incontinentes ou desnutridos.
- Basear o risco de lesão por pressão em sistemas de escala padronizados, bem como na avaliação por médicos especialiizados.
- Lesões de pressão são estadiadas de acordo com a profundidade, mas dano tecidual pode ser mais profundo e mais grave do que é evidente ao exame físico.
- Avalie pacientes com lesões de pressão à procura de infecção no local da ferida (que às vezes se manifesta como insucesso na cicatrização), fístulas, celulite, disseminação bacteriêmica (p. ex., na endocardite ou meningite), osteomielite e desnutrição.
- Tratar e ajudar a prevenir lesões de pressão reduzindo a pressão cutânea, reposicionando com frequência e utilizando superfícies de proteção com acolchoamento e suporte. Estas podem ser dinâmicas (alimentadas eletricamente) ou estáticas (não alimentadas eletricamente).
- Limpar e aplicar curativos às lesões frequentemente reduz o número de bactérias e facilita a cicatrização.
- Aplicar películas transparentes ou hidrogel, hidrocolóides (se o exsudato é leve a moderado), alginatos ou curativos com espuma.
- Tratar a dor com analgésicos, a infecção local da ferida com antibióticos tópicos e a celulite ou infecções sistêmicas com antibióticos sistêmicos de espectro estreito.
- Fechar cirurgicamente defeitos extensos, especialmente aqueles com exposição de estruturas musculoesqueléticas.
- Otimizar o status nutricional e o tratamento de doenças comórbidas antes da cirurgia.
- Ajudar a prevenir lesões de pressão em pacientes de risco utilizando cuidado meticuloso de feridas, redução da pressão e evitando qualquer imobilização desnecessária.
FONTE:https://web.facebook.com/groups/mentesedemencias/
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abs
Carla
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