Alívio para paciente com câncer
O Ministério da Saúde anunciou ontem que vai ampliar a oferta, na rede
pública de Saúde, do medicamento Rituximabe, para tratamento de linfoma
não-Hodgkin folicular. O câncer é o mesmo que acometeu o ator Reynaldo
Gianecchini, em 2011, e a presidenta Dilma Rousseff, em 2009. Atualmente, o
remédio só é liberado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes com
variações mais agressivas deste tipo de doença.
Com a medida do governo, milhares de pessoas passarão a ser beneficiadas. A
estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que haja cerca de três
mil diagnósticos de linfoma não-Hodgkin no Brasil por ano. O linfoma ocorre
quando glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo, viram
tumores.
O tratamento da doença é realizado por via venosa com uma combinação de
remédios, à qual o Rituximabe deverá ser incorporado. “Ele atinge diretamente as
células cancerígenas, então tem menos efeitos colaterais que os quimioterápicos
normais, que atingem todas as células”, explicou Merula Steagall, presidenta da
Associação Brasileira de Linfona e Leucemia (Abrale).
O uso do medicamento na rede privada pode custar até R$ 25 mil durante todo o
tratamento, que, em média, dura 6 meses. “Nem mesmo todos os planos de saúde
arcam com esse valor”, diz ela.
O Rituximabe está entre os dez medicamentos mais solicitados ao SUS na
Justiça. Desde 2011, foram gastos mais de R$ 3 milhões com o medicamento para
usuários que obtiveram sucesso judical, que também serão beneficiados pelo
anúncio.
A decisão do Ministério da Saúde, publicada no Diário Oficial no último dia
30, foi comemorada por especialistas. “É uma chance ampliada de cura.
Reivindicamos muito isso. O processo de análise do governo demorou, mas vemos a
incorporação com bons olhos”, analisou Merula, destacando a possibilidade de
avanços para pacientes com a doença.
Em abril de 2013, a Associação entregou diretamente ao ministro da saúde,
Alexandre Padilha, mais de 61 mil assinaturas para o Manifesto Contra o Linfoma,
conquistadas após ampla divulgação sobre a importância do medicamento para o LNH
folicular.
Mais casos entre jovens
Devido ao fato de o tumor surgir no sistema linfático, não é possível
realizar cirurgia para retirá-lo. O tratamento é apenas com quimioterapia,
fazendo com que seja considerado mais ‘ameno’ do que outros cânceres. A
percepção, no entanto, é equivocada. “Dependendo do estágio, o tumor pode
atingir outros órgãos por onde o sistema linfático passa, como o pulmão”,
destacou Merula.
O linfoma é mais frequente na terceira idade, mas especialistas afirmam que a
incidência nas pessoas mais jovens está crescendo. É importante, por isso, nunca
subestimar os sintomas. “É comum achar que fadiga, suor noturno e perda de peso
sejam só estresse ou fraqueza. Mas às vezes não é, e a doença está evoluindo”,
alerta.
Fonte: O DIA
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs,
Carla
extraído:http://www.abrale.org.br/
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