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terça-feira, 22 de novembro de 2022

23 – Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil : TIPOS

 

Publicado em 04/06/2022 01h58 Atualizado em 12/06/2022 19h13
 
O hepatoblastoma é o mais comum tumor maligno que surge, primariamente, no fígado de crianças. Ocorre predominantemente abaixo dos três anos, sendo raro após o quinto ano de idade.  É mais comum no sexo masculino. Com o tratamento atual, cerca de 70-80% das crianças podem ser curadas. Os avanços se devem a métodos de imagem modernos, técnicas cirúrgicas sofisticadas, incluindo o transplante hepático e o uso eficiente de regimes de quimioterapia. 
 
    • Sinais e sintomas

      Os sintomas dependem do tamanho do tumor, os mais comuns são: aumento abdominal, perda de peso, perda de apetite, dor abdominal, náuseas e vômitos, febre, aumento das veias abdominais, icterícia (coloração amarelada dos olhos e pele) e puberdade precoce.

 

Neuroblastoma

O neuroblastoma é um câncer que acomete principalmente as crianças menores de 10 anos, incluindo os recém-nascidos e lactentes. A doença surge em geral nas glândulas adrenais, localizadas na parte superior do rim e leva normalmente ao aumento do tamanho do abdome. Pode surgir em outras localizações, como por exemplo, na região paravertebral podendo causar fraquezas em membros.  Algumas vezes a doença pode estar disseminada ao diagnóstico, levando a um quadro de emagrecimento, irritabilidade, palidez, febre e dor óssea.

    • Tratamento

      O tratamento é individualizado, de acordo com as características clínicas e biológicas da doença e pode incluir quimioterapia, cirurgia, radioterapia e até o transplante de medula óssea. A abordagem multidisciplinar é importante para o melhor resultado do tratamento.

 

Osteossarcoma

O osteossarcoma é o tumor maligno ósseo mais frequente na infância e adolescência, comumente associado a dor local, como também alterações ósseas. Devido a sua maior prevalência ser nas pernas, a alteração na marcha é uma das principais queixas.

Como em todos os tipos de câncer, o melhor prognóstico se dá quando o diagnóstico é feito na fase mais precoce da doença, quando as respostas aos tratamentos são mais promissoras.

 

    • O tratamento vem avançando com a abordagem multimodal, utilizando o tratamento sistêmico com quimioterapia, associado com o tratamento local, que inclui a cirurgia.

      O tipo de tratamento local (amputação versus preservação de membro) vai depender da localização do tumor e da resposta ao tratamento. O objetivo é alcançar a cura com melhor qualidade de vida possível.

       

      Rabdomiossarcoma

      Rabdomiossarcoma é um tumor maligno que surge de células que desenvolvem os músculos estriados da musculatura esquelética. Faz parte do grupo de sarcomas de partes moles, sendo o tipo mais comum na infância. Corresponde por 4 a 5% dos tumores malignos na faixa etária pediátrica.

      Os principais locais acometidos são cabeça e pescoço, sistema urinário e extremidades, podendo, ainda, estar espalhado (com metástase) no momento do diagnóstico (cerca de 15 a 25%), sendo os principais locais encontrados: pulmão, medula óssea, linfonodo e ossos.

        • O que aumenta o risco?

          A causa ainda é desconhecida, mas pode estar associado a síndromes familiares, como Síndrome de Li Fraumeni e Neurofibromatose, e anormalidades congênitas (envolvendo o sistema urinário e sistema nervoso central).

        • Sinais e sintomas

          A apresentação clínica varia dependendo do local de origem, mas normalmente aparece uma massa indolor, com crescimento progressivo, sem história de trauma, aderidos na musculatura, medindo mais do que 2cm.

          Outros sinais e sintomas são: proptose ocular (tumor orbitário), obstrução nasal, podendo ocorrer secreção com sangue (localização nasofaringe/rinofaringe), obstrução do conduto auditivo médio com eliminação de pólipos ou secreção com sangue (tumor do ouvido médio), retenção de urina e/ou hematúria (tumor de bexiga ou próstata), aumento do volume da bolsa escrotal/testicular ou secreção vaginal com sangramento.

        • Tratamento

          O tratamento envolve uma abordagem multimodal com quimioterapia, cirurgia e ou radioterapia, dependendo da localização de origem do tumor. Atualmente cerca de 70% dos pacientes sobrevivem por cinco anos ou mais.

          O tratamento deve ser realizado em centros especializados na atenção à criança com câncer, com equipe multiprofissional especializada.

       

      Retinoblastoma

      O retinoblastoma é um tumor maligno originário das células da retina, que é a parte do olho responsável pela visão, afetando um ou ambos os olhos. Geralmente ocorre antes dos 5 anos de idade

        • Sinais e sintomas

          A principal manifestação é um reflexo brilhante no olho doente, parecido com o brilho que apresentam os olhos de um gato quando iluminados à noite. As crianças podem ainda ficar estrábicas (vesgas), ter dor e inchaço nos olhos ou perder a visão.

        • Diagnóstico

          Os casos podem ser diagnosticados por médicos experientes por meio de exame do fundo de olho, com a pupila bem dilatada. Em geral, não se deve realizar biópsias.

          Todos os pacientes devem passar por estudo de aconselhamento genético para identificação de casos que são hereditários.

          Se outras pessoas da família já tiveram o tumor, as crianças devem ser examinadas por um oftalmologista experiente desde a hora do nascimento, e durante os primeiros anos de vida, para que o diagnóstico seja o mais precoce possível.

        • Tratamento

          Os tumores pequenos podem ser tratados com métodos especiais, que permitem que a criança continue a enxergar normalmente. Nos casos mais avançados, o olho pode precisar ser retirado e a criança pode precisar de quimioterapia e/ou radioterapia.

           

       





      obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

      abs

      Carla

      https://www.gov.br/inca/pt-br

      https://bvsms.saude.gov.br/


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