O câncer de estômago também é chamado de câncer gástrico
O câncer de estômago também é chamado de câncer gástrico. O tipo adenocarcinoma é responsável por cerca de 95% dos casos de tumor do estômago.
Outros tipos de tumores, como linfomas e sarcomas, também podem ocorrer no estômago. Os linfomas são diagnosticados em cerca de 3% dos casos. Sarcomas são tumores raros, iniciados nos tecidos que dão origem a músculos, ossos e cartilagens. Um tipo que pode afetar o estômago é o tumor estromal gastrointestinal, mais conhecido como GIST.
O adenocarcinoma de estômago atinge, em sua maioria, homens por volta dos 60-70 anos. Cerca de 65% dos pacientes têm mais de 50 anos.
Atenção: As informações neste portal pretendem apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação no Serviço de Saúde.
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Estatísticas
Estimativas de novos casos: 21.230, sendo 13.360 homens e 7.870 mulheres (2020 - INCA); e
Número de mortes: 13.850, sendo 8.772 homens e 5.078 mulheres (2020 - Atlas de Mortalidade por Câncer - SIM).
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O que aumenta o risco?
- Excesso de peso e obesidade
- Consumo de álcool
- Consumo excessivo de sal, alimentos salgados ou conservados no sal
- Tabagismo
- Ingestão de água proveniente de poços com alta concentração de nitrato
- Doenças pré-existentes, como anemia perniciosa, lesões pré-cancerosas (como gastrite atrófica e metaplasia intestinal) e infecções pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori)
- Combinação de tabagismo com bebidas alcoólicas ou com cirurgia anterior do estômago
- Exposição ocupacional à radiação ionizante, como raios X e gama, em indústrias ou em instituições médicas
- Exposição de trabalhadores rurais a uma série de compostos químicos, em especial agrotóxicos
- Exposição ocupacional, na produção da borracha, a vários compostos químicos, muitos classificados como reconhecidamente cancerígenos, como benzeno, óleos minerais, produtos de alcatrão de hulha, compostos de zinco e uma série de pigmentos
- Ter parentes de primeiro grau com câncer de estômago
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Como prevenir?
Para prevenir o câncer de estômago recomenda-se manter o peso corporal dentro dos limites da normalidade, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e de alimentos salgados e preservados em sal.
Também é importante não fumar.
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Sinais e sintomas
Não há sintomas específicos do câncer de estômago. Porém, alguns sinais, como perda de peso e de apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto abdominal persistente podem indicar tanto uma doença benigna (úlcera, gastrite, etc.) como um tumor de estômago. Durante o exame físico, o paciente com câncer pode sentir dor no momento em que o estômago é palpado.
Sangramentos gástricos são incomuns no câncer de estômago, entretanto, o vômito com sangue ocorre em cerca de 10% a 15% dos casos. Também podem surgir sangue nas fezes, fezes escurecidas, pastosas e com odor muito forte (indicativo de sangue digerido).
Massa palpável na parte superior do abdômen, aumento do tamanho do fígado e presença de íngua na área inferior esquerda do pescoço e nódulos ao redor do umbigo indicam estágio avançado da doença.
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Detecção precoce
A detecção precoce do câncer é uma estratégia para encontrar um tumor em fase inicial e aumentar a chance de tratamento bem sucedido.
A detecção pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos em pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com exames periódicos em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
Não há evidência científica de que o rastreamento do câncer de estômago traga mais benefícios do que riscos e, portanto, até o momento, ele não é recomendado.
Já o diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados no tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas como:
- Massa (tumor) na parte superior do abdômen
- Dor na parte superior do abdômen
- Perda de peso e de apetite
- Refluxo e indigestão
Na maioria das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.
O diagnóstico é feito pela endoscopia digestiva alta. Para realizar esse exame, o paciente recebe sedação e é aplicado anestésico na região da garganta. A seguir, um tubo é introduzido pela boca. A endoscopia digestiva alta permite ao médico visualizar o esôfago e o estômago, além de fazer biópsias (retirada de pequenos fragmentos do tecido). O material da biópsia é enviado a um laboratório para que seja confirmado (ou não) o diagnóstico de tumor maligno e definido qual o tipo de tumor.
Caso o diagnóstico de câncer gástrico seja confirmado, geralmente é necessária a realização de tomografias computadorizadas para avaliar a extensão do tumor. Em alguns casos, quando o câncer parece ser de estágio mais inicial, pode ser solicitada ultrassonografia endoscópica (exame semelhante à endoscopia digestiva alta, em que na ponta do tubo introduzido pela garganta há um aparelho de ultrassom).
Biópsia para Diagnóstico do Câncer de Estômago
- Equipe Oncoguia
- - Data de cadastro: 24/05/2014 - Data de atualização: 01/09/2020
Quando uma área suspeita é encontrada durante a endoscopia ou em um exame de imagem, a única maneira de saber com certeza se realmente é um câncer é realizando uma biópsia. Durante a biópsia, o médico coleta uma amostra da área anormal, que é enviada ao laboratório de patologia para análise.
As biópsias do câncer de estômago são frequentemente realizadas durante uma endoscopia digestiva alta. Se o médico visualiza áreas anormais no revestimento do estômago durante o procedimento, são inseridos instrumentos para biopsiar essas áreas.
Alguns tipos de câncer de estômago estão localizados mais profundamente na parede do estômago, dificultando a biópsia por endoscopia. Se o médico suspeita que o tumor possa estar numa região mais profunda da parede do estômago, é utilizado o ultrassom endoscópico para guiar a agulha de biópsia até a parede do estômago e coletar uma amostra do tecido.
As amostras de tecido para biópsia também podem ser retiradas de possíveis áreas de disseminação da doença, como linfonodos próximos ou áreas suspeitas em outras partes do corpo.
Análise das amostras
A análise da amostra retirada durante a biópsia visa confirmar (ou não) a presença do câncer, em caso positivo, determinar o tipo, por exemplo, se é adenocarcinoma, tumor carcinoide, tumor estromal gastrointestinal ou linfoma.
Mais testes podem ser necessários se uma amostra contiver determinados tipos de células cancerígenas. Por exemplo, o tumor pode ser verificado se a proteína HER2 está presente. Os tumores com níveis aumentados de HER2 são chamados HER2 positivos.
Os cânceres de estômago que são HER2-positivos podem ser tratados com medicamentos que têm como alvo a proteína HER2, como o trastuzumabe.
A amostra de biópsia pode ser avaliada de duas maneiras diferentes:
- Imunohistoquímica. Neste
exame, anticorpos especiais que identificam a proteína HER2 são
aplicados na amostra, fazendo com que as células mudem de cor, se muitas
cópias dessa proteína estiverem presentes. Essa mudança de cor pode ser
visualizada ao microscópio. Os resultados deste exame são apresentados
como 0, 1+, 2+, ou 3+.
- Hibridização fluorescente in situ (FISH). Este exame utiliza peças fluorescentes de DNA que especificamente se aderem às cópias do gene HER2 nas células, podendo então ser contabilizadas sob um microscópio especial.
Geralmente, o exame imunohistoquímico é realizado primeiro:
- Se os resultados forem 0 ou 1+, o câncer é HER2 negativo. Pacientes com tumores HER2 negativo não são tratados com medicamentos que têm como alvo a HER2.
- Se o resultado for 3+, o câncer é HER2 positivo. Os pacientes com tumores HER2 positivos podem ser tratados com medicamentos como o trastuzumabe.
- Quando o resultado é 2+, o estado de HER2 do tumor não está claro. Diante desse resultado, o tumor deverá ser estudado com o método FISH.
O tumor também pode ser verificado quanto à presença da proteína do controle imunológico denominada PD-L1. Se for constatado a presença dessa proteína, o tumor pode ser tratado com um inibidor do controle imunológico, como o pembrolizumabe. Esse tipo de tratamento pode ser administrado se outros tratamentos deixarem de responder.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 14/12/2017, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
Exames de Imagem para Diagnóstico do Câncer de Estômago
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- - Data de cadastro: 24/05/2014 - Data de atualização: 01/09/2020
Os principais exames utilizados para o diagnóstico ou estadiamento do câncer de estômago são:
- Série gastrointestinal superior
É um exame de raios X para avaliar o esôfago, estômago e a primeira parte do intestino delgado. Esse exame é usado com menos frequência do que a endoscopia no diagnóstico do câncer de estômago ou outras doenças gástricas, pois pode deixar passar algumas áreas anormais e não permitir que o médico faça uma biópsia. Mas é menos invasivo do que a endoscopia e pode ser útil em algumas situações.
Esse exame é realizado utilizando contraste de bário, que ao ser ingerido cobre o revestimento do esôfago, estômago e intestino delgado. Como os raios X não atravessam o bário, é possível delinear quaisquer anormalidades no revestimento destes órgãos.
Uma técnica de duplo contraste pode ser usada para diagnosticar o câncer de estômago em estágio inicial. Com essa técnica, após a ingestão da solução de bário, um tubo fino é inserido até o estômago e bombeado ar, tornando o revestimento de bário fino, de modo que até pequenas anormalidades possam ser visualizadas.
- Tomografia computadorizada
A tomografia computadorizada é uma técnica de diagnóstico por imagens que usa a radiação X para visualizar pequenas fatias de regiões do corpo, por meio da rotação do tubo emissor de raios X ao redor do paciente. O equipamento possui uma mesa de exames onde o paciente fica deitado para a realização do exame. Esta mesa desliza para o interior do equipamento, que é aberto, não gerando a sensação de claustrofobia.
A tomografia computadorizada permite confirmar a localização do câncer, e também se o tumor se disseminou para órgãos próximos, como o fígado, bem como para os linfonodos ou outros órgãos distantes do corpo. A tomografia computadorizada pode determinar a extensão (estadiamento) da doença e se a cirurgia pode ser uma opção de tratamento.
A tomografia pode ser utilizada para guiar com precisão o posicionamento de uma agulha de biópsia em uma área suspeita de ter uma lesão cancerígena.
- Ressonância magnética
A ressonância magnética é um método de diagnóstico por imagem, que utiliza ondas eletromagnéticas para a formação das imagens. Este exame, permite uma avaliação dos órgãos internos sem a utilização de raios X.
- Tomografia por emissão de pósitrons (PET )
A tomografia por emissão de pósitron mede variações nos processos bioquímicos, quando alterados por uma doença, e que ocorrem antes que os sinais visíveis da mesma estejam presentes em imagens de tomografia computadorizada e ressonância magnética. O PET scan usa radiofármacos emissores de pósitrons de meia-vida curta para o diagnóstico de possíveis áreas de disseminação da doença em todas as áreas do corpo simultaneamente.
Alguns equipamentos recentes podem fazer PET e tomografia computadorizada simultaneamente (PET CT scan), o que permite uma visualização mais detalhada.
O PET, às vezes, é útil se o seu médico acredita que a doença esteja disseminada. A imagem não é detalhada como uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética, mas fornece informações úteis sobre todo o corpo. Embora o PET possa ser útil para diagnosticar áreas de disseminação da doença, nem sempre é eficaz para determinados tipos de câncer de estômago porque esses tipos não absorvem a glicose.
- Radiografia de tórax
Este exame é realizado para verificar se a doença se disseminou os pulmões. O exame de raios X de tórax também pode determinar a existência de doença cardíaca ou pulmonar. Esse exame não é necessário se uma tomografia computadorizada de tórax for realizada.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 14/12/2017, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
Laparoscopia no Diagnóstico do Câncer de Estômago
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- - Data de cadastro: 24/05/2014 - Data de atualização: 01/09/2020
A laparoscopia geralmente é realizada após o diagnóstico do câncer de estômago. Embora a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética possam mostrar imagens detalhadas do interior do corpo, podem perder alguns tumores, especialmente se forem muito pequenos. Os médicos muitas vezes solicitam uma laparoscopia antes da cirurgia para confirmar se o câncer de estômago ainda está confinado ao estômago e se pode ser completamente removido cirurgicamente. Também pode ser realizada antes da quimioterapia e/ou radioterapia se estiver planejada antes da cirurgia.
Neste procedimento, um laparoscópio, tubo fino e flexível, é inserido no paciente através de uma pequena abertura cirúrgica no abdome. O laparoscópio tem uma pequena câmara na extremidade, que permite a visualização do interior do abdome em um monitor de televisão, permitindo ao médico uma avaliação detalhada das superfícies dos órgãos e linfonodos próximos. Este procedimento é realizado sob anestesia geral.
Às vezes, a laparoscopia é combinada com o ultrassom para proporcionar uma melhor imagem do tumor.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 14/12/2017, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
Exames de Laboratório para Diagnóstico do Câncer de Estômago
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- - Data de cadastro: 30/08/2017 - Data de atualização: 01/09/2020
Para o diagnóstico do câncer de estômago, o médico pode solicitar ainda, hemograma completo para diagnosticar a presença de anemia, que pode ser provocada por sangramento do estômago. Também pode ser solicitado um exame de sangue oculto nas fezes.
Após o diagnóstico do câncer de estômago, especialmente se o paciente vai para cirurgia, o médico poderá pedir outros exames, como bioquímica sanguínea para garantir que o fígado e as funções renais estão normais. Se a cirurgia está planejada ou se o paciente for fazer uso de medicamentos que possam afetar o coração, serão solicitados também um eletrocardiograma e um ecocardiograma para certificação do pleno funcionamento do órgão.
Texto originalmente publicado no site da American Cancer Society, em 14/12/2017, livremente traduzido e adaptado pela Equipe do Instituto Oncoguia.
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abs
Carla
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