Berna Almeida II
Quem
passa o maior estresse do mundo ao cuidar de uma pessoa com Alzheimer?
Quem fica preocupada? Quem pode sofrer por causa dos dias agitados,
noites mal dormidas?
Para
falar a verdade, o estresse do cuidador e dos familiares é muito… muito
maior do que o estresse do próprio paciente, que está sem memória e
crítica suficientes para perceber o que se passa a seu redor.
Neste
tipo de doença, mais do que nunca, os neurologistas devem ter a atenção
redobrada em QUEM CUIDA dos pacientes… Senão, quem adoece depois são
eles, as famílias e os cuidadores. E tudo pode piorar.
Aos
cuidadores, familiares, pessoas que moram ou convivem com pacientes que
tem o diagnóstico de Demência por Doença de Alzheimer, ou outros tipos
de demência menos comuns, abaixo relaciono uma listinha do que devemos e
do que não devemos fazer no cuidado diário destas pessoas.
Tudo isso
para facilitar a sua vida, e minimizar maiores estresses para ambos
(paciente e quem cuida).
TAREFAS DA VIDA DIÁRIA: DEIXÁ-LOS DEPENDENTES, OU INDEPENDENTES?!
Nos
estágios mais leves e iniciais, os cuidadores e familiares podem, e
DEVEM!!! Devem tentar manter os portadores de demências o máximo
independente e autônomos possíveis, respeitando, é claro, o que poderão
realizar de atividades de vida diária.
A
reação inicial, por instinto protetor, e como forma de cuidar, proteger
ou ajudar, poderia ser, por exemplo, tentar sempre fazer tudo o que é
possível, no lugar do doente, da pessoa com demência!!! Está errado!
O
cuidar é mais complexo nestes casos. Às vezes, melhor cuidar significa
tentar fazer a pessoa doente executar e completar aquela tarefa…
ajudando-a apenas quando é preciso. Portanto, a seguir relatamos algumas
dicas super importantes:
NO DIA-A-DIA…
* Crie uma rotina
– Planejando o dia, os horários, de alimentar-se, almoçar, tomar os
remédios, banhar-se, vestir-se, passear na rua, ou no jardim, etc., cria
uma ordem, e menor confusão na mente dos idosos com Alzheimer, ou com
outros tipos de demência.
* “Muita calma nessa hora”
– Ter calma é uma das regras básicas para os cuidadores e famílias de
idosos com demências. É óbvio que eles não irão se vestir no mesmo tempo
que você se veste. Se você ou o cuidador são impacientes, o que
acontecerá?
Você ou quem cuida tenderá a fazer a atividade pela pessoa,
como, por exemplo, se vestir ou escovar os dentes, ou tomar o banho.
Isso cria um ciclo vicioso, onde o doente perderá lentamente a
capacidade de fazer ou ajudar a fazer aquela tarefa.
Você ou o cuidador
pensará: “Ganho tempo vestindo-o mais rápido”. Doce ilusão. Você o
acostumará a não fazer aquilo, e depois de algumas semanas, você terá
mais trabalho, e ele (ou ela) não te ajudará em mais uma coisa, e a
tendência é tudo piorar. É uma verdadeira bola de neve.
Moral
da história? Tenha calma, e deixe que o doente faça o MÁXIMO de coisas
que possa fazer, mesmo que com sua pequena supervisão… confie em mim…
Isso fará com que o declínio para fazer estas tarefas seja mais lento.
* Limite as escolhas possíveis
– Se for o caso de uma escolha de roupas, por exemplo, não mostre o
armário todo, e prefira dar duas opções de camisa ou calça, ou
vestimenta, por exemplo.
O idoso, que já está meio confuso por causa da
doença, irá te agradecer por você facilitar a mente dele. Para mulheres,
por exemplo, não transforme a escolha de um acessório num transtorno;
elimine escolhas como brincos ou colares, cintos ou correntes, etc.
Quanto menores as opções, mais fáceis as escolhas e o trabalho mental
dos doentes, e menor a possibilidade de se criar irritação e confusão
mental, ou agitação nestas horas…
* Oriente instruções simples
– Ao orientar como fazer uma tarefa, não instrua tudo de uma vez. Um
passo de cada vez facilitará o seu trabalho como cuidador, e o
entendimento do paciente. E poderá evitar, inclusive, que este fiquei
nervoso, irritado em não conseguir fazer o que no passado conseguia mais
facilmente.
* Reduza distrações durante uma tarefa
– Ao comer, se possível, desligue a TV; ao vestir o doente, por
exemplo, evite conversar sobre outro assunto; tentar fazer uma tarefa de
cada vez, sem arrumar outras distrações durante aquela ação, facilita o
fazer para o paciente, e agiliza o terminar da tarefa para o cuidador.
* Seja flexível quando precisar mudar algo
– Se o doente não gosta mais daquela comida, ajuste o cardápio; se só
quer agora usar a mesma roupa todos os dias, tente comprar outras roupas
semelhantes, até mesmo iguais, e durante o banho dele, troque a roupa
suja pela nova igualzinha…
Esqueça de tentar convencê-lo do contrário,
quando o doente insistir fixamente naquela ideia. Não se desgaste, nem
desgaste a pessoa doente.
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FONTE:https://www.facebook.com/groups/mentesedemencias/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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