Última atualização em 29 de julho de 2021
Por afetar os glóbulos brancos do sangue, esse quadro faz com que o paciente oncológico esteja mais vulnerável a contrair bactérias e vírus
O quadro da neutropenia durante o tratamento oncológico acontecer quando o paciente apresenta uma queda nos glóbulos brancos do sangue, responsáveis pela defesa do corpo. Ele pode ser diagnosticado por meio do hemograma. Como principal consequência dessa queda está a maior probabilidade do paciente contrair uma infecção grave. Apesar de poder acontecer em qualquer tipo de câncer, esse quadro é mais comum em pacientes de leucemia.
Dr. Hézio Jadir Fernandes Júnior, coordenador da Oncologia Clínica do Leforte Oncologia, explica que a neutropenia é uma complicação causada pela quimioterapia citotóxica. Ou seja, devido à toxicidade das drogas usadas para controlar o processo de multiplicação das células, a neutropenia pode acontecer.
“Neutropenia é a queda dos glóbulos brancos, principalmente os neutrófilos – relacionados à defesa do nosso organismo contra as bactérias. Essa queda do número de células brancas do sangue se dá como uma complicação tanto no tratamento de tumores sólidos, quanto nos tumores hematológicos, como leucemias e linfomas”, diz o Dr. Fernandes.
Dependendo do tipo de tratamento que está sendo utilizado, a neutropenia apresenta um tempo de ciclo diferente. Porém, no geral, depois de alguns dias (3 a 7) da sessão de quimio, os neutrófilos caem, deixando o paciente mais vulnerável. Após, normalmente, 14 dias, eles voltam a subir e, sem seguida, é realizada mais uma sessão do tratamento.
Nesse momento em que a neutropenia está mais aguda e o paciente com maior vulnerabilidade, a preocupação é que ele desenvolva alguma infecção.
“A neutropenia, sobretudo a neutropenia febril, é sinal que o paciente está em processo de infecção bacteriana. Esse, se não tratado a tempo, poderá evoluir para um quadro de infecção generalizada e até óbito”, alerta o especialista.
Prevenindo a neutropenia
Para evitar que o paciente desenvolva a neutropenia grave, existem algumas medidas que podem ser adotadas. Por exemplo, o uso de antibióticos para diminuir o tempo da neutropenia e restaurar mais rapidamente a imunidade. Além disso, mudanças na dosagem da quimioterapia também podem ser utilizadas.
“Podemos fazer ajustes na quantidade da droga quimioterápica empregada. Entretanto, mais comumente usamos medicações que fazem com que os glóbulos brancos caem menos e por menos tempo. Dessa forma, reduzimos a possibilidade de complicações mais sérias”, conta o oncologista.
Como a neutropenia causa uma queda no sistema imunológico, seu principal sintoma acaba sendo a presença de febre.
O Dr. Fernandes orienta que “pacientes em tratamento quimioterápico e que apresentem febre devem procurar pronto-socorros com certa urgência. Para, assim, serem avaliados por médicos e colherem um hemograma com urgência”.
Se for detectado que o paciente está com infecção, ou seja, está com neutropenia febril, ele será tratado com antibióticos. Sendo que administração desse medicamento pode ser via oral, em domicílio, ou endovenoso, com suporte de UTI, dependendo da gravidade.
Neutropenia e leucemia
“Pacientes com leucemia recebem drogas quimioterápicas exatamente voltadas para a destruição das células brancas, que estão doentes nesse câncer. Portanto as próprias células brancas são alvos da quimioterapia, por isso há uma maior queda”, afirma o doutor.
Além disso, a própria neutropenia pode virar leucemia. De acordo com o especialista, quando um paciente com algum outro tipo de tumor é submetido à quimioterapia e apresenta como consequência a neutropenia, pode ser que ele venha a desenvolver uma leucemia como complicação desse primeiro tratamento, já que a duas situações acontecem nos glóbulos brancos.
Saiba mais sobre leucemia aqui.
Como evitar infecções
“Orientamos que pacientes em tratamento de quimioterapia evitem contato com pessoas doentes e aglomerações, por exemplo. Além de evitarem também alimentos crus ou pouco cozidos, que geralmente trazem na sua superfície uma quantidade maior de bactérias. Em alguns casos, pode ser feito uso de máscaras e até mesmo certo grau de isolamento domiciliar”, finaliza o Dr. Hézio Jadir Fernandes Júnior.
FONTE:
https://revista.abrale.org.br/saude/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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