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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Quando o suor noturno é preocupante?

 

ABRALE – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia


A intensidade do suor, embora possa variar, não está totalmente relacionada com a seriedade do caso. É importante observar outros sintomas e fazer uma investigação para entender melhor o que está acontecendo


Nem sempre o suor noturno é preocupante, mas ele pode indicar que há algo acontecendo no corpo, como alterações hormonais, infecções ou até mesmo um câncer. Há algumas formas de diferenciar uma sudorese esperada de uma anormal, mas, para identificar exatamente o que está provocando este sintoma, recomenda-se buscar um clínico geral para realizar análises iniciais.


transpiração é um mecanismo natural do corpo humano, cuja função é regular a temperatura do próprio corpo. Quando o organismo se aquece, independentemente do motivo, o sistema nervoso estimula as glândulas sudoríparas a liberarem o suor, que evapora da superfície da pele, removendo o calor do corpo e ajudando a resfriá-lo. 


Quando a transpiração acontece ao longo da noite, podendo até encharcar o lençol, dá-se o nome de suor noturno ou sudorese noturna.

É válido saber que o suor é composto, principalmente, por água, mas também contém pequenas quantidades de sais e outras substâncias.


Principais causas do suor noturno


  1. Condições do ambiente
  2. Alterações hormonais
  3. Hipoglicemia ou diabetes
  4. Uso de medicamentos
  5. Infecções
  6. Apneia do sono
  7. Cânceres
  8. Hipertireoidismo
  9. Consumo de alimentos termogênicos
  10. Ansiedade ou estresse
  11. Refluxo gastroesofágico
Causas do suor noturno


Saiba mais sobre as causas

Esta é a causa mais comum e a mais fácil de ser resolvida. É preciso lembrar que, nem sempre, o suor noturno está ligado a alguma condição de saúde. Então, a primeira avaliação que deve ser feita é em relação ao ambiente, ou seja, se a temperatura naquele dia está elevada ou ainda se a pessoa está utilizando cobertas e/ou pijamas quentes.

Alterações hormonaisA Drª. 
Fabíola Alves de Santana Borges, geriatra do programa de Oncogeriatria do Hcor, conta que condições como a menopausa (também chamada de climatério) ou tratamentos hormonais, dentre eles a terapia de deprivação androgênica, podem fazer com que a pessoa apresente sudorese noturna.

Uso de medicamentos

Dr. Alexandre Bueno Merlini, médico emergencista e médico assistente da Clínica Médica do Hcor, descreve que há uma série de remédios que tem como efeito colateral o suor noturno. São eles:

  • Medicações antitérmicas (como a dipirona)
  • Anti-hipertensivos
  • Insulina
  • Antidepressivos
  • Inibidores de aromatase (usados em tratamento de alguns tipos de câncer)
  • Insulina e hipoglicemiantes orais (remédios para diabetes)
  • Interferon alfa (usados em tratamentos para hepatite viral) e 
  • Metadona (derivado de morfina)

O Dr. Merlini salienta que “dentre elas, os antidepressivos são os mais frequentes, podendo desencadear sudorese em aproximadamente 10 a 15% dos pacientes que fazem uso.”

CânceresAlguns tipos de câncer, como o 
linfoma e a leucemiatêm o suor noturno como um dos sintomas mais comuns. A Drª. Fabíola ainda diz que alguns cânceres sólidos, como medular de tireoide, próstata, rim e feocromocitoma (tumor secretor da glândula adrenal) também podem causar a transpiração noturna.


Quando o suor noturno é preocupante?

O suor noturno se torna preocupante quando está acompanhado de outros sintomas, como febreperda de apetiteemagrecimento não intencional, fraqueza, calafrios, sintomas respiratórios ou aparecimento de linfonodos aumentados

Por outro lado, a intensidade do suor, ou seja, se ele é mais fraco ou se chega até a molhar a roupa, não é um fator tão preocupante do ponto de vista médico.

Home preocupado com suor noturno

“Em relação à intensidade, a sudorese noturna deve ser investigada quando passa a incomodar a pessoa, em quantidade diferente do habitual, como por exemplo, acordar durante a noite com o lençol molhado, ou ser necessária a troca de roupas. Em casos leves e esporádicos é indicado apenas observação e manejo do desconforto. A investigação das causas do suor noturno é feita se aumenta a intensidade ou frequência ou se surgirem outros sintomas. ”, o Dr. Merlini orienta.

A Drª. Fabíola complementa explicando que não é possível diferenciar se a sudorese noturna está relacionada com uma doença benigna ou maligna somente pelas características da transpiração em si. Então, ela reforça que é preciso estar atento se há a presença de algum outro sintoma, especialmente se a pessoa tiver perda de peso sem motivo aparente, presença de linfonodos aumentados e febre. 








Diagnosticando o motivo do suor noturno

Em primeiro lugar, o paciente precisa contar ao médico um histórico sobre os episódios: há quanto tempo a sudorese tem se manifestado, se há algum outro sintoma etc. Essas informações são indispensáveis para que o médico identifique quais exames solicitar.

Homem fazendo exames para descobrir a causa do suor noturno

“Em seguida realizamos um exame físico detalhado, avaliando a presença de linfonodos palpáveis, emagrecimento, visceromegalias, alterações neurológicas, oculares, na pele ou faringe, além da avaliação cuidadosa da frequência cardíaca, pressão arterial e temperatura”, o Dr. Merlini diz.


Para complementar a investigação, podem ser solicitados exames gerais como hemograma, PCR, função hepática e renal, glicemia de jejum, rotina de urina, sorologia para HIV, coletas de urina e sangue, hormônios da tireoide e sexuais, radiografia de tórax e ultrassonografia de abdome.

De acordo com a Drª. Fabíola, caso haja suspeita de linfoma, deve-se fazer uma  tomografia de tórax. 

“Em situações específicas, biópsia de medula óssea ou dosagem de metanefrinas urinárias pode ser indicado”, ela complementa.









Tratamentos para suor noturno

Tratamentos para suor noturno

O tratamento da sudorese noturna varia conforme a causa do sintoma, podendo incluir medicamentos ou não. Então, geralmente, ao tratar a doença de base, a transpiração diminui ou desaparece. 

“Em caso de condições benignas, o tratamento pode envolver medidas ambientais para controle da temperatura corporal, terapias de reposição hormonal e reeducação alimentar”, a Drª. Fabíola finaliza.



















FONTE:

https://revista.abrale.org.br/saude/


Abril Azul: mês de conscientização do autismo     Dia Nacional de Combate ao Câncer

      

TESTÍCULOESÔFAGODia Mundial do Combate ao Câncer é comemorada anualmente em 8 de abril. |  Camprev

 

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abs

Carla

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