Apesar de não agir somente no câncer e causar efeitos colaterais significativos, ela ainda pode ser a primeira opção. Em alguns casos, a única
Com os avanços da tecnologia na Oncologia, o tratamento quimioterápico passou a ser enxergado pelos pacientes como algo menos eficaz. Mas não é bem assim, já que para certos casos utilizar esse método como primeira linha ainda é a melhor opção. Isso acontece, principalmente, para determinados tipos de cânceres hematológicos e para tumores sólidos que não estão localizados.
Como a quimioterapia atua no tratamento do câncer?
Por não atuar em um local exato, esse tipo de intervenção terapêutica é considerada como tratamento sistêmico. É por esse motivo que alguns efeitos colaterais acontecem, como é o caso da queda de cabelo. Devido às células capilares se multiplicarem com muita velocidade, os quimioterápicos também acabam atuando nelas.
De acordo com o Dr. Pallotta, é possível utilizar o tratamento quimioterápico em diversas situações, que variam conforme a estratégia e esquema da terapia. Sendo que os principais objetivos são curativo, controle do câncer e paliativo.
Na quimioterapia curativa, a meta é erradicar totalmente o câncer. Entretanto, esse termo é utilizado como uma possibilidade ou intenção. Isso porque, não há como garantir que o desfecho será esse, mesmo sendo o alvo.
“Ao administrar um tratamento que tenha a chance de curar o câncer, o médico pode descrevê-lo como tratamento com intenção curativa. Porém, geralmente, leva muitos anos para se ter certeza que um determinado paciente está realmente curado”, diz o doutor.
Por outro lado, se o objetivo for diminuir ou evitar o crescimento do tumor, considera-se que o tratamento é feito para controle da doença. Dessa forma, o paciente pode ter uma melhor qualidade de vida e um aumento na sobrevida. Assim, o câncer acaba se transformando em uma doença crônica.
A quimioterapia paliativa, utilizada em tumores em estágios avançados, foca mais no paciente e também tem como objetivo melhorar os sintomas e a qualidade de vida.
Quando o tratamento quimioterápico é a primeira escolha?
“No caso de neoplasias hematológicas, como as leucemias, a maioria dos linfomas e o mieloma, esta abordagem terapêutica ainda é a primeira escolha. Embora com características extremamente diferentes, têm em comum um componente sistêmico da linhagem celular envolvida”, o Dr. Pallotta conta.
Já para os câncer sólidos, esse método também pode ser utilizado como tratamento de primeira linha e até único. Entretanto, na maioria das vezes, é realizado em conjunto com a radioterapia e/ou cirurgia. Se administrado antes, para diminuir o tamanho da massa tumoral, recebe o nome de terapia neoadjuvante. Porém, caso a quimio seja administrada após, para destruir as células cancerígenas restantes, é chamada de terapia adjuvante.
O médico ressalta que “em alguns casos, a melhor escolha das doses e horários para cada tratamento quimioterápico é clara. Assim, o recomendado é um tratamento padrão já estabelecido em protocolos clínicos. Em outros casos, quando não existe ainda uma padronização para a forma de tratamento de determinado tipo de câncer e estágio da doença, o médico pode estabelecer uma combinação de medicamentos e horários de administração. ”
Futuro do tratamento quimioterápico
No caso da leucemia mieloide crônica, por exemplo, foi identificado que a célula doente produz a proteína TK.Para ter uma ação sobre a célula cancerosa, é preciso ter um receptor para que esta proteína se adapte e dê a partida no sistema de descontrole da célula, a fechadura. Se for possível tapar esta fechadura, evitando que a chave entre, se bloqueia este sistema doente.
Dessa forma, foi criado um inibidor específico que bloqueia a estrutura que recebe essa proteína. Assim, a chave, a proteína TK, não consegue entrar na fechadura (receptor TK na célula), pois o inibidor bloqueia o sistema evitando desencadear uma série de mecanismos celulares.
“Progressivamente, o tratamento quimioterápico pode ser substituído por terapias direcionadas, ou também chamadas terapias-alvo. Não vejo as pessoas sendo tratadas daqui a 50 ou 60 anos com quimioterapia, pelo menos do modo que a conhecemos hoje”, o Dr. Ronald Pallotta finaliza.
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abs
Carla
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