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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

A DEMÊNCIA E A INCONTINÊNCIA

 

 

A demência é uma síndrome que pode ser provocada por diversas causas, e as formas mais frequentes são a doença de Alzheimer, a demência Vascular e as formas mistas.

A incontinência urinária é, por sua vez, uma patologia comum entre pessoas diagnosticadas com demência. Uma das grandes síndromes geriátricas associada à demência é a incontinência urinária, e define-se síndrome - na medicina - como o conjunto de sintomas e sinais que coexistem em determinada doença e que a definem clinicamente.

A percentagem de pessoas doentes com este problema varia entre 50% dos indivíduos que permanecem em comunidade e mais de 80% das pessoas que recebem cuidados em instituições residenciais.

A incontinência urinária pode ter uma longa evolução, é um parâmetro usado para classificar em graus de gravidade a demência, tem um impacto significativo na saúde e na área social e económica e é uma das causas de institucionalização.

Tanto o comprometimento cognitivo quanto a incontinência urinária podem por si só alterar a qualidade de vida, mas quando coexistem o impacto na qualidade de vida da pessoa e nos seus cuidadores é exponencial.

SUGESTÕES

1)    Lembre-se de que as pessoas com deficiência cognitiva têm dificuldades na comunicação verbal, podem esquecer-se de ir ao quarto de banho e confundir a localização dessa divisão da casa.

2)   A história farmacológica de uma pessoa com demência e incontinência urinária deve ser analisada sistematicamente. Certos medicamentos muito utilizados (antidepressivos, antipsicóticos e inibidores da acetilcolinesterase) podem ser causas de incontinência.

3)   Lembre-se que as drogas anticolinérgicas frequentemente utilizadas no tratamento da incontinência urinária (oxibutinina, tolterodina) podem ter como efeito colateral o desenvolvimento de desordens cognitivas ou agravamento das mesmas.

4)   A existência de distúrbio na marcha, deterioração cognitiva e incontinência urinária devem ser relatados ao médico para estudos e exames complementares.

5)   Pessoas pacientes com comprometimento cognitivo tendem a ter uma diminuição das defesas do sistema imunológico, e por essa razão são muito frequentes infeções, incluindo infeções urinárias. Consequentemente, essa possibilidade deve ser rastreada.

6)   As medidas aconselhadas par​​a pessoas com incontinência urinária também são úteis para pessoas com demência.

7)   Uma boa opção terapêutica para pessoas pacientes com incontinência urinária estabelecida, é o uso de absorventes de dia e de noite. 

8)   Podem e devem ser estabelecidos pogramas e cronogramas de dejeção a cada duas horas, especialmente quando a pessoa se encontra em fase muito avançada de demência e está imobilizada. Pretende-se manter o estímulo da função de continência.

 



Fontes:

http://abs.bimedica.com/demencia-e-incontinencia-por-doctor-pedro-gil

https://www.segg.es/actualidad-segg/2019/01/08/mayores-demencia-incontinencia

Dicionários da Porto Editora


By Fernando Delfim Braga e Couto de Azevedo



obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla 

https://www.cuidador.pt/


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