A demência é uma síndrome que pode ser provocada por diversas causas, e as formas mais frequentes são a doença de Alzheimer, a demência Vascular e as formas mistas.
A incontinência urinária é, por sua vez, uma patologia comum entre pessoas diagnosticadas com demência. Uma das grandes síndromes geriátricas associada à demência é a incontinência urinária, e define-se síndrome - na medicina - como o conjunto de sintomas e sinais que coexistem em determinada doença e que a definem clinicamente.
A percentagem de pessoas doentes com este problema varia entre 50% dos indivíduos que permanecem em comunidade e mais de 80% das pessoas que recebem cuidados em instituições residenciais.
A incontinência urinária pode ter uma longa evolução, é um parâmetro usado para classificar em graus de gravidade a demência, tem um impacto significativo na saúde e na área social e económica e é uma das causas de institucionalização.
Tanto o comprometimento cognitivo quanto a incontinência urinária podem por si só alterar a qualidade de vida, mas quando coexistem o impacto na qualidade de vida da pessoa e nos seus cuidadores é exponencial.
SUGESTÕES
1) Lembre-se de que as pessoas com deficiência cognitiva têm dificuldades na comunicação verbal, podem esquecer-se de ir ao quarto de banho e confundir a localização dessa divisão da casa.
2) A história farmacológica de uma pessoa com demência e incontinência urinária deve ser analisada sistematicamente. Certos medicamentos muito utilizados (antidepressivos, antipsicóticos e inibidores da acetilcolinesterase) podem ser causas de incontinência.
3) Lembre-se que as drogas anticolinérgicas frequentemente utilizadas no tratamento da incontinência urinária (oxibutinina, tolterodina) podem ter como efeito colateral o desenvolvimento de desordens cognitivas ou agravamento das mesmas.
4) A existência de distúrbio na marcha, deterioração cognitiva e incontinência urinária devem ser relatados ao médico para estudos e exames complementares.
5) Pessoas pacientes com comprometimento cognitivo tendem a ter uma diminuição das defesas do sistema imunológico, e por essa razão são muito frequentes infeções, incluindo infeções urinárias. Consequentemente, essa possibilidade deve ser rastreada.
6) As medidas aconselhadas para pessoas com incontinência urinária também são úteis para pessoas com demência.
7) Uma boa opção terapêutica para pessoas pacientes com incontinência urinária estabelecida, é o uso de absorventes de dia e de noite.
8) Podem e devem ser estabelecidos pogramas e cronogramas de dejeção a cada duas horas, especialmente quando a pessoa se encontra em fase muito avançada de demência e está imobilizada. Pretende-se manter o estímulo da função de continência.
Fontes:
http://abs.bimedica.com/demencia-e-incontinencia-por-doctor-pedro-gil
https://www.segg.es/actualidad-segg/2019/01/08/mayores-demencia-incontinencia
Dicionários da Porto Editora
By Fernando Delfim Braga e Couto de Azevedo
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://www.cuidador.pt/
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