De acordo com os dados fornecidos à Sociedade Espanhola de Neurologia por ocasião do evento “a doença de Alzheimer no mundo” realizada no dia 21 de setembro de 2017, entre 30 a 40 por cento das pessoas com Alzheimer não têm a doença diagnosticada, e apenas 20 por cento dos casos são detetados numa fase ainda inicial.
Quanto mais cedo se detetar a doença, mais cedo se iniciam os tratamentos, a formação da família cuidadora, e mais tempo a pessoa tem para tomar decisões relativas ao seu futuro. Os sintomas iniciais de demência podem passar despercebidos em particular na doença de Alzheimer. Os atuais medicamentos para esta forma de demência também são mais eficazes no estágio inicial. O diagnóstico precoce resulta na redução da repercussão social e no impacto económico da doença. Quando surge a suspeita de que um familiar tem sinais de demência e não apenas alguns sintomas normais de envelhecimento, deve ser marcada uma consulta médica.
A escala Mini Mental State Examination (MMSE) é um teste muito utilizado em rastreios de demências ou defeito cognitivo leve devido à sua fácil aplicação.
Outra escala muito eficaz, mas menos utilizada, é a Montreal Cognitive Assessment (MoCA). A Montreal Cognitive Assessment é um teste de avaliação cognitivo, que inclui 30 pontos, leva cerca de 10 minutos a realizar e não exige que o médico tenha um treino especial.
A escala MoCA diferencia-se do MMSE porque testa uma variedade de funções cognitivas, enquanto o MMSE analisa principalmente a memória. A escala MoCA é melhor na deteção de demência na fase inicial porque é um teste mais sensível.
O teste MoCA analisa as seguintes funções cognitivas:
· Capacidade de processar e compreender informações visuais sobre a localização de objetos
· Funções executivas
· Comunicação verbal
· Memória de curto prazo
· Atenção
· Concentração
· Memória de trabalho
· Consciência do tempo e do lugar
O teste MOCA deteta mais facilmente que o MMSE as seguintes patologias:
· Demência de Parkinson
· Demência vascular
· Lesão cerebral traumática (resultado muitas vezes de quedas)
· Doença de Huntington
· Tumores cerebrais
· Esclerose múltipla
A Associação Alzheimer Internacional (ADI) defende que todos os países deviam ter um plano estratégico anti-alzheimer para melhorar o diagnóstico, tratamento, gestão de recursos, e fomento da investigação. Na Europa, só a França, Grã-Bretanha e Alemanha é que dispõem de um plano semelhante.
Cerca de 25 milhões de pessoas padecem da doença de Alzheimer a nível mundial, e a tendência é este número aumentar devido ao envelhecimento demográfico.
Os fatores de risco são os seguintes:
· Demografia.
· Idade avançada (a prevalência é inferior a 2% na faixa etária entre 65 e 69 anos, mas essa percentagem duplica em cada 5 anos, chegando a 10-17% no grupo de 80 a 84 anos e atingindo valores de 30% acima dos 90 anos. No entanto a realização de atividades preventivas permite que o desenvolvimento da doença de Alzheimer seja atrasado).
· Sexo feminino.
· Analfabetismo.
· Antecedentes médicos (principalmente relacionados com doenças cardiovasculares: diabetes, tabaquismo, hipertensão arterial, aumento de colesterol).
· Depressão.
· Menopausa.
Esta doença não tem cura, mas existem quatro fármacos com alguma eficácia na melhoria dos sintomas cognitivos e comportamentais. Tratam-se de medicamentos que podem atrasar em alguns anos a evolução dos sintomas.
O problema é que a doença pode ter uma forma de aparição variada e possui uma evolução gradual, o que dificulta a distinção dos primeiros sintomas de Alzheimer das mudanças próprias da idade. É preciso que a família tenha a noção que a idade avançada não justifica a falha de memória cotidiana, repetida e persistente.
Fontes:
http://dailycaring.com/testing-for-dementia-the-montreal-cognitive-assessment-moca/
http://dailycaring.com/testing-for-dementia-the-mini-mental-status-exam/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://www.cuidador.pt/
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