A dieta com restrição de tempo pode ajudar a perder peso e melhorar os indicadores de saúde. Este método de alimentação é uma forma de jejum intermitente na qual se fazem todas as refeições numa janela de tempo que pode variar de duas a oito horas, ficando-se em jejum nas restantes horas.
Um estudo piloto publicado esta semana no Cell Metabolism revela pela primeira vez os efeitos desse tipo de dieta em pessoas que foram diagnosticadas com síndrome metabólica. Restringir o tempo das refeições às 10 horas é uma intervenção eficaz para ajudar pacientes com pré-diabetes, hipertensão ou colesterol alto. Foi constatado numa amostra de 19 participantes que as pessoas perderam peso e melhoraram em alguns desses sintomas. A maioria deles eram obesos e 84% consumiam pelo menos um medicamento como uma estatina ou um anti-hipertensivo.
Nos três meses que durou o estudo, os 19 participantes decidiram a que horas comiam e o que comiam, desde que todo o consumo de alimentos ocorresse dentro de um período 10 horas. Genericamente as pessoas optaram por tomar o pequeno almoço duas horas depois de acordarem e jantar cerca de três horas antes de irem para a cama.
A síndrome metabólica é um conjunto de fatores de risco, essencialmente cardiovasculares, que têm por base a obesidade abdominal. Os indivíduos portadores desta síndrome estão em risco de desenvolver doença cardiovascular (ataque cardíaco e AVC) e diabetes, mesmo quando os fatores de risco estão apenas ligeiramente elevados. A síndrome metabólica não dá sintomas e tem como único sinal a presença de um abdómen proeminente. Afeta mais de um terço da população portuguesa adulta.
O diagnóstico de síndrome metabólica pode ser feito quando estão presentes pelo menos três fatores dos cinco seguintes:
1) Obesidade abdominal – perímetro abdominal que exceda 102cm no homem e 88cm na mulher indica gordura abdominal em excesso;
2) Trigliceridos iguais ou superiores a 150mg/dl;
3) Colesterol HDL igual ou inferior a 40 mg/dl no homem e a 50 mg/dl na mulher;
4) Tensão arterial igual ou superior a 135/85 mmHg;
5) Glicemia em jejum igual ou superior a 100 mg/dl.
Após as 12 semanas de duração do estudo verificaram-se os seguintes resultados nas 19 pessoas da amostra:
· Diminuição de peso;
· Diminuição do índice de massa corporal (IMC);
· Diminuição da gordura abdominal/visceral;
· Diminuição do colesterol;
· Diminuição da pressão arterial;
· Melhoria do valor da glicemia em jejum;
· Melhoria da qualidade e da quantidade de sono;
· Melhoria do nível de energia.
Obviamente que quem está a pensar experimentar o jejum intermitente deve em primeiro lugar consultar o médico, porque a perda peso obriga a verificação sobre a necessidade de ajuste da medicação.
É também de referir a necessidade de realização de estudos maiores para se verificarem as consequências a longo prazo desta forma de alimentação.
Fontes:
http://www.fpcardiologia.pt/sindrome-metabolica/
By Fernando Delfim Braga e Couto de Azevedo
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://www.cuidador.pt/
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