Devido ao poder de marketing da poderosa indústria farmacêutica, e ao aumento da prevalência de doenças crónicas nas pessoas de maior idade, a utilização de medicamentos nesse grupo etário é atualmente uma epidemia.
Os idosos estão mais expostos a terem reações adversas à toma de medicamentos porque com o envelhecimento a capacidade funcional dos órgãos diminui.
Essa alteração funcional acontece de forma diferenciada de órgão para órgão, e de pessoa para pessoa.
O cérebro é um dos órgãos que em condições de envelhecimento sem patologias (envelhecimento fisiológico, primário, bem-sucedido) menos perda funcional tem.
Os rins e o fígado possuem funções de metabolização (fígado) e excreção (rins) de resíduos (como por exemplo de metabolitos de medicamentos).
Caso a pessoa tenha doenças crónicas como diabetes, colesterol alto ou hipertensão, a diminuição da capacidade funcional destes dois órgãos pode significar um risco para a saúde em situações de polifarmácia.
A alteração da composição do sangue, a diminuição da quantidade de água no organismo e o aumento de gordura que acontecem naturalmente com o envelhecimento são outras situações que aumentam o risco de intoxicação provocada pelos metabolitos dos medicamentos (principalmente em situação de polifarmácia).
Define-se polifarmácia como a ingestão de pelo menos cinco medicamentos por dia, e ela representa um risco potencial acrescido para a saúde dos seniores devido ao perigo de sobredosagem e interacções medicamentosas perigosas.
Por todos estes motivos é necessário ajudar os familiares mais idosos a tomarem os seus medicamentos de forma segura.
Para facilitar o controlo e a monitorização da medicação e a fim de evitar erros, é recomendável o uso de um plano que contenha o nome do medicamento, hora de cada toma, a dose e se há algum tipo de alergia.
Infografia com informação da Cruz Roja de Espanha
Perguntas sobre a medicação cujas respostas devem ser do conhecimento do cuidador:
• Por que razão é que os medicamentos foram prescritos?
• Como é que eles atuam?
• Em que alturas do dia é que devem ser tomados?
• Durante quanto tempo é que devem ser tomados?
• Como é que sei que o medicamento é eficaz?
• Esse medicamento irá interagir com outras drogas, sejam elas de prescrição médica ou não?
• E as preparações à base de plantas que o meu familiar está a tomar, também podem interagir com a nova medicação?
• O medicamento deve ser tomado em jejum ou com alimentos?
• Há alimentos ou bebidas a evitar com a ingestão dos medicamentos?
• Este medicamento pode ser mastigado, esmagado, dissolvido ou misturado com outros medicamentos?
• Quais são os possíveis efeitos secundários? Em que momento é que devo comunicar ao médico esses problemas?
Fonte: Cruz Roja de Espanha
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
https://www.cuidador.pt/
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