By 28 de maio de 2021
Autor: Vitor Yukio Ninomiya
No Dia Internacional da Luta Pela Saúde da Mulher, chama-se a atenção para a conscientização da sociedade sobre os principais problemas de saúde que devem ser lembrados rotineiramente como forma de prevenção à saúde da mulher. Além de reforçar a prevenção das amplas campanhas já conhecidas, como no caso do câncer de mama e câncer de colo de útero, também devemos lembrar da endometriose, infecção urinária, depressão, fibromialgia, obesidade, também muito frequentes nessa população. Sabendo disso, confira no texto abaixo algumas informações sobre cada uma delas.
CÂNCER DE MAMA E CÂNCER DE COLO DE ÚTERO
As estratégias de detecção precoce, incluindo tanto o diagnóstico precoce quanto o rastreamento da doença são classicamente eficazes na prevenção dos principais cânceres na mulher. A mamografia, no caso do câncer de mama, e o exame “papanicolau”, no câncer de colo de útero, têm sido muito bem aplicadas e, portanto, contam com o fator essencial ao sucesso dessas campanhas: a informação e o acesso aos sistemas de saúde.
O método de rastreio do câncer de colo de útero no Brasil é o exame citopatológico (exame de “Papanicolau”), que deve ser oferecido às mulheres ou qualquer pessoa com colo do útero, com idade entre 25 e 64 anos e que já tiveram alguma relação sexual, mesmo que com parceiro único. Isso pode incluir homens trans e pessoas não binárias designadas mulher ao nascer.
Já o método de rastreio do câncer de mama é a mamografia, que é recomendada na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos, a depender do histórico familiar e condição individualizada.
ENDOMETRIOSE
A endometriose é uma doença que não é uma condição diagnosticada em primeira consulta. Geralmente, esta doença é diagnosticada após meses ou anos em que se investiga a causa de infertilidade ou que tenha relação com a alteração nos ciclos menstruais, muitas vezes associadas a dores.
Costuma ser diagnosticada entre 25 e 40 anos, com a queixa de ciclos menstruais irregulares e alteração no fluxo e frequência de tais episódios, mas outros sinais e sintomas que levantam a suspeita para esta condição também podem ser observadas, como: cólicas menstruais intensas e dor durante a menstruação, dor durante a relação sexual, constipação ou outra alteração do trânsito intestinal, presença de sangue nas fezes, alteração da função urinária (presença de sangue e dor).
Em muitos casos, o tratamento ocorre com o bloqueio da menstruação, evitando-se assim os episódios de dor ou disfunção, pois tendem a ocorrer somente nos períodos menstruais. Em alguns casos, principalmente quando há desejo de engravidar, pode haver necessidade de uma abordagem cirúrgica, mas toda a conduta deve ser individualizada.
INFECÇÃO URINÁRIA
A infecção urinária é um problema que, apesar de muito comum, pode ser evitado em grande parte dos casos e com medidas simples. Você provavelmente já conheceu alguém ou até mesmo já teve infecção urinária uma ou mais vezes na vida. Alguns dos sinais de infecção urinária são:
- Dor ou queimação ao urinar;
- Vontade frequente para urinar;
- Sensação de urgência para urinar;
- Acordar durante a noite para urinar;
- Urina com coloração escura (concentrada ou com sangue) e com cheiro forte;
- Pouca quantidade de urina;
- Desconforto na região logo abaixo da barriga (bexiga);
- Febre.
A prevenção é simples e consiste em medidas como a ingestão de líquidos em grande quantidade, não segurar a vontade de urinar por muito tempo, urinar antes e após as relações sexuais, terapia hormonal para mulheres na menopausa e controlar o diabetes.
DEPRESSÃO
A depressão é um transtorno do humor que deve ser encarado como uma doença que muitas trazem consequências graves e que frequentemente é incapacitante. Um sentimento de tristeza, apatia, dificuldades para dormir, falta de apetite, fadiga, redução da produtividade diária, quando se estende por semanas a meses deve sempre levantar uma suspeita ao diagnóstico.
O risco de depressão em mulheres chega a ser duas vezes maior, havendo uma relação com as mudanças hormonais, fato observado na maior incidência deste transtorno em pontos de alterações hormonais consideráveis, como na puberdade, gravidez (durante e pós-parto), aborto, menopausa e após cirurgias de retirada do útero (histerectomia).
Além da busca por psicoterapias, psiquiatras e outros serviços ofertados são fundamentais na recuperação da qualidade de vida daqueles que vivem com transtorno depressivo. Vale destacar que, apesar de a medicação ser fortemente indicada na maioria desses casos, outras atividades são essenciais para se obter a cura desta condição, como atividade física e a busca por outras atividades que tragam prazer à vida.
FIBROMIALGIA
No Brasil, a fibromialgia é a segunda doença reumatológica mais comum depois da osteoartrite. Ela pode ser definida como o conjunto de sinais e sintomas característicos, no qual frequentemente estão presentes a dor crônica, fadiga, transtorno de humor e distúrbio do sono. Contudo, a sintomatologia é bastante variada e outros sintomas subjetivos podem ser referidos, como: sensação de formigamento, inchaços, palpitações, distúrbios funcionais gastrointestinais, dor de cabeça e distúrbios psicossomáticos diversos. Além disso, a fibromialgia ocorre mais frequentemente em mulheres (chega a ser dez vezes mais comum em mulheres), costuma ser diagnosticado entre 25 e 65 anos e possui agregação familiar frequente.
Não existe uma cura para a fibromialgia, mas muito pode ser feito em relação ao tratamento dos seus diversos sintomas possíveis. Em especial, o caráter multidisciplinar da condução desta doença tem como um de seus pilares a importância das medidas não farmacológicas, que consistem em atividades físicas, higiene do sono e psicoterapia. E, quanto às medicações há um vasto campo de ação, devendo esta ser individualizada cuidadosamente e evitando o uso de anti-inflamatórios.
OBESIDADE
Diferentemente das condições acima, muitas vezes a obesidade é vista apenas como um fator estético pela maioria das pessoas, o que acaba por trazer uma falsa impressão sobre o verdadeiro problema em relação a esta condição. Pessoas com sobrepeso ou obesidade, em comparação àquelas com peso normal, apresentam risco aumentado de diversas doenças e problemas de saúde, como por exemplo:
- Todas as causas de morte (aumento da mortalidade);
- Hipertensão (pressão alta);
- Colesterol LDL alto, colesterol HDL baixo ou níveis elevados de triglicérides (dislipidemia);
- Diabetes tipo 2;
- Doença coronariana;
- “Derrame” (acidente vascular cerebral);
- Osteoartrite (cartilagens e ossos mais frágeis e com maior risco de ocorrer fraturas);
- Problemas de sono (ex.: apneia)
- Problemas respiratórios;
- Desenvolver diversos tipos de câncer
- Pior qualidade de vida;
- Transtornos neuropsiquiátricos: depressão, ansiedade, entre outros;
- Dores no corpo;
Por isso, a insistente orientação sobre a mudança no estilo de vida, incluindo a mudança nos hábitos alimentares e a atividade física, continua sendo a melhor recomendação para a prevenção das condições acima e de muitas outras.
Um plano de alimentação saudável inclui frutas, vegetais, grãos inteiros, leite desnatado e outros laticínios, carnes magras e alimentos no geral que tenham baixo teor de sal, gorduras saturadas, gorduras trans e açúcares refinados.
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A recomendação para uma boa saúde e bem-estar, a Organização Mundial da Saúde recomenda um tempo mínimo de 150 a 300 minutos de atividade física de moderada intensidade por semana a todos os adultos.
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
http://blog.saude.mg.gov.br/
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