- 12 de julho de 2022
De acordo com dados recentes da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, o AVC (Acidente Vascular Cerebral), junto às doenças cardiovasculares, voltou a ser a causa mais comum de mortes no Brasil após o recuo da Covid-19. Segundo a entidade, só em março deste ano, os AVCs foram a causa de 843 mortes, o dobro dos registros de óbitos por conta da pandemia, que ficaram em 421, segundo dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil.
“O AVC pode estar relacionado a outras doenças, como hipertensão, doenças cardiovasculares, obesidade e doenças metabólicas, sedentarismo, colesterol e triglicérides alterados, diabetes, além do tabagismo e do alcoolismo, por exemplo”, afirma Marcelo Valadares, médico neurocirurgião do Hospital Israelita Albert Einstein e pesquisador da disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. “Além disso, fatores genéticos também contribuem e, mesmo com cuidados, pessoas com histórico entre familiares de primeiro grau também podem ter tendência”, conclui o especialista.
Fatores comuns como o envelhecimento, por outro lado, também podem influenciar no desencadeamento de um Acidente Vascular Cerebral. De acordo com o Ministério da Saúde, pessoas com mais de 55 anos possuem maior propensão a desenvolver a doença.
O tratamento precoce, como ressalta Valadares, é essencial. “Quanto antes os sintomas forem identificados, maiores as chances de que a pessoa não venha a falecer ou de que tenha sequelas menores. O paciente que apresenta qualquer um dos sintomas de AVC deve ser levado imediatamente ao atendimento médico”, reforça o neurocirurgião .
O médico ressalta que os sintomas começam a se manifestar principalmente na área atingida pelo cérebro. Entre os principais sinais de AVC, estão:
– Fortes dores de cabeça, repentinas e acompanhadas de vômitos;
– Fraqueza ou dormência em membros como pernas, braços ou na face, que geralmente afetam um dos lados do corpo;
– Perda da visão ou dificuldade súbita para enxergar;
– Dificuldades na fala;
– Paralisia.
Qual é a diferença entre o AVC isquêmico e o hemorrágico?
Segundo dados do Ministério da Saúde, o AVC isquêmico é o mais comum, representando 85% dos casos registrados. No entanto, o hemorrágico, que tem menor incidência, pode causar mortes com mais frequência.
“De forma geral, o AVC ocorre quando os vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando uma paralisia nesta região. No isquêmico, que é o mais comum, a obstrução devido a uma trombose ou embolia de uma artéria impede a passagem de oxigênio para as células cerebrais. Já no caso do hemorrágico, o tipo mais grave de AVC, acontece o rompimento do vaso cerebral, provocando uma hemorragia”, explica Valadares.
Embora seja grave, nem todo AVC é cirúrgico. “Existem também tratamentos clínicos. Cada caso é identificado individualmente. Com o uso de medicação, mudanças no estilo de vida e recomendação de atividades físicas, existe também a possibilidade de prevenir o AVC. Manter os exames de rotina em dia também é essencial, principalmente quando existem casos na família em parentes de primeiro grau”, afirma o neurocirurgião.
FONTE: https://www.anahp.com.br/saude-da-saude
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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