Manter uma vida saudável não é tarefa fácil. Afinal, a alimentação do brasileiro é repleta de alimentos tentadores, como os famosos churrascos e as pizzas com a família. 

Além disso, com o ritmo de vida cada vez mais intenso, muitas pessoas têm dificuldade em encontrar tempo para praticar exercícios físicos com regularidade.

Para garantir uma vida saudável e evitar problemas futuros, o primeiro passo é estar atento aos hábitos do dia a dia e aprender quais são os riscos de levar uma vida sedentária ou cheia de exageros. Hoje vamos falar sobre a dislipidemia, um dos maiores vilões para a nossa saúde.

A dislipidemia nada mais é do que alterações nos níveis de gorduras no sangue. Entre essas gorduras, as que merecem maior atenção são o colesterol e os triglicérides. Ambas são essenciais para a saúde do nosso corpo, porém, quando em excesso, elas aumentam o risco de infarto e derrame.


Isso acontece, pois com essas alterações, o risco de desenvolver aterosclerose cresce de maneira alarmante. A aterosclerose se caracteriza pelo surgimento de pequenas placas de gordura dentro das artérias, o que dificulta a passagem de sangue. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, as complicações acarretadas por essa doença são responsáveis por metade da morbidade e mortalidade em todo o mundo.

Existem dois tipos de dislipidemia: a primária e a secundária. Enquanto a primária é causada por predisposições genéticas, a secundária é acarretada por estilos de vida inadequados, como o sedentarismo, o tabagismo, a alimentação não saudável, e por doenças mal controladas, como o diabetes.

Por ser uma doença silenciosa, o diagnóstico é feito apenas por meio de exames de sangue. O principal exame utilizado é o perfil de lipídios séricos. 

Com o perfil de lipídios em mãos, é possível observar quais são os seus níveis de colesterol e triglicérides e, caso haja alguma alteração, é hora de iniciar o tratamento, sempre seguindo as orientações médicas.

O tratamento da dislipidemia é composto por duas frentes: a medicamentosa e a não medicamentosa. O tratamento não medicamentoso complementa o tratamento medicamentoso e exige muita disciplina.

Para começar, é importante entender que as mudanças no estilo de vida têm papel crucial no tratamento da dislipidemia. As recomendações a seguir podem ser utilizadas tanto para tratar, quanto para prevenir a doença.

  • Mantenha os fatores de risco controlados, como o diabetes e a obesidade;
  • Pratique pelo menos 2 horas e 30 minutos de exercícios físicos aeróbicos por semana, como ciclismo e caminhada rápida (antes de iniciar as atividades físicas, consulte seu médico);
  • Evite ao máximo ingerir alimentos ricos em gorduras de origem animal e colesterol, como carnes vermelhas e queijos amarelos;
  • Aumente a ingestão de alimentos saudáveis e não industrializados;
  • Por fim, pare de fumar.

Referências:
www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-dislipidemia/
www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-lip%C3%ADdicos/dislipidemia
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33884/412160/Saude_e_Economia_Dislipidemia_Edicao_n_6_de_outubro_2011.pdf/a26c1302-a177-4801-8220-1234a4b91260
www.endocrino.org.br/dislipidemia-e-aterosclerose/
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BR-9709. Material destinado a pacientes. Ago/2020