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segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Malas prontas? Confira dicas de saúde para uma viagem tranquila

 


 

 

Para curtir aquela viagem tão aguardada sem sustos, há uma série de pequenos detalhes pré-viagem que pode fazer toda a diferença. A começar que o recomendado é fazer sempre uma consulta médica antes de pegar a estrada, para uma geral na saúde e providenciar possíveis receitas que vá precisar ao longo do período fora de casa.

“Nós chegamos ao Guarujá (no litoral sul de São Paulo) e, no caminho para a casa, fomos assaltados”, conta Felipe*, de 33 anos. Desde pequeno ele toma medicamentos controlados para tratar de dificuldades psicomotoras. No roubo, perdeu o nécessaire com os remédios, e estava sem receitas. “Tive que ir ao pronto-socorro e passar por consulta para conseguir a prescrição médica. Nisso, perdi um dia inteiro do feriado do carnaval”, comenta.

“O ideal é consultar um médico antes de qualquer viagem, principalmente as internacionais. E levar a receita médica – de preferência em inglês – facilita tanto a compra de medicamentos quanto o embarque com remédios na mala de mão, no caso de viagens de avião”, explica a infectologista do Hospital Marcelino Champagnat, Camila Ahrens. “Já quando o viajante faz uso de remédios de uso contínuo, é aconselhável levar a quantidade equivalente para os dias que irá ficar fora além da receita. Isso é importante para não interromper o tratamento e, nos casos em aeroportos, evitar transtornos nas fiscalizações”, complementa.

Para quem vai voar, é importante ainda verificar as regras da Anvisa para embarque, principalmente de remédios controlados. Medidas como manter a receita e a embalagem original dos medicamentos, frascos e embalagens de, no máximo, 100 ml é fundamental, principalmente quando o horário de tomar o medicamento coincidir com os horários da espera ou dos voos. “E quando viajamos com crianças, além dos medicamentos para diarreia, vômito e náusea, anti-inflamatórios e antialérgicos, é útil levar também termômetro, esparadrapo, algodão, curativos”, diz a médica.

Trombose: cuidados em viagens longas

De acordo com Mariana Krutman, cirurgiã vascular do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, viagens com mais de seis horas de duração aumentam os riscos de trombose — formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas que bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço e dores na região.

“Usar meias de compressão, manter uma boa hidratação e movimentar-se a cada duas ou três horas (levantar-se, caminhar) são importantes formas de prevenção contra problemas circulatórios e trombose”, aconselha a cirurgiã.

Ela explica que deve-se suspeitar de trombose em casos de dor ou inchaço nas pernas, especialmente quando for em um lado só do corpo. Nesse caso, deve-se procurar um médico imediatamente. “Um exame de ultrassom doppler venoso auxilia na confirmação do diagnóstico. O tratamento clássico envolve o uso de anticoagulantes por um período prolongado. Em algumas situações, muito específicas, pode haver indicação de aspiração do coágulo (trombectomia)”, esclarece.

E se vier o enjoo?

Otorrinolaringologista e coordenador do Núcleo de Tontura da Unidade Campo Belo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Marcio Salmito, alerta que o enjoar em viagens é tão senso comum que as pessoas não acreditam que possa ser um problema. “Enjoar – no carro, no avião ou no navio – não é normal. O enjoo é sintoma de uma enfermidade chamada cinetose, também conhecida como doença do movimento”, afirma.

O especialista explica que a cinetose é causada por um conflito sensorial que acontece quando o labirinto (região da orelha interna ligada à audição, noção de equilíbrio e percepção de posição do corpo) sente que a pessoa está se movimentando, mas os olhos estão vendo tudo parado. É esse conflito de sensação que gera o enjoo ou a náusea.

Entre os sintomas da cinetose estão a palidez, o suor frio, a sensação de queda de pressão arterial e a náusea. De acordo com o especialista, esses sintomas são normais quando todos que estão naquela mesma viagem passam mal, mas quando somente uma pessoa sente o desconforto, isso pode significar um problema.

“Existe a cinetose, que chamamos de primária, que acontece muito em crianças quando estão no banco de trás do carro e são mais sensíveis a esse conflito sensorial. Mas tem também a secundária, que é quando a cinetose é um sintoma de algum outro problema, como enxaqueca ou outras doenças do labirinto”, exemplifica.

O especialista cita algumas dicas para evitar o enjoo:

  • Não se sentar no banco de trás do carro, porque é onde a pessoa tem menos oportunidade de acompanhar o trajeto, o que causa o conflito sensorial e, consequentemente, o enjoo. Deve-se sentar no banco da frente, onde é possível acompanhar os movimentos feitos pelo veículo.
  • Não mexer no celular ou ler um livro, e procurar acompanhar os movimentos com os olhos.
  • Não viajar com estômago cheio. O ideal é comer coisas leves antes da viagem.
  • Quando já há o acompanhamento médico, a pessoa deve usar o remédio que foi prescrito pelo seu médico antes da viagem para prevenir o enjoo.
  • Se o enjoo persistir, procurar um otorrinolaringologista para descobrir a causa e fazer o tratamento adequado.

 

 

 

FONTE: https://www.anahp.com.br/saude-da-saude/malas-prontas-confira-dicas-de-saude-para-uma-viagem-tranquila/

 

 


 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

 

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