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terça-feira, 21 de maio de 2024

Dor associada ao câncer: é possível controlá-la?

 

por Juliana Conte

 

 

Publicado em: 03/08/2022

Revisado em: 04/08/2022

 

 

 

 

 

 

 

 

A própria OMS, desde a década de 1990, instituiu uma escala de dor para prescrição de medicamentos. 

 

“Para tratar a dor, é necessário que o médico identifique as suas características. Assim, ele pode solicitar ao paciente que descreva o tipo: se está em forma de pontadas, queimação, latejante. O principal tratamento é a administração de analgésicos, opioides, antidepressivos, além de medicamentos adjuvantes. Quanto ao receio de causar dependência, isso não irá acontecer se for bem administrada pelo médico. O medicamento precisa ser forte, porque a dor é forte”, explica Tibiriçá. 

Entretanto, ainda segundo o médico, a jornada do paciente com dor é ficar indo de “postinho em postinho”, sem conseguir uma solução para essa dor, havendo uma piora da qualidade de vida e progressão do tratamento oncológico. 

“Se esse paciente está há mais de cinco dias com uma dor insuportável, eu preciso de 45 a 90 dias para conseguir estabilizá-lo. A dor vira doença”, reforça Raoni. 

Aliás, não é qualquer médico que consegue prescrever medicamentos opioides. No estado de São Paulo, por exemplo, ele precisa ir até a Secretaria de Saúde, preencher uma série de formulários, aguardar pela validação e então receber os talões amarelos.

 

 “Não estou dizendo que essa burocracia não é necessária, pois é preciso um controle para soltar esses medicamentos. Mas acredito que precisaria ter mais programas de educação médica para saber como prescrever e a hora de encaminhar o paciente para um especialista”, diz ele.

 

 

O tratamento é caro

 

No Brasil, nós temos grandes centros de tratamentos oncológicos, entretanto, grande parte deles estão concentrados na região Sul e Sudeste, enquanto a região Norte e Nordeste do país sofre com a ausência de hospitais de referência e médicos que saibam prescrever opioides. 

“Se o paciente consegue se tratar no Icesp [Instituto do Câncer do Estado de São Paulo], ele vai ter acesso a um dos melhores tratamentos oncológicos do mundo, em um hospital totalmente público. Mas não é uma realidade para todos, claro”, diz Raoni.

 

No caso dos pacientes que têm plano de saúde, alguns tratamentos medicamentosos para dor oncológica podem ser custeados pelo plano. Para isso, o hospital ou clínica deve, juntamente com o paciente, entrar em contato com a seguradora para solicitar o custeio. Isso pode acontecer por meio da entrega direta da medicação ou reembolso. 

“É um tratamento caro. Um adesivo de fentanil custa cerca de R$ 1.200 por mês. Adesivo de morfina, aproximadamente R$ 300 por semana. É complicado, por isso, muitos pacientes, acabam tomando doses menores para poder bancar o tratamento”, finaliza o médico.

 

 

 

 

 

 

 

FONTE: https://drauziovarella.uol.com.br/


 

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abs

Carla

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