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quarta-feira, 22 de maio de 2024

Como o estrogênio pode aumentar os riscos de câncer de mama?


 

por Juliana Conte

A exposição frequente das mulheres a esse hormônio se torna um fator de risco, pois a maioria dos tumores da mama são hormônios dependentes.

 

 

 

Publicado em: 20/10/2022

Revisado em: 21/10/2022

 

 

A exposição frequente das mulheres a esse hormônio se torna um fator de risco para o câncer de mama, pois a maioria desses tumores é hormônio dependente.

 

Você já se perguntou por que as mamas são um dos órgãos mais atingidos por tumores? Afinal, somente para este ano de 2022, segundo o Ministério da Saúde, foram previstos cerca de 65 mil casos novos no país, o que representa uma taxa de incidência de 43 casos para cada 100 mil mulheres. 

Isso ocorre devido a alguns fatores, em especial à exposição frequente a um hormônio denominado estrogênio.

 

O que é estrogênio?

O estrogênio é um hormônio produzido pelos ovários que auxilia no desenvolvimento dos órgãos sexuais femininos e na regulação dos ciclos reprodutivos. Apesar do sexo masculino também produzir estrogênio, o nível circulante desse hormônio na corrente sanguínea dos homens é mais baixo do que nas mulheres.

Elas estão expostas à ação do estrogênio desde a primeira menstruação, que pode ocorrer a partir dos 12 anos – ou mais cedo -, até o início da menopausa, o que aumenta o risco de desenvolver câncer de mama no futuro. Quanto mais cedo a mulher menstruar, mais tempo o tecido das mamas ficará exposto à ação do hormônio.

Essa exposição pode aumentar o risco de câncer de mama, pois essa é uma doença hormônio dependente, ou seja, o tumor se “alimenta” desse hormônio para crescer no organismo. 

“Os tecidos e glândulas da região mamária são expostos mensalmente a altas doses hormonais. O estrogênio estimula a divisão celular. Se, por algum motivo, houver alguma falha nessa divisão, o risco de câncer aumenta. Além disso, o estrogênio pode ajudar algumas células do câncer de mama a crescer quando o tumor já está presente no corpo de uma mulher.”, explica a dra. Débora Gagliato, médica oncologista especialista em câncer de mama pela Beneficência Portuguesa de São Paulo (BP).

 

Hormônios e menopausa

O envelhecimento, por si só, é um fator de risco para o surgimento de câncer, já que à medida que as células envelhecem, os danos ao DNA celular aumentam, o que também eleva o risco de elas se multiplicarem de maneira errada. 

Além disso, embora durante a menopausa os níveis de estrogênio e progesterona caiam, a mulher ainda continua produzindo esses hormônios.

Se por um lado a exposição ao estrogênio pode ser um fator de risco para câncer de mama, a queda desse hormônio também pode causar sintomas desagradáveis, como ondas de calor, irritabilidade, depressão, entre outros. Assim, para amenizá-los, os médicos podem sugerir a terapia de reposição hormonal para aquelas que têm manifestações muito intensas. 

Entretanto, uma vez que se aumenta artificialmente os níveis de estrogênio no organismo, o risco para câncer de mama volta a aumentar. 

“Qualquer mulher atualmente tomando ou considerando hormônios pós-menopausa deve perguntar ao seu médico sobre os potenciais riscos e benefícios”, alerta a dra. Débora. 

Além disso, não é recomendado que mulheres que tiveram câncer de mama façam tratamento com reposição hormonal. Nesse caso, o médico deve indicar outras alternativas para o alívio dos sintomas da menopausa, já que a maioria dos tumores de mama é hormônio dependente.

 

 

Outros fatores de risco

Lembre que o câncer de mama não tem apenas uma causa, ele pode ser decorrente de vários fatores como: tabagismo, obesidade, sedentarismo e hereditariedade, além da questão hormonal. 

Recomenda-se, portanto, que todas as mulheres com mais de 50 anos de idade façam a mamografia periodicamente, mas é preciso atenção, porque essa idade pode variar por razões individuais ou médicas. Para mulheres com histórico familiar de câncer de mama, por exemplo, sugere-se que o exame seja feito anualmente a partir dos 35 anos de idade.

 

 

 

FONTE: https://drauziovarella.uol.com.br/


 

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abs

Carla

 

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