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quinta-feira, 16 de maio de 2024

Exames a serem feitos na suspeita de demência

 Mentes e Demências

Berna Almeida II


Na suspeita de demência em fase inicial, a avaliação neuropsicológica é essencial para confirmar objetivamente que áreas, e em que extensão estão comprometidas. 
 
A avaliação deve ser adaptada ao nível educacional do paciente, mas um ponto bastante importante deve ser considerado – pessoas com alto nível de escolaridade podem sair-se bem em vários dos testes padrão, ainda que claramente comprometidas, enquanto pessoas com baixo nível de escolaridade podem ir mal, sem que isso signifique, necessariamente, que estão demenciadas.
 
Uma avaliação mais detalhada também pode sugerir a possível causa da demência:
 
Na doença com corpos de Lewy, pela presença de alteração da atenção e habilidade viso-perceptual;
 
Na demência vascular pode haver comprometimento desproporcional da função executiva;
 
Na demência frontotemporal há comprometimento da função executiva, que é claramente desproporcional à relativa preservação da memória.
 
Os exames a solicitar não são uma lista fixa e variam de caso para caso – quanto mais atípica a apresentação, mais exames são necessários e vice-versa.
 
Não existe um consenso universal sobre quais os exames obrigatórios na suspeita de demência, mas todos concordam quanto à necessidade de diagnóstico por imagem, por tomografia computadorizada ou, preferencialmente, por ressonância magnética de crânio.
 
O exame por imagem é útil porque afasta outras possibilidades, como as múltiplas isquemias da demência vascular, hidrocefalia, tumores e hematomas crônicos.
 
Por outro lado pode ser observado um padrão de atrofia, simétrico e com predomínio frontotemporal, que sugere, mas absolutamente não é diagnóstico de doença de Alzheimer.
 
Essa mesma regra vale para os exames funcionais, como a tomografia por emissão de fóton único (SPECT), que pode mostrar um padrão sugestivo, mas não diagnóstico de doença de Alzheimer.
 
Adicionalmente o exame de marcadores no líquor pode mostrar concentração reduzida de beta-amilóide e aumentada de fosfo-tau, um padrão indicativo, mas não diagnóstico de doença de Alzheimer.
 
O diagnóstico por imagem pode tornar-se mais específico na caracterização precoce da doença de Alzheimer se observações preliminares se confirmarem em grupos maiores. 
 
Duas abordagens diferentes estão sendo tentadas. A primeira é de medir a taxa de atrofia dos hipocampos, o que supõe exames seriados e uma rigorosa superposição dos cortes, de modo que as imagens possam ser comparadas. 
 
A hipótese é que pessoas que irão desenvolver doença de Alzheimer têm uma taxa de atrofia mais rápida que as que não vão demenciar. 
 
A outra abordagem é a avaliação da carga cerebral de beta-amilóide por meio de ressonância magnética usando marcadores de beta-amilóide. 
 
Em ambos os casos o padrão encontrado deve ser correlacionado com a clínica.

 

 


FONTE: https://web.facebook.com/groups/mentesedemencias/

 


 

obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico

abs

Carla

 

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