Berna Almeida II
Na
suspeita de demência em fase inicial, a avaliação neuropsicológica é
essencial para confirmar objetivamente que áreas, e em que extensão
estão comprometidas.
A avaliação deve ser adaptada ao nível educacional
do paciente, mas um ponto bastante importante deve ser considerado –
pessoas com alto nível de escolaridade podem sair-se bem em vários dos
testes padrão, ainda que claramente comprometidas, enquanto pessoas com
baixo nível de escolaridade podem ir mal, sem que isso signifique,
necessariamente, que estão demenciadas.
Uma avaliação mais detalhada também pode sugerir a possível causa da demência:
Na doença com corpos de Lewy, pela presença de alteração da atenção e habilidade viso-perceptual;
Na demência vascular pode haver comprometimento desproporcional da função executiva;
Na
demência frontotemporal há comprometimento da função executiva, que é
claramente desproporcional à relativa preservação da memória.
Os
exames a solicitar não são uma lista fixa e variam de caso para caso –
quanto mais atípica a apresentação, mais exames são necessários e
vice-versa.
Não
existe um consenso universal sobre quais os exames obrigatórios na
suspeita de demência, mas todos concordam quanto à necessidade de
diagnóstico por imagem, por tomografia computadorizada ou,
preferencialmente, por ressonância magnética de crânio.
O
exame por imagem é útil porque afasta outras possibilidades, como as
múltiplas isquemias da demência vascular, hidrocefalia, tumores e
hematomas crônicos.
Por
outro lado pode ser observado um padrão de atrofia, simétrico e com
predomínio frontotemporal, que sugere, mas absolutamente não é
diagnóstico de doença de Alzheimer.
Essa
mesma regra vale para os exames funcionais, como a tomografia por
emissão de fóton único (SPECT), que pode mostrar um padrão sugestivo,
mas não diagnóstico de doença de Alzheimer.
Adicionalmente
o exame de marcadores no líquor pode mostrar concentração reduzida de
beta-amilóide e aumentada de fosfo-tau, um padrão indicativo, mas não
diagnóstico de doença de Alzheimer.
O
diagnóstico por imagem pode tornar-se mais específico na caracterização
precoce da doença de Alzheimer se observações preliminares se
confirmarem em grupos maiores.
Duas abordagens diferentes estão sendo
tentadas. A primeira é de medir a taxa de atrofia dos hipocampos, o que
supõe exames seriados e uma rigorosa superposição dos cortes, de modo
que as imagens possam ser comparadas.
A hipótese é que pessoas que irão
desenvolver doença de Alzheimer têm uma taxa de atrofia mais rápida que
as que não vão demenciar.
A outra abordagem é a avaliação da carga
cerebral de beta-amilóide por meio de ressonância magnética usando
marcadores de beta-amilóide.
Em ambos os casos o padrão encontrado deve
ser correlacionado com a clínica.
FONTE: https://web.facebook.com/groups/mentesedemencias/
obs. conteúdo meramente informativo procure seu médico
abs
Carla
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