A Semana Mundial de Conscientização sobre o Sal é uma campanha que visa encorajar a implementação de intervenções baseadas em evidências para reduzir o consumo de sal na população, como forma de proteger a saúde cardiovascular e prevenir muitas outras doenças.
O tema deste ano: “É hora de destacar o sal”, pretende chamar a atenção para o sal “escondido” em produtos processados e ultraprocessados. Em muitos países, três quartos do sódio na dieta provêm deste tipo de alimento, como pães, molhos e temperos, bolachas e biscoitos, refeições prontas, carnes processadas e queijos.
A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) junta-se aos esforços da comunidade global compartilhando ferramentas técnicas para desenvolver e implementar políticas abrangentes para a redução de sal, especialmente metas para sua diminuição, bem como marketing social para promover práticas saudáveis em casa, escolas e locais de trabalho.
É irrefutável que o consumo excessivo de sal/sódio afeta negativamente a pressão arterial. A OMS recomenda consumir menos de 5 g/sal (<2 g de sódio) por adulto, diariamente, de todas as fontes.
Na Região das Américas a ingestão está bem acima do limite recomendado e a OMS estima que a média de sal ingerida pela população de adultos com 25 anos ou mais é de 8,5 gramas por dia, o que excede em muito a necessidade fisiológica, sendo 1,7 vez superior ao recomendado.
Sob o ponto de vista custo-efetividade, a redução do consumo de sal/sódio é uma das melhores intervenções para prevenir a hipertensão e as doenças cardiovasculares. Essas ações incluem:
- Reformular os produtos alimentares para conterem menos sal/sódio e estabelecer níveis-alvo para sua quantidade nos alimentos e refeições, de forma obrigatória.
- Estabelecer um ambiente de apoio em instituições públicas, tais como hospitais, escolas, locais de trabalho e lares de idosos, para permitir o fornecimento de opções com baixo teor de sódio.
- Provocar a mudança de comportamento com campanhas nos meios de comunicação social para aumentar a consciencialização sobre a temática.
- Implementar padrões para rotulagem frontal e restrições de comercialização.
- Medir o teor de sal/sódio nos alimentos e nas fontes alimentares para monitorar a ingestão desses elementos pela população.
O consumo excessivo e habitual de sal pode parecer inofensivo, mas está associado a uma série de riscos para a saúde que causam milhões de mortes prematuras anualmente. O mais comum desses riscos é a hipertensão arterial, que por si só é responsável por uma estimativa de 9,4 milhões de óbitos a cada ano. Controlar a ameaça que o sal representa para a saúde pública é um desafio enfrentado por países desenvolvidos e em desenvolvimento.
A OMS disponibilizou um conjunto de princípios, intervenções e opções políticas baseadas em evidências e no bom senso para apoiar os governos na redução do consumo de sal pela população, denominado “The SHAKE Technical Package for Salt Reduction”.
Em 2022, o Ministério da Saúde publicou o documento: “Redução do sódio em alimentos processados e ultraprocessados no Brasil: resumo de política”.
De acordo com a publicação, o consumo excessivo de sódio (brasileiros consomem quase o dobro da recomendação diária) é um importante problema de saúde pública no País, sendo responsável por uma grande carga na morbimortalidade da população, com mais de 46 mil mortes anuais por doenças cardiovasculares e custos diretos e indiretos de US$ 944 milhões por ano.
Como parte das ações da campanha de 2024, a OPAS promove o webinar: Sodium Reduction Targets: Tools for development and country experiences in implementation. O evento tem como objetivo apresentar evidências sobre a ingestão de sódio proveniente de alimentos processados e ultraprocessados em países da região das Américas e experiências entre os que implementaram metas obrigatórias de redução de sódio em alimentos embalados. Adicionalmente, serão apresentadas ferramentas para implementação de metas relativas à ingestão de sódio.
Fonte:
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS)
Ministério da Saúde
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios
FONTE: https://bvsms.saude.gov.br/
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abs
Carla
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